Can you be mine? || kuroken

Capítulo 7 | Ao seu lado

𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒆𝒎!𝑺𝒆 𝒗𝒐𝒄𝒆 𝒂𝒄𝒐𝒎𝒑𝒂𝒏𝒉𝒐𝒖 𝒂 𝒇𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄 𝒂𝒕𝒆 𝒂𝒒𝒖𝒊, 𝒄𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒗𝒐𝒕𝒆, 𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒎𝒆 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒆 𝒂𝒑𝒐𝒊𝒂 𝒎𝒆𝒖 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐! 𝑶𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂
𝑩𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂❤
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Kozume levou um susto enorme quando Kuroo se sentou ao seu lado, quase se jogando no banco, dando um alto suspiro de alívio. 

-Consegui organizar tudo com o treinador -Ele fala depois de se aconchegar no assento.

Logo o motorista ligou o motor do ônibus.

-ESTAMOS SAINDO? -Lev gritou do fundo do automóvel

-Pare de gritar! -Yaku bateu com a revista que estava lendo com força na cabeça de Haiba, que gemeu de dor e susto.

-Se sentem e coloquem os cintos, estamos partindo -O treinador alertou e se senta sozinho no assento próximo ao motorista, ele começou a resolver algumas coisas que tinha para fazer, aproveitando esse tempo de duas horas até o destino.

Assim que o ônibus arrancou, os primeiros minutos foram de grande emoção, mas logo todos começaram a se acalmar e aproveitar a viagem.

-Ei, Kuroo -Kenma murmurou timidamente vendo o moreno aconchegado com a cabeça jogada no encosto da cadeira, com os olhos fechados direto para o teto.

Assim que foi chamado, Kuroo abre os olhos e se virou para Kozume de forma curiosa 

"O que você ia me dizer?" O coração do loiro entra em colapso por instantes.

-Ah, haha -Kuroo riu, dando um sorriso levemente provocante -Se quer tanto saber... 

Kenma começou a suar frio, o que poderia ser? Podia ser qualquer coisa...

-Aqui -Tetsuro tirou algo da mochila que estava entre suas pernas e em seguida, entregou um embrulho, com o formato de um livro para Kenma, que estranhou essa possibilidade, já que Kuroo sabia que ele não se interessava por literatura. 

Kozume pegou o embrulho meio desajeitado.

-É pra mim? -Ele murmura mirando o papel brilhante. Kuroo respondeu concordando com sua cabeça, com um sorriso no rosto, confiante de que o amigo gostaria do presente.

Com essa afirmação, Kenma abre o embrulho ao tirar a fita que prendia as duas pontas da parte superior. Assim que abriu e retirou o conteúdo do papel de presente, seu queixo caiu com oque acabou de ganhar.

-Não acredito... -Ele murmurou incrédulo, sem conseguir acreditar.

-Acredite! -Kuroo riu ao ver a reação do menor ao receber o presente que ele havia comprado ontem.

Kozume segura o presente, o jogo que ele tanto queria a dias, o jogo que estava apreciando na vitrine daquela loja do shopping... era ele!

O loiro não conseguiu nem agradecer, ficou olhando a caixa do jogo por longos minutos, estava tão vidrado que nem mesmo piscava.

-Muito, muito obrigado! -Os olhos dele se iluminaram em instantes, mirando Kuroo com um enorme sorriso. Isso era raro.

Tetsuro ficou surpreso com a reação do menor, era exatamente essa expressão que ele queria ter o prazer de ver, mas não achou que seria tão fácil assim. Ficou perplexo com o brilho no olhar de Kenma.

-Ah, de nada! -Kuroo exclamou meio desajeitado, essa reação acabou o desconfigurando por rápidos segundos.

Kenma não sabia nem por onde começar a agradecer, fazia tempo que o mesmo não recebia algum presente de algum amigo, já que ele vivia ganhando coisas de seus pais que viviam ocupados.

Kozume ficou olhando para o moreno por longos instantes, parecia estar tentando falar mas ainda estava chocado demais. Ele estava muito feliz. 

-Você trouxe o Nintendo, né? -Kuroo afirmou mais do que perguntou, era uma resposta óbvia -Por que não começa a jogar? -Ele deu um sorriso de lado.

Kenma concorda, saindo do transe no qual estava preso por uns minutos até agora. Ele tirou seu aparelho de dentro da mochila localizada logo abaixo de seus pés, encaixando o pequeno jogo dentro do Nintendo que logo se acendeu, assim como o brilho dos olhos do loiro.

-Bem, já volto. Vou trocar uma ideia com o restante -Kuroo tira o cinto e se levanta do assento.

-C-Calma! -Kenma exclamou alto, ele quase esqueceu do jogo por um milésimo de segundo, assim que se tocou do que fez ficou constrangido.

-O que houve? -Tetsuro o olhou curioso e preocupado ao mesmo tempo, ele não entendeu o que Kenma quis dizer com "calma".

-Nada, desculpe... -Ele voltou seus olhos para a tela do aparelho, que ainda estava carregando, mas era o único jeito dele se desfocar daquele olhar de Kuroo que estava o matando.

-Eu vou voltar rápido -Ele afirmou dando um sorriso confiante e com isso, sumiu no corredor do ônibus, deixando Kozume sozinho.

Aquilo foi uma ação obtida pelo impulso, foi tudo tão rápido, a verdade é que Kenma se sentiu mal naquele segundo em que Kuroo saiu.

Os pais se Kozume sempre trocavam o tempo de carinho por jogos e coisas que o mantém entretido, então em vez de o darem amor e tempo em família, o davam jogos e coisas que o loiro pudesse fazer para substituir esse tempo, mas seus pais eram ocupados demais com o trabalho, não tinham tempo. 

Kenma começou a notar a gravidade dessa situação apenas com essa idade, já que sempre foi novo demais para entender a situação que se mantém, única coisa que o acolhe é a tela dos seus aparelhos que o distraem quase o dia inteiro, na verdade, ele já passou tanto tempo dessa forma que nem mesmo liga para o carinho da família. 

Assim que o Kuroo saiu após entregar o jogo, era como se dissesse, no ponto de vista de Kenma: "ocupe-se com o jogo novo enquanto eu faço outras coisas mais importantes". 

Ouviu-se um griteiro nos bancos traseiros do automóvel, Kenma estava mesmo ocupado experimentando o novo jogo enquanto ignorava o caos que estava acontecendo na parte de trás do ônibus.

-Se você abrir essa boca de novo, te faço comer essa revista! -Yaku ameaçou o platinado que estremeceu.

-Se está tão incomodado, por que não se senta com Kenma lá na frente? -Ele murmurou 

-Sente você lá, seu tapado! -Morisuke reclamou mais irritado ainda

-Ei, eu que estou sentado com ele -Kuroo protestou no meio da gritaria daqueles dois.

-Quer sentar aqui atrás também, Kuroo? -Taketora perguntou enquanto conferia se tinha algum assento liberado que o moreno pudesse se sentar.

-Não, obrigado -Ele recusou -Eu já disse que estou sentado com o Kenma -Tetsuro afirmou novamente.

-Entendi... -Yamamoto estranhou mas logo deu de ombros.

Kuroo se despediu dos garotos sentados ali e voltou para o corredor, onde retornou para seu assento ao lado do loiro que ainda estava jogando com as pernas em cima do banco junto ao seu corpo enquanto apoiava as mãos nos joelhos da altura do rosto.

-Esses caras são barulhentos demais -Kuroo reclama enquanto ria, colocando o cinto em seguida -Você está de cinto, certo? 

-Sim... -Ele afirmou baixo -Ei, Kuroo... Se quiser, pode ir sentar com eles... Eu não ligo -Kozume murmurou meio desajeitado, sem tirar os olhos do jogo.

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𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒂𝒎 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐.
𝑪𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒖𝒂 𝒐𝒑𝒊𝒏𝒊𝒂𝒐 𝒆 𝒔𝒆 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒗𝒐𝒕𝒆, 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒏𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐.
𝑶 𝒂𝒑𝒐𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒐𝒄𝒆𝒔 é 𝒐𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒂.
𝑶𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂