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Ben

Puxo o desgraçado pela camisa, minha mão fechada na sua cara fazendo o sangue espirrar em mim. Isso não teria acontecido se ele não tivesse me puxado para os fundos da escola junto com os seus "amigos".

Não tinha mais o menor controle de nada, todo aquele tempo sendo um bom garoto para um idiota simplesmente vir e me fazer bater nele.

— Ei, ei, se acalma! — Nick e o amigo calmo que quando bebê se altera um pouco. Ele vem correndo tentando me fazer parar.

Paro por um instante, franzido a testa:
— Ele machuco ela!

De repente Brendon aproveito minha falta de atenção para revidar. Desvio no automático. Repito para mim mesmo que isso não me tornar alguém ruim. Nem melhor, nem pior.

— Você não vai ajudar? — A voz vinham do seu amigo paro o Nike.

— Mexer com a Meredith já é ruim, mas machuca ela? Ele praticamente imploro para virar um cadáver!

Ela não o machucaria diretamente. Só se não valesse o seu tempo. Sua personalidade cruel é a parte que eu mais gosto dela. Ser uma garota má é o que faz ela ser quem é.

Quando meu telefone começa a tocar imagino que pudesse ser ela. Ou a minha mãe querendo que eu passe no mercado depois da escola. Paro o soco antes de aceitá-lo, Brendon tem boa resistência. Empurro ele para cima dos amigos.

Pego o aparelho e levo a orelha, estendendo a mão, pedindo um tempo da briga. A sua voz de choro do outro lado da linha me desestabilizo.

"Ben…"

"Meredith? O que aconteceu? Por que não veio para a escola?"

"Eu só… Desculpa, eu sempre estrago tudo, né? Agora até a minha irmã não quer mais falar comigo!"

"Não fala assim. Isso não é verdade"

"É claro que é. Só queria que a minha mãe gostasse de mim…"

"Onde você tá?"

"Não, eu não posso dizer, você vai… vai vir atrás de mim. Tá tudo bem, vai ficar tudo bem. Não quero que você me veja chorando, eu fico feia"

"Meredith, por favor."

"Ben?"

"Sim."

"Eu odeio você!"

Suspiro aliviado. Sai andando puxando o Nick comigo. O endereço veio por mensagem. Uma loja de conveniência perto da casa dela. Ela também parecia bêbada.

— Acho que pode me bater, e sair assim?

Aceno com a mão, ele não está se aguentando em pé:
— Não acho, eu posso!

[ … ]

— Você também não me ama… — Ela empurra meu peito. Sua voz está embargada. — Apenas diga que não! — Sussurra.

— Não posso… — Nego sacudindo a cabeça com convicção.

— Eu duvido! — Passo dos limites do nosso jogo, esperando que eu fosse como ela. Ninguém sede, ninguém começa, ninguém termina, ninguém duvida.

— Não posso.

— Como não pode? — Ela levanto os braços, brava.

Começo a chorar de irritação. Isso lhe pego desprevenida. Nunca foi tão sentimental na sua frente.

— Você está chorando?

— Sim, eu te amo sua idiota, mas você não entendi isso. Por que você é a única que não percebi? — Esfrego os olhos, chateado.

— O que? Isso não faz sentido. Eu ouvi você conversando com garoto, e quando ele pergunto se você gostava de mim de verdade. Você disse “não”! —  Ela aponta para mim. — Não, foi o que você disse.

— “Não gosto, eu amo”, foi o que eu disse.

— Sou uma idiota!

Concordo com a cabeça:
— Não concorde comigo!

A garota percebe. Surpresa com as minhas palavras. Ela passo esse tempo todo me odiando, me ignorando. Achei que a culpa era minha. Que tinha feito alguma coisa ou magoado ela.

— Você bebeu? — Questiono.

— Um pouco…

— Você estava brigando? — Ela indaga tocando na ferida perto da minha boca.

— Um pouco!

Nunca duvide!Onde histórias criam vida. Descubra agora