Tate Langdon #2 (Serie - American Horror Story -Murder House)

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   O vento frio atravessava a janela da qual você estava parada em frente observando a rua, e batia contra seu rosto naquele fim de tarde de um monótono domingo. O céu já não tinha mais nuvens nem sol, apesar de ainda estar em tom azul claro. O astro rei estava se escondendo aos poucos, e só poderia ser visto se você fosse ao outro lado da casa. Enxergaria claramente que ele estava se pondo, mais fraco, para dar espaço a lua e as estrelas.
   O seu cigarro acabou, e você o jogou pela janela, ao mesmo tempo que uma voz extremamente familiar chegou até seus ouvidos.
    —Eu gosto de ser seu. —Disse Tate, em um tom calmo porém que levemente divertido.
    —O quê?
   Questionou com um leve riso escapando dos lábios, e voltando sua atenção para ele. Realmente não tinha entendido o que o garoto quisera dizer com aquilo.
    Ele caminhou até você. 
    —Eu gosto de ser seu clichê. —Esclareceu ele.
    —Meu clichê?
    —Foi o que eu disse. A nossa relação, é um clichê. E pode ser honesta comigo, eu sei que você gosta.
    —Um clichê? Você está morto, e preso nesta casa. Temos problemas pra caramba e fumamos cigarros até nossos pulmões implorarem por misericórdia. Eu diria que somos mais fudidos do que um clichê.
    —Também. Mas...somos um pouco clichê. Você tem que admitir.
    Você respirou fundo e desviou o olhar das órbitas castanho escuro de Tate durante algum tempo.
    —Tudo bem. Somos um clichê.
    Ele sorriu sem mostrar os dentes.
    —Viu? E isso é ótimo, na verdade. —Ele passou as grandes mãos por seus ombros, descendo até seu antebraço. —Nunca pensei que eu seria tão feliz vivendo algo assim. 
    —Você é feliz comigo? —Perguntou baixo, com medo do quão ridícula e sentimental soaria, mas depois relaxou. Afinal, era Tate e ele jamais seria capaz de julgar você.
    O sorriso ainda presente no rosto do mais velho e seu olhar carregado de ternura também colocaram um pequeno riso em você.  Quase imperceptível. Mas, ele obviamente notou enquanto olhava profundamente em seus olhos.
    Tate passou o dedo polegar lentamente por sua face, fazendo carinho na região. Você sentiu arrepios quando o anel gelado dele tocou sua pele.  
    —Eu posso estar morto, mas me sinto vivo somente ao seu lado.  É por isso que eu preciso que você continue viva.
    —Tate...
    Você se desvencilhou dele, desapontada por ver que seu namorado tornaria a tocar naquele assunto. Um dia, em que você apenas deixou escapar em sua fala, que gostaria de morrer porque parecia mais fácil. Simplesmente passar os dias ao lado de quem você ama, sem precisar encarar mais os problemas diários de sua vida.
     —S/N, me escuta.  —Ele pegou delicadamente em seu rosto, com as duas mãos, com tanto cuidado, como se você fosse uma boneca de porcelana prestes a quebrar ao mínimo toque. —Precisa me prometer que não tentará nada estupido.
     —Mais estupido do que me apaixonar por você?
     Ele riu.
     —É. —Logo, voltou a ficar sério. —Olhe, pode parecer a saída mais fácil agora, mas morrer não é tão bom quanto parece.
     —Tate, por que você morreu? 
     O questionamento cruzou sua cabeça de repente. Sua testa franziu, mas Tate ficou parecendo tenso e preocupado.
    Não costumavam falar muito sobre isso, desde o dia em que você descobriu, através de pequenos detalhes. Era um assunto um pouco estranho, afinal, você estava viva.
    —Foi-foi suicidio, eu já te disse. —Ele afirmou, ainda que gaguejando.
    —É, mas por que está me dizendo isso agora, então? 
    —Eu tomei uma decisão errada, acredite em mim. Eu não esperava por isso. Ficar trancado nessa casa durante todos os dias, sem poder fazer mais nada, pelo infinito. Eu não quero isso para você também. Entende?
    —S-sim. Entendo. Mas...aqui não é melhor comigo? Sabe, mais suportável, ao menos, se estamos juntos.
     —Claro que é. Não poderia pedir por lugar melhor, do que ao seu lado. Para ser sincero, eu nem acho que tenha qualquer outro lugar melhor que aqui no mundo. As vezes, nem consigo acreditar que você tenha se mudado justo para cá e tenha se apaixonado por mim. Ainda sim, se matar não é a melhor opção. Eu não quero que você sofra.
     —Que eu não sofra mais do que já sofri, não é?
     —Bom, sim. Eu sei que é difícil, mas eu não suportaria ver você fazendo a mesma besteira que eu, se arrependendo e sofrendo depois, sabendo que eu poderia ter evitado isso.
      —Claro. Quer que eu morra com a idade da sua mãe, velha demais para que você ainda queira namorar comigo? 
      Ele riu.
      —Pode ser. Mas, não tem nada que me faça não querer namorar com você. Nunca.
      —Sério? Porque acho que estou engordando um pouco.
      —Tudo bem, as que comem mais são as melhores mesmo.
      Você riu.
      —Obrigada, Tate. 
      —Pelo que, exatamente?
      —Por me salvar. Você está me salvando todos os dias.
      —É meu dever. Agora, pode por favor prometer que não fará nada que possa machucar você?
      —Tudo bem. Eu prometo.
      Ele sorriu, completamente relaxado, e depositou um longo beijo em seus lábios, enquanto as suas mãos pousavam nos antebraços dele, visto que o garoto ainda segurava seu rosto.
       —Obrigado você. —Disse Tate, ao se separar.
       —Pelo que, exatamente?
       —Você é a que está me salvando.
       Por fim, suas testas se uniram.

Enfim, não sei o que deu em mim p escrever um imagine desse tamanho do Tate, mas espero que gostem. Em breve vou postar mais algum de Maze Runner, pq vi que vcs gostaram também. Enfim, é isto.

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