Alessandra - Capítulo 48.

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Assim que chegar em casa terá um belo presente te esperando, aposto que vai adorar ver a lembrancinha.

Essa é mais uma das inúmeras mensagens que recebo.

Confesso que estou tão cansada de tudo isso, que minha carne dói, meus músculos agora vivem tensos o tempo todo, todos os dias, a cada minuto do dia, da semana, minha cabeça não para imaginando quem deve ser a pessoa por trás de todo esse ataque.

Eu já vi isso acontecer em filmes, séries, mas nunca imaginei que passaria por algo desse nível. Talvez outras pessoas se sentiriam enaltecida, orgulhosa por ter uma atenção de uma outra pessoa querendo sua atenção, mas esse não é o meu caso. Estou atormentada, encurralada, como se estivesse em um funil e eu estivesse indo para a parte estreita.

Angustiada.

Aflita.

Preocupada.

Ansiosa.

Perturbada.

Confesso que esses são alguns dos sentimentos que tem invadido meu coração e eles tem me deixando desgastada.

Teóphilo tem feito o possível para que os bilhetes e tantas outras coisas que esta pessoa me envia, não chegue até mim, mas tem hora que o sistema falha e mesmo eu bloqueando todos os números que me enviam mensagens através do celular, eu sempre leio uma aqui, outra ali e o conteúdo é sempre o mesmo, ameaças veladas, mascaradas por elogios cheio de malícia, zombaria e maldade.

A pessoa é um sádico.

O meu sofrimento é um estímulo para esse lunático, é um prato cheio para que ele se delicie, saboreie e sinta prazer, de forma que sua satisfação seja vigorosa. O problema é que uma pessoa assim nunca se satisfaz com pouco e por pouco tempo, essa pessoa busca me atormentar o tempo todo, todos os dias, a todo o momento.

O meu maior medo ao ver todo esse comportamento estranho é saber que essa pessoa tem mostrado para Teóphilo e para mim que ele pode ser sim um maníaco ou até mesmo um assassino em série.

Não sabemos com quem estamos lidando.

Com nossas mãos atadas e sem ter o que fazer, esperamos pelos próximos ataques, cartas, presentes e demonstração de ódio contra minha família e contra mim.

Principalmente contra mim.

– No que está pensando? – Estamos deitados em sua cama, ou melhor em nossa cama, totalmente nus e satisfeitos pelo sexo sensacional que fizemos a pouco. Desde nossa primeira vez há alguns dias, Teóphilo pediu para dona Guiomar providenciasse minha "mudança" para seu quarto. Ele diz que agora é nosso quarto, e eu adoro ouvi-lo falar assim. Com minhas pernas enroscada nas suas, com minha cabeça sobre seu peito, seus braços ao redor de minha cintura nada fina, seus dedos acariciam minha pele me causando uma sensação maravilhosa, uma sensação de segurança.

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