Alessandra - Capítulo 54

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–...você é minha, Alessandra!

Essa foi a frase que eu mais li durante vários e vários dias.

Semanas...

Meses na verdade!

Quantas noites sem dormir, com uma insônia que me deixava acabada no dia seguinte, quando precisava me levantar para trabalhar e continuar minha vida, sem saber quando e como esse pesadelo acabaria. Era ótimo quando eu conseguia dormir e descansar, toda noite eu ansiava por isso, mas existiam aqueles dias a qual eu até dormia, mas no meio da noite e acordava assustada, suada e completamente assombrada por conta do pesadelo horrível.

Olho para o homem a minha frente, e ele não se moveu um milímetro desde que entrou no cômodo, seu olhar sobre mim me deixa atenta e com o coração batendo forte e acelerado. Na verdade, eu não sei qual é a verdadeira sensação que me toma.

Amedrontada?

Apavorada?

Com certeza, sim!

Conforme os dias foram passando depois que recebi o primeiro bilhete, eu passei a me sentir mal. Um desconforto no peito era como uma sensação de peso e dores, meu estômago queimava, minha respiração ficava rasa, sentia palpitações, sentia falta de ar e passei a ter uma dificuldade enorme em me concentrar. Eu sofro de déficit de atenção e ele piorou muito devido a tudo o que vem acontecendo. Quantas vezes eu pensei que estava sofrendo um infarto, os sintomas que eu tinha eram físicos e isso me deixava preocupada ao extremo.

Até cheguei a marcar uma consulta com um cardiologista, contei a ele os meus sintomas, não deixei passar nada, ele escrevia algumas coisas em seu computador e após eu relatar tudo o que sentia, ele cruzou os braços sobre a mesa e, como um bom cardiologista ele agiu como meu psicólogo. Ele foi extremamente gentil e humano, sua empatia ao meu relato me surpreendeu, pois qual profissional faria isso? Me ouviria e ainda por cima me daria um prognóstico do que eu sofria?

Conforme as palavras transtorno de ansiedade saíram de sua boca, eu me lembrei do que eu havia passado quando Heloah morreu e fui diagnosticada com essa doença. Fazia tanto tempo que eu não sentia mais nada, me sentia bem, que não vivenciava essas sensações ruins, que não me passou pela cabeça que havia voltado, que esse mal havia retornado e com força total. Me aliviada por saber o que estava acontecendo comigo, mesmo assim o médico pediu alguns exames que já foram providenciados. Voltei a conversar com o meu terapeuta, fazia um bom tempo que não ia as consultas e por conta do TA ter regressado eu passei a ir uma vez na semana em seu consultório e quando me sentia pior eu ligava e conversávamos por algum tempo.

– Vai ficar de papinho ou vai vir aqui e assinar a porra do contrato? Ainda preciso contar a grana. – Martin fala e sua impaciência é notável. – Não confio em você. – Bernardo continua com seu olhar sobre mim e seu sorriso ladino se amplia ao ouvir o que o outro homem diz. Bernardo se vira, olha para o homem e segue até onde Martin está.

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