Teóphilo - Capítulo 24.

811 110 36
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Como todo santo dia, tudo segue dentro dos conformes.

Nada de novo aconteceu e infelizmente ainda não recebi nenhum parecer do meu amigo. Olho para meu aparelho e ele pisca com o anuncio de nova mensagem. Passo meu dedo na tela desbloqueando o aparelho, faço uma leitura rápida da breve mensagem e desligo.

Todo dia, há duas semanas mais ou menos venho recebendo mensagens e todas ameaçando a minha família e a mim. Não posso deixar que nada aconteça a nenhum deles, por isso, pedi para meu amigo Paulo ver as mensagens. Como tenho um outro aparelho, optei por enviar este, acho que fica melhor para ele fazer toda espécie de investigação possível, assim Paulo terá muito mais acesso a tudo.

Todos os moradores da casa têm segurança vinte e quatro horas e, como não quero correr risco, decidi aumentar o número do pessoal que acompanha minha família de longe. Quando Alessandra foi abordada próximo a escola a exatos dois dias, o segurança que está cuidando dela ligou para mim e me informou sobre o ocorrido. Pedi para Erick que é o chefe da segurança que enviassem alguns de seus homens para ficar de olho caso vissem algo suspeito próximo a escola. Então, desde ontem estamos com uma viatura nas proximidades do serviço de Alessandra, investigando tudo e todos. Não ficarei sossegado enquanto não descobrir quem foi a pessoa que assediou minha mulher, mesmo ela não sendo de verdade, pedi que Erick me enviassem o relatório diário com o máximo de informações possíveis.

As ameaças que venho sofrendo, estão cada dia mais explícitas e isso tem me feito perder o sono e pior, ainda mais estressado e em muitas vezes apreensivo e aflito. Sinto que meus medos e receios tem tentado aflorar e isso tem me deixado ainda mais nervoso provocando uma reação ruim me tirando da minha zona de conforto. Só espero que tudo o que tem acontecido não se torne um estímulo direto para acionar algum gatilho em minha mente perturbada.

Esfrego meu rosto e ergo-me de minha cadeira, olho no relógio e vejo que já são meia-noite e quinze. Espreguiço-me, fecho o notebook, pego minha garrafa de água e vejo que está vazia.

– Droga! – Eu sempre trago para meu quarto uma garrafa. Durante todo o dia, ando com ela o tempo todo. Depois do acidente eu precisei beber muita água e com isso eu peguei o hábito de beber bastante líquido, então quando não estou com minha garrafa tenho sempre um jarro com o líquido sobre a minha mesa. – Depois eu busco, vou tomar um banho primeiro, estou me sentindo terrivelmente ferido e grudento. – Nesta época do ano Minas Gerais é quente demais, nas demais estações também, mas no verão a coisa piora e muito. Sigo em direção ao banheiro, tomo meu banho, me troco e saio, pego minha garrafa de água e levo comigo até a cozinha.

Sigo até o armário e pego um copo grande, abro a geladeira, pego a garrafa, encho o copo e me delicio com a bebida. Como estou próximo ao porta pão sinto um cheiro delicioso e isso faz meu estômago roncar alto. Corto uma fatia do pão caseiro que tia Guiomar fez, abro a geladeira novamente e pego a pasta de queijo que tia Dalva faz, passo na fatia enorme que cortei. Guardo o que usei e bebo um gole da minha água mais uma vez.

Não me veja.Onde histórias criam vida. Descubra agora