Teóphilo - Capítulo 18

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Estou sem palavras, literalmente!

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Estou sem palavras, literalmente!

A mulher me desarmou me deixando sem fala, me dando um fora daqueles. Quis explicação de onde estava e no fim ela me colocou em meu devido lugar sem alterar a voz, apenas sendo ela mesmo gentil, dócil e amável.

Aquela mulher...

Também o que eu queria? Sou um estúpido imbecil! Como posso querer aproximação e uma convivência no mínimo pacífica se já chego comunicando sobre as regras que criei e falando como se ela fosse minha posse, minha propriedade.

Idiota!

Palerma!

Burro!

Fico observando-a logo depois de nosso diálogo. Ela deita seu tronco na cama ficando com seus pés no chão. Coloquei uma escuta espiã que filma, tira foto e grava áudio. Monitorei sua chegada e assim que ela entrou em seu quarto eu liguei para o dispositivo e pude conversar com ela e ouvi tudo o que não queria. Agora estou aqui vendo-a dormir toda desconfortável, desligo a escuta e pega as imagens que o micro câmera fez, nela Alessandra está belíssima com uma roupa simples e descalça. Seus cabelos soltos dão um ar jovial a bela mulher.

Permaneço olhando a tela do notebook, me sinto agitado e até mesmo impaciente ao ver como Alessandra dorme. O modo desconfortável com que está deitada me deixa agoniado, desligo tudo e decido ir dormir quem sabe assim a imagem dela sobre a cama some. Desligo o monitor e vou até minha cama, deito-me fechando meus olhos esperando que este sentimento explosivo se aquiete.

**

Após permanecer quatro dias em uma crise grave, resolvi ficar em casa e não quis sair para ir ao trabalho, optei trabalhar no escritório da mansão, estando em casa tenho mais acesso a medicamentos e auxílio caso algo aconteça. Tia Guiomar e tia Dalva a todo momento vem me ver, meu corpo ainda dói bastante devido a febre alta, sinto um pouco de fadigado, mas eu sei que preciso ser mais forte e superar tudo isso.

– Posso entrar? – Ouço um toque leve na porta e a voz de tio Alberto abafada do lado de fora.

– Claro tio. Por favor entre! – Ele entra e caminha até onde estou com uma bandeja em suas mãos.

– Vim trazer seu almoço, Dalva e Guiomar estão ocupadas com alguns afazeres. – Ele coloca o prato sobre a mesa. – Ele me olha com um ar sério. – Precisa de algo mais senhor? – Sinto minha garganta fechar.

– Tio... – Passo a mão no rosto. – Não precisa desse tratamento. Sei que fui rude, mas era preciso. Eu precisava agir rápido ou o pior aconteceria. – Largo os talheres e me levanto, ele se afasta da mesa e segue-me com seu olhar. – Quando ouvi uma conversa sua e da tia Guiomar e tia Dalva sobre uma suposta dívida, decidi investigar, pedi para um amigo detetive e ele me enviou um dossiê com todas as informações sobre o pai de Alessandra, inclusive sobre o que a família estava enfrentando com relação ao débito. Com o fim do prazo para o pagamento, toda a família seria despejada e sabe Deus onde ficariam. – Ele me olha e sorri ladino.

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