Capítulo 34 - Vulcotro

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Vulcotro

Vulcotro era uma cidade ao mesmo tempo assustadora e encantadora para os visitantes, localizada num vulcão ativo, não muito abaixo da caldeira que estava sempre com lava fervente, às vezes rajadas de cinzas eram jogadas sobre a cidade, , a cidade era acessada apenas por uma estrada que cortava a montanha, os exércitos que vinham a cidade naquela ocasião ficavam apreensivos pelos desfiladeiros de ambos os lados e o magma que descia brilhante a encosta da montanha, ao chegar na cidade se depararam com um muro de cerca de 3 metros de altura e rente a ele, um rio de Lava fervente que vinha da caldeira acima e fluía passando rente ao Muro, formando um fosso de lava, e depois escorria dentro de um buraco e continuava fluindo montanha adentro a única forma de entrar na cidade é apenas quando o portão de ferro da cidade está abaixado fazendo uma ponte sobre o fosso de lava fervente, dava pra sentir o calor do rio de magma a poucos metros abaixo, mas a cidade em si era fabulosa, uma das maiores da Mompólia, 30 ou 40 mil habitantes se espalharam por uma cratera enorme quase que totalmente circular e por dentro das cavernas e encostas que rodeiam a cratera, a primeira vista a cidade parecia ser hostil a vida, o caminho até lá era seco e com muitas poucas árvores, mas assim que adentravam os muros, havia jardins floridos, rios e canais por todos os lados e pequenas plantações até mesmo em cima da muralha, havia cachoeiras nas encostas e as crianças brincavam de pular nos pequenos lagos que formavam rente as cachoeiras, era um colírio aos olhos dos visitantes, mas a cidade tinha um problema de espaço, eram muitas pessoas vivendo ali e em muitos lugares tinha duas ou três casas uma em cima das outras, os rios e canais viviam tendo congestionamentos de barcos e as ruas congestionamentos de carroças, de qualquer forma era a cidade mais impressionante da Mompólia.

Os céus de Vulcotro de repente escureceram, todos voltaram seus olhos para o céu, um imenso dragão azul escuro pairava sobre a cidade, alguns gritaram de medo, outros correram para se esconderem, alguns paralisaram de medo, Matias ouvindo o barulho olhou por uma janela e viu o dragão, mas não esboçou reação alguma apenas o olhou com atenção para ver onde iria pousar.

A viagem sobre o dragão foi tranquila, mesmo não sabendo em que direção irem, o dragão seguiu para o norte e depois foi onde havia fumaça saindo de um vulcão e achou Vulcotro, Sofia e Filha do Paraíso brigaram a viagem toda, Eric agarrou nas costas do dragão com força, ainda não gostava de viajar naquele bicho e Davi ficou calado a viagem toda, conforme se aproximavam de Vulcotro o clima foi esfriando e começou a nevar. a neve claramente incomodava o dragão que se sacudia de tempos em tempos, quando finalmente chegaram na cidade, havia o problema de não haver lugar para o dragão pousar, e ele rodeou a cidade, e começou a baixar na parte da cratera que não era ocupada pela cidade, entre a muralha e as montanhas, apesar da enorme área, foi um pouso apertado para o gigante dragão que alçou voo assim que seus passageiros desceram.

- Tudo bem que Vulcotro tem um acesso complicado. - Ainda não haviam notado Matias que estava ali a poucos metros deles. - Mas dá para chegar pelo chão. - Ele sorria ironicamente. - Bem vindo rei Davi de Uko e família, vejo que não trouxe nenhum soldado de seu exército, isso é se tiver ao menos um soldado naquela cidade.

- Você me chamou. - respondeu Davi. - Não sou eu que mandei mensagem para toda Mompólia pedindo ajuda, então vim ver pessoalmente a tal ameaça, até por que um certo rei uma vez me disse que não iria mandar suas tropas para longe baseado em boatos e ameaças que não sabemos se são reais ou não, então decidi seguir o conselho desse rei e não trouxe meu exército.

- Pois bem. - A resposta de Davi deixou Matias constrangido. - Venham se abrigar. - Matias os guiou até o palácio real, e os empregados deram grossas peles de lobos para eles se protegerem do frio, de alguma forma aquela neve fazia que Sofia lembrasse de sua terra natal, mas ao mesmo tempo pensava que alguma coisa não estava certa ali, havia alguma coisa a incomodando.

Crônicas de MedepéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora