Você já amou perdidamente uma pessoa sem ao menos vê-la?
Amar é acreditar sem ver.
É sentir, mas sem tocar.
Marco Teles.
Postagem iniciada 16/01/21.
Término das postagens: 02/04/22.
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Cinco dias depois do acontecido.
Roupa escolhida e separada.
Lingerie...ok!
Sapato de salto ou sapatilha? Dúvida cruel! Vou separar os dois modelos e depois ver qual fica melhor.
Olho para a cama imensa e suspiro. Pego todos os produtos de higiene pessoal e levo ao banheiro, deixo tudo separado e guardado nas gavetas e nas portinhas do armário do banheiro. Abro a porta do gabinete da pia e vejo toalhas de banho dobradas, enroladas e organizadas de forma perfeita! Todas as peças são brancas, seguro uma e abro, passo em volta do meu corpo e mesmo sendo gorda a toalha cobre meu corpo muito bem.
Hoje estou mais animada!
Vou colocando tudo em seu devido lugar, não paro enquanto não vejo tudo organizado.
Volto ao quarto e, abro uma porta que fica ao lado da porta do banheiro e vejo uma espécie de armário com divisórias e algumas caixas organizadoras e do outro lado em frente uma parte cheia de gavetas. Olho para cima e vejo um varão onde pendurarei minhas roupas. No meio do closet há um puf redondo e em uma parede um espelho enorme que pega de alto a baixo.
Ótimo!
Retorno para o quarto e olho as várias caixas e malas espalhadas pelo chão e em cima da cama, paro e fico olhando ao redor pensando por onde começar. Seguro meu rosto com minhas mãos e cubro meus olhos. Chorei muito esses dias, não quis sair do quarto nos dois primeiros dias. Mandei mensagem para a diretora informando que não me sentia disposta. Com o decorrer dos dias não tinha como postergar, voltei a dar aula, mas não fiz nenhuma refeição com o pessoal da mansão, apenas saia de manhã para ir à escola e assim que voltava me enfiava aqui dentro novamente. Não me sentia bem, ainda não me sinto e não sei quando esse sentimento horrível sairá de meu coração. Ouço um barulho na porta, um toque leve.
– Entre! – A porta se abre e vejo uma cabeça loura no vão da porta. Coço minha cabeça e caminho até uma das caixas.
– Oi Alê, vim ver se precisa de alguma coisa. – Pego uma caixa menor e coloco sobre a maior e levo para dentro do closet. Sinto que dona Guiomar está envergonhada e até mesmo chateada. – Está bem instalada? Gostou do quarto? – A mais velha pergunta enquanto empurro uma caixa enorme.
