1 ano depois

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Mais ou menos na época que a neve começou a cair, o som do martelo gigante que esmagava titãs no distrito de Trost, parava. Quando a neve começou a derreter, o exército anunciou que havia terminado de exterminar os titãs que ainda estavam dentro da muralha Maria. E mais ou menos quando as flores começaram a florecer, e as borboletas começaram a voar, e um ano após o ataque para retomar Trost, as pessoas receberam permissão para voltar a Shiganshina.

Tudo mudou no ano que se passou, a população viu o quão importante era o trabalho da tropa de exploração, então cada vez mais jovens se alistavam para o treinamento de cadentes afim de entrarem no reconhecimento.

Nesse último ano Alice fazia o seu possível para sair da cova que estava se enfiando a cada dia, eram raros os momentos de felicidade que a jovem tinha, e a cada dia alguém estava ali tentando levantá-la.

Jean a levava pra comer na casa da mãe dele e passarem uma tarde apenas conversando, ou apreciando uma vista.

Sasha a levava pra caçar e andar nos cavalos que seu pai tinha, na casa da garota tinha algumas crianças que sempre se animavam quando a "tia Alice, como a chamavam, chegava por lá.

Connie a levava para pescar e nadar nos rios, tentava ser o mais palhaço possível para vê-la rir mesmo que pelo nariz.

Mikasa sempre tentava a arrumar, seja cabelo, pele ou roupas. Praticamente a garota estava morando na casa deles junto a Eren, raras eram as vezes que eles dormiam no QG.

Eren era o único que ficava mais quieto ao seu lado apenas fazendo companhia, ela via que ele escondia alguma dor que, por mais que ela perguntasse muitas e muitas vezes ele apenas falava ser "complicado".

Armin a cada dia lutava para trazer a essência da pessoa que mais ama na vida, de volta, estava sempre colado nela enchendo de beijos e abraços, lendo também vários livros.

Hange por mais ocupada que fosse agora, sempre procurava a amiga no fim do dia para desabafar, queria mostrar que estava presente de alguma forma, além do que 1 vez por semana na folga da comandante, Sasha, Mikasa, Hange e Alice saiam para o bar como uma tradição só para as garotas que Sasha teve a ideia.

Levi estava mais distante que sempre, o único contato que os dois tinham era um olhar perdido quando se esbarravam dentro do QG. Por muitas vezes Alice tentou ter coragem para bater na porta do escritório dele e falar tudo o que estava preso em sua garganta, tentar entender por que ela foi tão substituível, mas ela não o fez.

Por diversos dias quando Levi a olhava sentia dor, uma dor avassaladora em seu coração por ver alguém com uma luz tão grande ir se apagando, e saber que ele era uma das razões para aquilo. Ele perdia as contas de quantas horas passou em seu escritório apenas olhando o desenho da loira que ele guardava na gaveta de sua mesa, quantas horas escreviam em papéis algumas palavras que nunca a falaria guardando logo em seguida em uma caixa também dentro da gaveta. Mas se ele sentia algo tão grande por ela, por que fazê-la passar por isso? Por que fazê-lo passar por isso? Aquilo era realmente preciso, deveria ser feito na concepção dele.

Alice perdeu as contas de quantas noites foi dormir bebada ou chorando, perdeu as contas de quantas vezes soluçava sozinha dentro da sala de arquivos, perdeu as contas de quantas noites passou sem dormir preocupada com o que poderia acontecer enquanto ela descansava. Ela dormia na porta do quarto de Armin por muitas noites, outros dias quando o garoto tinha que passar a noite no QG dormia na porta do quarto que levava para os dormitórios para que os garotos ficassem em segurança, então nas manhãs seguintes sempre acontecia deles trombarem com ela dormindo sentada encostada na parede e, dar um pulo quando algum encostava para a acordar.

 Ela dormia na porta do quarto de Armin por muitas noites, outros dias quando o garoto tinha que passar a noite no QG dormia na porta do quarto que levava para os dormitórios para que os garotos ficassem em segurança, então nas manhãs seguintes se...

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My war  |  Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora