05:

129 20 7
                                    


Ben

— Não acredito que me convenceu! — Resmungei de novo.

Tinha que ser logo com o meu carrinho? — À maluca decide que quer participa de uma corrida, “clandestina”.

— Mas não é como se tivesse muita escolha no momento. — Retruca ela cruzando às pernas concentrada em nós levar ao tal local.

— Eu te odeio! — Me afundei no banco acolchoado do carona.

— É recíproco! — Sorri com os malditos lábios pintados de vermelho.

Fiquei de olho para ela não arranhar a pintura do meu firebird, modelo de 2003. Alternei entre a Meredith e o carro, ela vestia uma calça jeans rasgada no joelho e também uma blusa preta, que mostra um pouco sua barriga.

— Ainda usando calças... Ninguém nunca percebe  nada? — Me voltei pra ela capturado seus olhos cinzentos por um breve instante, até ela virar o rosto para estrada.

— Sabe que sim, e, também sabe que detesto esse assunto — mantém a boca em uma linha fina.

Não me contive e continuei insistindo:
— Por que esse carro? Oh meu carro?

— Porque você o adora! — Seu tom é doce com uma  pitada de sarcasmo. — Aquilo foi um acidente, um efeito colateral, apenas...

— Um erro? Era isso que iria dizer? — Estreitei os olhos passando a mão sobre o cabelo ralo, cortado a pouco tempo. — Assim como ter ficado comigo...

Meredith parece hesitar, o que foi comovente. Puxo o ar e entre-abrindo a boca mostrando alguns dentes.

— Exatamente!

( ... )

Já era noite, escura e sem lua. Quando chegamos, Meredith estaciono o veículo perto dos outros carros. Sai dele sem dizer uma palavra, leva às chaves com sigo.

Segui ela atento nas pessoas  estranhas a volta; vestidas de preto com maquiagem gótica. Parecia um antro para adorar o capeta. Fui puxado pela Meredith até o que parece ser o centro — fora aquelas pessoas também tem vários carros e um terreno ao lado, vazio.

— Ei, Pinto Pequeno! — Ela chamo o cara sentado em uma mesa improvisada com tábuas soltas, poeira e uma cadeira velha que rangia muito.

— Esse não é o meu nome, é Pentelho Pekis Pequeno. — O homem nem se mexe enquanto corrigi ela, alisando a careca e cuspindo na terra seca.

— Como se fosse menos pior! — Resmunguei encarando o outro lado.

Meredith dá seu sorriso mais diabólico:
— Vou correr, com o carro  dele.

— Quem sabe é você princesa, qual é seu nome? — Pergunta ele tirando uma  prancheta da gaveta ao lado.

— Meredith Stone. — Anúncio com prepotência.

Ele assenti anotando. Fez um gesto de mão espantado a gente como um pum, para às próximas pessoas irem. Destaco um papel amarelo e entrego antes de irmos.

Nos afastamos dali e pode perceber que estávamos em uma fila. Quando ela se dá conta que segura minha mão, à solta rápido.

Nunca duvide!Onde histórias criam vida. Descubra agora