Chapter 12

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Estávamos no quarto de Louis, falando baixinho sentados no sofá no pé da cama.

Eu olhava para Louis de 5 em 5 segundos o que irritava um pouco o Diego, ele dizia que eu era obsceado por ele, bobeira na minha opinião. Eu só tinha o sequestrado para que ele se apaixone por mim. Ah mas qual é? Eu mereço ser amado, ao menos uma vez

Louis se mexe na cama e eu arqueio uma sobrancelha esperançosa que de que ele iria abrir os olhos. Mas nada, ele apenas vira pro lado colocando o braço no rosto com a boca aberta roncando de leve.

Uma visão um pouco estranha para alguém de fora, mas para mim, que em qualquer posição ou aparência física ele ainda seria o mais atraente, ele estava um anjo deitado na cama sob meu teto.

Depois de mais uma hora eu percebo um olhinho aberto, mas quando ele vê que eu tinha sacado sua jogada se mexe escondendo o rosto.

Aviso ao Diego que seria melhor irmos embora, já que ele estava cansado de mais e não iria acordar tão cedo, Diego sai pela porta e apaga a luz fechando a porta, como ele estava com o rosto coberto eu vou até o lado oposto da cama que ele se encontrava.

Depois de um tempo, ele percebe que está "sozinho" e se vira acendendo o abajur e pega um copo de água.

Que sede. - ele fala sozinho e eu engulo uma risada. - pensei que esse povo não ia sair nunca daqui, eu hein. Eu quero fazer xixi. - me seguro mais ainda para não rir pelo quarto todo.

Ele caminha apenas com a iluminação do abajur até o banheiro, ouço ele fazendo as necessidades e decido me sentar na sua cama antes que você volte, para você ter uma digna surpresa.

Ouço a descarga do banheiro e a água da pia correr, ele não tinha trancando a porta então ele sai com a mão no rosto, um ato para despertar creio.

Pensei que tinha morrido enquanto dormia. - falo e ele se assusta acendendo as luzes, ele respira fundo e continua caminhando como se eu não estivesse falado nada. Quando eu estava prestes a falar, ele diz- pensei que meu fingimento de dormir até agora seria suficiente para expulsar as visitas indesejáveis em meu quarto.

—Bem, as visitas indesejáveis era eu e meu irmão, o mesmo foi embora pois sua ignorância não te deixou acordar para ao menos dar um olá.

—Epa, você me sequestra, me põe sobre seu teto e ainda quer que eu seja civilizado com sei lá quem? - ele aponta alterando o tom de voz.

Seria o mínimo que poderia fazer, já que não sairá desta casa antes de completar 365 dias.

—Eu não vou me apaixonar por você Styles, desencana. - ele diz sentando na cama novamente pegando uma maçã para comer.

Agora não é mais questão de se apaixonar ou não Louis - digo rígido te olhando impassível- é questão de que "você irá ficar preso aqui 365 dias".

Ele ri fraquinho enquanto come

Eu vou sair daqui, a Eleanor não vai acreditar nessa sua desculpinha boba.

Agora era a minha vez de rir, mas não fraco.

Então eu terei um motivo concreto para matá-la. - falo me levantando. - estou indo descansar, você me esgota de uma forma que eu não sei explicar.

—Espero que se canse de mim logo logo então. - ele diz comendo uma torrada com café.

Eu não descanso até conseguir o que eu quero Tomlinson.

—Mas deveria desistir dessa vez, eu não sou qualquer um.

—Eu sei que não é qualquer um, por isso eu sequestrei você - pisco saindo do quarto sem ouvir sua resposta.

Eu não queria assumir, mas eu estava com medo, já tinha 4 dias que ele estava em minhas mãos e eu não tinha conseguido nada, nem um abraço para que eu pudesse sentir seu cheiro de perto.

Sai do seu quarto e deixei que meu coração me levasse..e como uma peça do destino eu paro na porta do quarto da mamãe.

Essa casa era como um castelo, antiga porém moderna. Tinha sido do meu avô, passado para meu pai e agora era minha, já que Diego não quis assumir o posto.

Papai e mamãe tinham se conhecido em uma boate enquanto eram jovens, ela não sabia nada sobre ele enquanto ele sabia tudo e mais pouco sobre ela, rio fraco enquanto entro em seu quarto já que parecia muito com a realidade.

Me sento na cama e pego uma manta dela me enrolando e deitando na mesma.

Eu não queria ter um amor igual o deles dois, pois não foi 100% real até o fim, ele traiu ela. E isso quebrou a mesma em 1001 pedacinhos que nem os bens mais precisos da sua vida - seus filhos - eram capazes de juntar.

Ele procurou fora de casa o que ela não podia te dar, mas não era porque ela não queria, ela queria e muito satisfazer seu marido, mas não podia, ela não deveria.. Mas ela fez, e isso acabou a levando.

Sem perceber eu estava caindo no sono sentindo o seu cheiro ao meu redor, me sentindo em casa. Eu só precisava de seus braços para me reestabelecer.

Quando eu estava fraco, era para cá que eu vinha, como se seu quarto fosse minha fonte inifinita de energia..

Eu queria que ela fosse infinita..

Mas talvez não, se ela ficasse, ela sofreria mais, sofreria por não ser amada por aquele que ela era apaixonada.

Eu tenho receio de que eu me afunde mais e mais nesse amor que sinto por Louis, mas ao mesmo tempo eu tenho uma saída:

Eu não o conheço.

Eu não sei a sua comida preferida, eu não sei seu gosto musical, eu não sei o seu gosto, eu não sei como é o seu toque, tudo que eu sei dele são coisas superficiais, e não as coisas que o tornam Louis Tomlinson.

Eu queria conhecê-lo, descobri-lo e me descobrir também, eu queria brincar de se apaixonar com ele sem medo de que acontecesse de verdade.

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