Contos Jujutsu Kaisen

{Satoru Gojo 2}

Estacionei o carro em frente ao prédio de luxo, encostei minha cabeça no volante e respirei fundo algumas vezes até sair do carro fechando a porta com uma certa brutalidade.

Acenei para o porteiro como de praxe e adentrei o prédio, entrei no elevado e esperei o mesmo me deixar em meu destino.

As mãos suando em nervosismo, e os dedos doendo de tanto os aperta para ouvir o barulho dos estalos, para me acalmar mesmo que minimamente.

A porta do elevador é aberta e eu logo me deparo com a porta que reluz o número 15. Dei alguns passou e mesmo hesitante dou um toque na campainha.

A porta é aberta pelo platinado que trajava apenas um short de moletom e uma regata preta deixando seus músculos a mostra.

- S/N ? - Ele diz me encarando de cima a baixo.

- Oi, eu... Queria conversar com você. - Falei um pouco de hesitação na voz.

- Eu não acho que...

- Por favor, vai ser rápido. - Falei já entendo em seu apartamento.

- Claro, entra. - Falou mais pra ele do que para mim e em seguida fechou a porta.

- Bom... para começar, eu não faço mais coisas erradas, mesmo que nunca tivessem encontrado vestígios que me incriminaria para o resto da vida. - Falei um pouco eufórica, mas confiante.

- Isso é bom. - O platinado falou sem emoção na voz.

- Não está feliz pela notícia ? - Toquei em seu rosto e falei com o coração começando a apertar.

- Eu estou, mas não acho que agora seja o momento certo para falarmos sobre isso. - Olhou para o outro lado e se desvencilhou de nosso contato.

- Então quando será o momento certo Gojo ? Se eu não estivesse vindo te procurar, você me procuraria para termos essa conversa ? - Perguntei mas não obtive resposta alguma.

- Por que sempre que eu ia embora, você não me procurava ? Você nunca fez questão disso. Porquê ? - Falei com um aperto no coração.

- Olha S/N, meu trabalho não permitiria e...

- Gojo, quem está aí ? - Falou uma mulher adentrando a sala.

Ela tinha cabelos escuros e uma marcar horizontal em seu rosto.

Olhei para ela e em seguida para Gojo que estava com uma cara indecifrável. Olhei para os meus pés esperando uma resposta, mas a mesma não veio.

- Não vai dizer quem eu sou ? - Ergui minha cabeça minimamente.

Silêncio.

- Ok, eu acho que já entendi, não é como se eu fosse importante para você mesmo. - Tirei uma chave de dentro da minha bolsa e joguei para o mais velho.
- Toma, eu não preciso mais disso. - Dito isso eu saí do apartamento praticamente correndo.

Eu peguei a chave de seu prédio com o consentimento dele caso eu precisasse e eu queria fazer uma surpresa para ele, mas nunca usei a mesma.

Cheguei no carro e meus olhos embaçaram com as teimosas lágrimas.

- Merda. - Dei uma batida forte no volante e em seguida encostei minha cabeça ali.

Tomei um susto quando várias batidas foram dadas na janela do meu carro.

- S/N, sai desse carro, vamos conversar. - não cessando as batidas.

Apenas fiz que não com a cabeça, liguei o carro e sai dali.