Minha Menina (Degustação)

Capítulo 15

          Notas da Autora:
Olá amores e amoras tudo bem? Espero que sim, bem queridos como prometido aqui está um dos caps, ontem minha internet estava só por Deus por isso não consegui postar mas aqui estou eu, espero que gostem e se sim deixem uma curtida e um comentário isso me insentiva muito, bom pessoal vejo vocês mais tarde beijos.
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Suzy
 
Saio da padaria e ando pelas ruas completamente irritada, como é possível que em menos de três anos o saco de pão tenha ficado tão caro assim?! isso é um absurdo total. Pisando firme continuo andando em direção a minha casa, entretanto assim que viro a esquina surpreendo-me ao ver um carro parado em frente ao portão da mesma.

— Ué nunca vi esse carro aqui antes.
  
Ainda confusa ando em direção ao carro e antes que eu chegue perto, a porta do lado do motorista se abre e quem eu menos espero desce do veículo, trajando uma calça jeans, uma blusa branca com terninho azul e óculos escuros.

— Jordam!?
— Olá Suzan.— Ainda confusa permaneço parada o olhando atentamente, o mesmo analisa-me da cabeça aos pés e com um sorriso sacana retira os óculos escuros.— Como vai?
— O que faz aqui Jordam?— Pergunto seriamente o encarando, e cruzando os braços no processo.
— Um "Olá Jordam." ou um " Tudo bem Jordam?" não lhe custaria nada.
— Pelo amor de Deus viu.— Revirando os olhos, passo pelo mesmo e ando em direção ao portão de minha casa.
— Suzy espera.— Paro em frente ao portão e respiro profundamente.
— Diga logo o que quer Jordam.
— Precisamos conversar.
— Que eu lembre-me, não temos nada que conversar.
— Vamos lá Suzy.
— Dá um tempo Jordam, eu tenho mais o que fazer.— Abro o portão e assim que coloco um pé dentro de casa, paro estática no lugar com as seguintes palavras do mesmo.
— Stefanie precisa da sua ajuda.— Devagar viro-me em sua direção e o fito atentamente, analiso sua expressão e pela mesma não parecia ser mentira, rendida balanço a cabeça em concordância e suspiro.
— Entre.

 Viro-me nos calcanhares e adentro a residência, dando espaço em seguida para que Jordam faça o mesmo, e assim que ele entra fecho rapidamente o portão, e com uma leve pontada de preocupação passo pelo mesmo e ando em direção a porta da frente de minha casa, sem demora abro a mesma e adentro a sala colocando as chaves do portão em cima da mesinha de centro.

— Bela casa.
— Obrigada.— Sem muito ânimo sigo em direção a cozinha, e ao chegar coloco o saco de pão em cima da mesa e ando em direção ao fogão, pronta para preparar um café.
— Sua mãe não está em casa?
— Não, ela está em uma viagem de negócios.
— Entendi.
— Certo vamos direto ao ponto.
— Ok!
— O que está acontecendo com a Stefanie?
— Vocês andam conversando?
— Bem... não tanto quanto eu gostaria, mas pelas poucas conversas que tivemos, sei que a situação da mesma não está muito fácil.
— Tem razão não está, Stefanie anda tendo problemas com um agiota do qual seu pai fez negócio.
— É eu sei disso, todavia achei que depois que pagassem a dívida, ele os deixariam em paz.
— Foi o que ela também achou, porém o filho da mãe não quer somente o dinheiro, ele quer a Stefanie também, é como se ele tivesse criado uma obsessão pela garota sem nem ao menos conhecê-la direito.
— Como assim?— Termino de colocar a água para ferver e viro-me novamente em direção a Jordam que ainda estava em pé, parado em frente a bancada da cozinha, devagar faço um movimento com as mãos para que ele sente-se em uma das banquetas em frente a bancada, o mesmo concorda e senta-se na primeira banqueta observando-me atentamente.
— Ele simplesmente está obcecado pela Stefanie e a quer como parte do pagamento, porém você e eu sabemos que Erick é louco por ela, ele já deixou isso mais que explícito, mas isso não foi o suficiente para assustar o tal do agiota que tentou sequestrar Stefanie por duas vezes.
— Então é por isso que não consigo conversar com minha amiga, a praticamente quatro dias.
— É... a mesma está passando uns dias na casa da tia em Campinas.
— E por que você está aqui?
— Bom... como eu disse tentaram sequestrar a Stefanie duas vezes, porém na segunda tentativa Júlia e Luísa estavam juntas com ela e conseguiram a "Salvar" vamos se dizer assim, mas claro que para isso tiveram que trocar alguns socos e chutes com os homens e nessa Júlia conseguiu pegar o celular de um deles.
— E...
— Stefanie conseguiu invadir o celular desse homem e descobriu que o chefe dele não é meramente um agiota, mas também um traficante filho da puta.
— E o que exatamente ele trafica?
— Mulheres.— Paro estática no lugar e arregalo os olhos.
— Por isso ele quer tanto a Stefanie?
— Bem... sinceramente eu não sei, mas Stefanie mostrou isso ao Erick e bom ele nunca foi a favor de tráfico de mulheres e disse que resolveria a situação.
— Entendi... mas não sei ainda o que eu tenho a ver com tudo isso, e o porquê de você estar aqui.
— Bom Stefanie disse que poderia fornecer os dados deste carregamento para ajudar o Erick, entretanto precisaria de ajuda para invadir o sistema do computador do agiota infeliz do qual não consigo lembrar o nome.
— Deixa eu adivinhar, Stefanie precisa da minha ajuda pois eu sou uma das únicas pessoas que consegue usar, o mesmo sistema de hackeamento que o dela.
— Exatamente.
— Por que ela não me mandou uma mensagem então?
— Talvez tenha mandado mas você não viu.
— Hum... talvez, então você é só o garoto de recados.

(Would You Like - Pop Talk)
 

Viro-me novamente em direção ao fogão, a água já havia fervido. Enquanto preparo o café lembro-me de tudo que Stefanie havia me falado sobre Erick, pois apesar do mesmo ser um mafioso ela o ama e não é pouco, só não tem coragem de falar, o que é triste afinal ele aparenta sentir o mesmo. Termino de coar o café e coloco o mesmo em duas xícaras, viro-me novamente e ando até a banca oferecendo uma das xícaras a Jordam.

— Obrigado.
— De nada, mas voltando por que a Tefani mandou logo você aqui?
— Bem... não foi exatamente ela que me mandou aqui, mas sim o Erick ele me cobrou um favor vamos se dizer assim.
— Hum... entendi.
— Suzy sei que ainda está chateada comigo mas...
— Chateada é eufemismo da sua parte, na verdade eu estou é morta de raiva de você Jordam.
— Vamos lá Suzy eu peço desculpas, afinal já se foram três anos.
— Realmente já passaram-se três anos, mas eu ainda não esqueci o que você fez.
— Suzy foi só um beijo.
— Um beijo que eu não pedi.
— Mas retribuiu.
— Você já deu o recado que o Erick pediu, agora pode ir embora.— Digo colocando minha xícara de café dentro da pia, e em seguida saio andando em direção a sala.
— Suzy... vamos lá não seja tão má assim comigo.
— Jordam eu só não lhe dei um soco no dia do casamento da Luísa, pois  não queria acabar com o momento mágico da minha amiga com um barraco, mas hoje nada pode impedir-me de lhe dar o soco que guardo a três anos.
— Está bem Suzy não vou mais insistir neste assunto, porém não posso ir embora tenho que acompanhar você até Campinas.
— Não se preocupa, vou de ônibus e encontro Stefanie lá.
— Sem chances já estou aqui e você vai comigo.
— Você não manda em mim Jordam.
— Deixa de ser teimosa Suzan.

 Sinto uma mão forte agarrar meu braço e virar-me bruscamente, Jordam olha-me ferozmente, sustento seu olhar e faço o possível para não render-me ao seu charme, obviamente estava sendo uma tarefa extremamente difícil.

— Se não me soltar agora vou...
— Vai o que Suzy? Me dar o soco que tanto promete a três anos?
— Exatamente.
— Então vá em frente.

  Jordam aproxima-se mais de mim e quando menos espero, o mesmo solta meu braço e envolve uma de suas mãos em minha cintura, sem demora ele cola nossos corpos e roça seus lábios nos meus. Rapidamente sinto minha respiração ficar pesada e sem raciocinar direito envolvo meus braços em seu pescoço, naquele momento era mais que audível o som dos meus batimentos cardíacos, com as mãos trêmulas deslizo meus dedos por suas madeixas escuras e macias.

— Como vou conter minha vontade de beija-la Suzy, com você acariciando meus cabelos e tão próxima assim de mim?
 
  Em seus olhos pude perceber como o mesmo tentava a todo custo se controlar para não avançar o sinal vermelho, com um sorriso no canto dos lábios, aproximo-me mais do mesmo e sussurro em seu ouvido.

— Isso é um problema seu querido.

  Afasto-me devagar e antes de afastar-me por completo depósito um pequeno beijo no canto de seus lábios, após isso solto-me do mesmo e viro-me nos calcanhares e ando em direção ao meu quarto deixando Jordam parado no meio da minha sala com cara de idiota.