Nunca duvide!

Epílogo:

Ficamos sentadas na frente da TV, assistindo um daqueles filmes para a família toda. Enquanto tomamos café da manhã. Carol finalmente aceitou. Não foi só "pensão". Foi além disso, ela mandava dinheiro, já que não podia mandar amor.

Não gastei 1 dólar desse dinheiro maldito.

— Espera, quanto tem na nossa conta bancária? — Minha irmã fico curiosa de repente.

— Não importa, não vamos usar.

— Mas vai sim, é para faculdade, então nem pense em dizer não — Tia Vivian não fala mal da Emma, ela sempre acredito que sua irmã também queria o nosso melhor.

Suspirei desistindo. Me virei para TV, abraçando meus joelhos. Coral sento no chão com a pipoca, e a tia na poltrona. A atmosfera poderia ser pior, mas não somos uma família normal.

Família.

Eu tenho uma família. E ela é tudo que eu preciso. Demorei muito para perceber, mas no fim, percebi.

[ … ]

Vou de um lado a outro arrumando os enfeites na parede, é o aniversário da Emily. Estou organizando uma festa surpresa, sua mãe a levo para o shopping matar tempo enquanto arrumamos tudo.

Ben organiza a mesa, e o senhor Wright faz os docinhos na cozinha. Está quase tudo pronto. A Carol foi buscar o bolo.

Mia segura a Gigi tentando cuidar da pequena:
— Dith, me pega!

— Agora não Gigi, ela está ocupada. — Mia explica pela quinta vez.

— Vem aqui! — Ben toma a irmã caçula colo. — Vamos roubar uns docinhos que o papai está fazendo.

— ROUBAR! — Grita animada. Os dois somem pela porta.

Ri, negando. Foi difícil grudar os balões, o fundo, e as fitas. Usei enfeites na cor vermelho e preto, nada de rosa.

— Está ficando muito bom. — Mia comenta. — Como grudo os balões?

— Cola quente. Estourei um monte também tentando.

Falta limpar o chão. Confiro se a mesa está boa. Guardo a pistola de cola quente Vou ao banheiro antes de voltar e perguntar se o Ben lembro de montar os cachorros-quentes.

Uso o banheiro do quarto dele porque me sinto mais confortável. Cantarolo a música de aniversário só pra mim. Já vim arrumada. Levanto o vestido antes de sentar no vaso. Estava tão apertada. Respiro aliviada. Lavo as mãos antes de sair.

— Meredith, acho que estou esquecendo de alguma coisa. Você lembra? — Ben aparece na porta do quarto me assustando. Do nada.

— Lembro.

— Ainda bem. — Comemora. — E o que era?

Vou até ele. Passo pelo garoto com um sorriso de lado. Seu sorriso se desmancha.

— O que era? — Dou de ombros. — Meredith, o que era?

Ri alto, me afastando dele.

( … )

— SURPRESA!

Gritamos todos juntos quando ela chego com sua mãe. Também chamei as duas melhor amigas dela. Emily abre a boca, um sorriso largo se formar no seu rosto. Seu pai lhe parabeniza primeiro com um abraço.

Um por um lhe desejamos parabéns. A garota fico um pouco emotiva, mas não choro. Meu abraço foi apertado.

— Parabéns, baby ly.

— Não sou mais um bebê.

Ben bagunça os cabelos da irmã:
— Parabéns, pirralha.

— Ei. — Protesta afastando a mão dele.

Ben me abraça por trás e apóia a cabeça no meu ombro. A garota me olha confusa.

— Espera. Vocês voltaram?

Pondero. Não tinha resposta definitiva. Mudo de assunto:
— Vamos cantar os parabéns!

Foi alto o bastante para todos me ouvirem. Ben deixo um beijo na minha bochecha. Empurro a aniversariante para a mesa do bolo e todos nos seguem. Acendo as velas e me afasto puxando o celular do bolso do garoto loiro para tirar fotos.

— Happy birthday to you.
Happy birthday to you.
Happy birthday, dear one.
Happy birthday to you.

Happy birthday to you.
Happy birthday to you.
Happy birthday, dear one.
Happy birthday to you.

“Éhhhhh” no fim e muitas palmas.

Cantei sozinha:
— Com quem será? Com quem será, que ela vai casar? Vai depender, vai depender se o André vai querer.

Silêncio. Seu pai logo pergunta “quem é André?”. Insiste, mas deixa o assunto de lado. Sua mãe anuncia que vai cortar o bolo. Emily me olha com as bochechas vermelhas. Faço um coração com a mão. Ouço batidas na porta e faço ela abrir a porta. Eu chamei o André, é óbvio. Jovens são complicadas demais com o amor. Precisam de um empurrão.

Vou para a mesa dos cachorros quentes. Ben me olha:
— Acha que eu consigo botar 5 cachorros quentes na boca?

— Eu duvido!

— NÃO. — Coral grita me assustando, nem vi ela chegar.

Fim.