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Que bonito dia para se desfrutar de mais um capituluzin... Beijos e até mais!!!

— Eu sei que quer uma explicação pelo modo que sai correndo...

Ela o olhou negando com a cabeça.

— Não precisa me dizer nada! — foi firme.

— Mas eu quero! — foi mais firme que ela. — Eu vi Ana Rosa e não podia deixar que ela sumisse mais uma vez!

Maria não gostou do que sentiu naquele momento ao ouvir o nome daquela mulher e apertou as mãos dizendo.

— Então é por isso que veio junto conosco? É por essa mulher que está aqui, Estevão?

Estevão no mesmo momento arregalou os olhos com aquela acusação dela, mas era compreensível depois de tudo que tinha feito a ela no passado ao escolher sua esposa e o filho deles, mas como não escolher se Ana Rosa sempre o ameaçava em tirar a criança e ainda machucá-la? Maria não sabia mais ele não a procurou por medo que Ana Rosa a machucasse ou machucasse o filho que eles tinham juntos e que até aquele momento ele não sabia que eram aquelas duas preciosidades que o fazia mudar dia a dia e para melhor. Ele tinha um longo caminho a percorrer ainda se quisesse totalmente a confiança dela, mas de uma coisa ele tinha absoluta certeza naquele momento: Estava ali por suas filhas e para ajudá-la. Maria respirou pesado com aqueles segundos de silencio que pareciam anos e ele segurou a mão dela olhando para frente.

— Eu sei que não sou digno de confiança, mas eu não estou aqui por aquela desgraçada! — voltou os olhos a ela. — Eu estou aqui por você e pelas meninas! — foi verdadeiro. — Eu estou procurando ela há meses e a ultima vez que soube dela foi quando te encontre e viajei de imediato para ver se a encontrava, mas não foi assim e hoje por um acaso do destino ou para que eu ficasse mais uma vez como um irresponsável para você, ela apareceu!

Maria tirou a mão da dele levando até os cabelos para arrumar com o vento que bateu.

— Maria, você está me dando uma chance que nenhuma outra mulher me daria se não fosse por uma ordem do juiz, mas você mais uma vez me prova que é diferente e eu não poderia errar novamente com vocês! — olhou as filhas sorrindo e brincando mais a frente. — Olha para elas e me diga se eu posso magoá-las como fiz com a mãe delas?

— Você sabe o que penso sobre isso e não pense que o que aconteceu ontem vai se repetir! — foi firme.

— Eu sei que não vai acontecer até porque eu não mereço! — segurou a mão dela novamente sentindo o quanto estava suando. — Mas hoje eu tomei uma decisão na minha vida e você vai ser a primeira a sabe! — a beijou na mão.

— O que? — a curiosidade tomou conta de seu ser.

— Deixei que Ana Rosa fosse embora com o resto do dinheiro que me sobrava e que certamente me tiraria do fundo do poço em que estou! — tomou ar para continuar sua confissão. — Só que quando eu estava ali olhando para aquela mulher, eu pude perceber o quanto aquele dinheiro me tornou ganancioso com o passar dos anos e eu não quero mais ser assim sabendo que eu posso perder a ultima chance que me foi dado com aquelas duas pequenas que valem muito mais que qualquer fortuna que eu tenha. Maria, elas são o que de mais valioso eu tenho e eu só tenho a agradecer você por me mostrar isso mesmo que indiretamente. — sorriu lindamente.

— Não sou eu quem te mostra isso! — negou tirando mais uma vez a mão da dele para que não percebesse o quanto ela estava abalada com aquela conversa. — Quem te faz rever suas prioridades é as suas filhas!! É por elas que você deve ser melhor ou já sabe que não terei piedade de você! — olhou as filhas que vinham na direção deles. — E que bom que você pode reconhecer o quanto o dinheiro te deixa irreconhecível! — não sabia direito o que dizer para ele.

— Olha mamãe! — Estrela ajoelhou na frente da mãe mostrando a mão. — Uma joaninha! — sorriu sem medo algum.

— Meu amor, cuidado para não machucá-la! — sorriu e olhou sua pequena Manu que foi agarrada por Estevão que a encheu de beijos a fazendo gargalhar.

— Eeei!!! Eu também quero! — Estrela deixou a pequena joaninha na mão de Maria e pulou em cima deles fazendo Estevão deitar no chão.

Era a cena perfeita de uma família que poderia ter dado certo no passado e agora suas meninas saberiam que aquele homem ali as fazendo gargalhar era seu verdadeiro pai, cresceriam tendo o amor de ambos, mas a covardia de Estevão não lhes permitiu um futuro diferente e ali estavam cheios de um passado amargo e uma mulher cheia de ressentimento pelo único homem que ela amava. Maria não era hipócrita ao ponto de mentir seus sentimentos e ali vendo os três juntos declarou seu amor por eles, mas se dependesse dela nunca o revelaria novamente para ele que não merecia a mulher que estava ali diferente do que era e muito mais forte para seguir a vida sozinha mesmo com tanto amor dentro do peito.

Estevão a olhou ali perdida em seus pensamentos enquanto os olhava com um sorriso no rosto e não perdeu tempo a puxando para que deitasse junto a eles e as meninas montaram sobre seus corpos como se os dois fossem seus cavalos e elas riam para eles com tanto amor que logo foram abraçados e muitos beijos foram trocado porque eles precisavam sempre de muito amor e elas como tinham crescido a base de amor e carinho da mãe e do avô sempre amavam chamego e Maria aproveitava porque também era toda dengosa. Depois de um tempo sendo protagonistas daquela cena maravilhosa de uma família feliz, elas saíram de cima deles e correram para brincar novamente perto da florzinha enquanto eles respiravam fundo.

Eles viraram o rosto ao mesmo tempo e os olhos se encontraram sem que outra coisa pudesse acontecer que não fosse um beijo, só que dessa vez não foi ele quem tomou a iniciativa e sim ela que o puxou para aquele beijo que tanto precisava sentir novamente mesmo já tendo dito que não iria mais acontecer. Estevão deixou seu corpo parcialmente sobre o dela e a mão direita a segurava pelo pescoço, seus rostos viravam em direções opostas e o beijo se tornava cada segundo mais intenso com ela segurando em seu braço com uma mão e a outra arranhando seus cabelos para tomar o controle daquele beijo que era quase impossível já que os dois tinham tanta sintonia e controle sobre o outro.

— Mariaaa... — sussurrou ofegante em seus lábios sem abrir os olhos.

— Não diga nada!!! — voltou seus lábios aos dele se esquecendo completamente de onde estavam e que não estavam sozinhos.

— Ta beijando igual ao vovô! — Estrela falou toda traquina e eles pararam de imediato o beijo sorrindo.

As duas já estavam sentadinhas na manta os encarando enquanto eles se beijavam e Estevão saiu de cima dela sentando a seu lado e ela fez o mesmo passando a mão nos lábios e sem coragem de encará-lo depois do beijo tão magnífico. Manu foi direto para os braços da mãe e a agarrou cheia de ciúmes e ela a abraçou beijando seu rostinho e chamou Estrela para que também viesse, mas ela ficou de pé puxando Estevão para mostrar sua florzinha e ele foi rindo de seu pequeno amor enquanto Maria ninava Manu cheia de dengo até que ela dormiu e ela achou melhor que eles fossem embora mesmo sobre os protestos de Estrela que queria brincar mais e aquele resto de dia se foi...

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