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E vamos de deu ruimmmm... kkkkk

— Amanhã eu pego as meninas na escola e te mando o endereço do meu apartamento e assim dormimos juntos! — ela era tão linda que fazia seu coração bater até mais rápido. — Não vou fazer seu pai engolir a minha presença.

Maria entendeu e sabia que era melhor assim e o levando até a porta, ele se foi depois de mais um beijo e o coração tranquilo por terem conseguido se entender. Maria fechou a porta e sorriu respirando fundo, caminhou para a cozinha e olhou os armários buscando algo para comer, mas como já estavam fora há muitos dias ela resolveu pedir comida para eles e foi para o quarto depois de pedir tudo que eles gostavam do restaurante preferido.

José saia do quarto um tanto mais relaxado em seu pijama e ela parou segurando a maçaneta da porta.

— Pedi nosso jantar!

— Não deveria ter se preocupado, eu estava indo fazer apenas um lanche pra não dormi com o estômago vazio. — explicou.

— O senhor é quem sabe se janta ou não! — abriu a porta para entrar no quarto.

— O mandou embora? — estava curioso.

Maria o olhou e se recordou novamente da cena do dia anterior.

— Ele achou melhor ir para casa para que o senhor não tivesse que engolir sua presença.

— Ele tem muito que provar ainda e enquanto eu não sentir firmeza, não irei baixar a guarda! — foi firme.

— Só não seja mal educado! — o advertiu e entrou no quarto dando por encerrado o assunto.

José respirou fundo e caminhou seguindo para sala e sentou para ver um pouco de TV, Maria ficou no quarto até que ouviu o pai chamar e desceu com Estrela no colo e Manu agarrada em sua mão. Eles jantaram em silêncio e pouco se ouviu a voz das meninas que estavam cansadas e apenas comiam porque Maria insistia para que não dormissem de barriga vazia até o outro dia, se despediram depois do jantar com José assumindo a louça e ela voltou para o quarto, mas colocou as meninas em suas respectivas camas e lendo uma história às viu adormecer dando por encerrado aquele dia.

***

A volta a matriz é sempre muito estressante e Maria não parou nem um segundo se quer já que tinha documentos para assinar, eventos pra acertar e joias para aprovar. José a ajudou em muitas coisas, mas isso não diminuiu o trabalho em nada a fazendo parar somente alguns minutos para almoçar.

— Obrigada por pedir meu almoço, Lupita! — comia com muita fome.

— Na verdade foi o senhor Estevão San Roman que pediu para entregar a senhora e quando chegou aqui, ele ligou e disse que era para a senhora comer nesse exato momento! — sorriu porque assim que desligou o telefone a chamou para almoçar.

Maria não pode evitar o sorriso bobo e completamente apaixonado por receber aquele agrado de seu amor, estava surpresa também e Lupita sorriu para a carinha que ela fazia.

— Pelo jeito a viagem foi muito boa! — sorriu.

— Não posso negar! — riu limpando os lábios. — Mas eu preciso que traga pra mim os contratos com os fornecedores da Prata, estão para vencer e eu não quero problemas!

— Trago assim que terminar toda essa comida! — sorriu assim como Maria.

— Pode ficar despreocupada que isso aqui está tão bom que eu não deixarei nada! — tomou um pouco de suco e sua fiel secretária se retirou.

Maria até pensou em ligar para Estevão para agradecer, mas não o fez e depois de degustar aquele maravilhoso almoço, ela voltou ao trabalho. Com as horas passando Estevão fez como havia combinado com Maria e as quatro da tarde enviou a localização de seu apartamento para ela, estava ansioso de tê-las em sua casa e comprou várias coisas para fazerem juntos enquanto estivessem em seu apartamento.

Estevão não levou as meninas para comer o lanche como sempre faziam quando ele as buscava e foram diretamente para o supermercado que era a única coisa que não tinha conseguido fazer antes. O dia tinha passado tão rápido que quando se deu conta já estava na hora de buscar suas princesas, ele as colocou no carrinho sentadas e caminhou pelas fileiras pegando tudo que achava que iria usar.

Eram poucas as horas que ficariam juntos até que elas pegassem no sono, mas o suficiente para ele aproveitar como tinha feito na viagem. As mulheres que passavam por ele sorriam por ver como ele dava atenção as duas e uma até arriscou se aproximar deles o vendo segurar duas marcas de macarrão.

— Muito linda suas sobrinhas! — ganhou a atenção dele que já pensava em ligar para Maria.

— Obrigada! — sorriu. — Mas elas são minhas filhas! — se orgulhou.

— Vejo que precisa de ajuda! — se aproximou mais depois de olhar as meninas mais uma vez.

— Eu só estou em dúvida de qual usar na receita que eu peguei na internet. — sorriu.

— Eu sempre uso dessa e não tenho do que me queixar. — apontou para o pacote azul da marca Dona Maria.

— Vou confiar em você então!

— Titio, eu quero descer! — Estrela deu os braços assim que ele a olhou.

— Meu amor, a gente já está indo! — virou indo até ela que o agarrou pela roupa. — Se eu te soltar aqui sua mãe me mata! — a pegou nos braços a enchendo de beijos e olhou a moça a sua frente que parecia não entender o porquê dela não o chamar de pai. — Elas ainda não sabem disso! — respondeu sem precisar e ela concordou com a cabeça.

— Eu preciso ir, mas se precisar de mais alguma ajuda é só me ligar! — tirou um papel de dentro da bolsa junto a uma caneta, anotou seu número e estendeu a ele. — Posso te ajudar em muitas coisas.

Estevão pegou somente para não deixá-la com a mão estendida e sem graça saiu junto às filhas depois de colocar Estrela novamente no carrinho.

— Não conte a mãe de vocês ou ela arranca a minha cabeça! — brincou e entrou no corredor dos doces e elas fizeram a festa comprando tudo que queriam.

Depois de pegar tudo que achou necessário e pagar, ele as levou para o carro e ria do modo como brigavam pelos doces mesmo tendo dois de cada, as colocou em suas cadeiras e deu um doce pra cada guardando o resto no porta-malas. Ele fechou tudo deixando o carrinho de lado e parou quando ouviu o celular tocar e já sabia perfeitamente quem poderia ser e o pegou comprovando que era Maria.

— Já quer chefiar se elas estão bem e se comeram? — brincou ouvindo a risada dela.

Isso também, mas quero avisar que vou demorar um pouco para chegar! caminhava para conversar com um funcionário.

— Não se preocupe que elas estão bem e estamos indo para casa agora aprontar o jantar!

E você sabe cozinhar?

Ele gargalhou pelo que ouviu e sentiu algo o cutucar nas costas já que não tinha entrado no carro ainda, Estevão olhou e o sorriso que tinha em seu rosto morreu ao ver aquele homem ou mulher usando uma máscara e lhe apontando com um revólver.

MAIS FORTE - MyEOnde histórias criam vida. Descubra agora