CAPÍTULO IV

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O mês seguinte ao acidente foi estranho...

Perdi o emprego que eu nem havia começado, não tinha respostas para as minhas perguntas em relação a Edward Cullen e eu me vi no centro das atenções pelo resto da semana. Tyler estava impossível, seguindo- me por toda parte, obcecado por se redimir de alguma forma. Tentei de todas as formas convencê- lo de que o que eu mais queria dele é que esquecesse tudo aquilo - em especial porque não me aconteceu nada - , mas ele insistia sem parar. Seguia- me entre as aulas e se sentava à minha mesa e a dos meninos.

Ninguém parecia preocupado com Edward, expliquei repetidas vezes que o herói era ele - que ele havia me tirado do caminho e quase fora atropelado também. Convenci Eric, Jonas, Marcos e todos os outros que sempre comentavam que não o tinham visto ali até a van ser afastada - Convenci todos, menos Bella.

Ela o observava mais do que qualquer outra pessoa, então eu não ficaria surpresa dela estar o encarando na hora do acidente e ter visto o mesmo que eu. Mas no fim das contas ela esqueceu esse assunto ou pelo menos não o comentou novamente comigo.

Eu queria conversar com ele e, no dia seguinte ao acidente, tentei. Na última vez que o vi, do lado de fora da emergência do hospital, nós dois estávamos furiosos.

Quando cheguei a aula de biologia Edward já estava sentado, olhando para frente. Eu me sentei e o cumprimentei. Ele se virou só um pouquinho para mim sem me olhar nos olhos, balançou a cabeça uma vez e depois desviou o rosto.

E esse foi o último contato que tivemos, depois disso, me dei conta de que ele queria ficar o mais longe possível de mim e eu bloqueei qualquer pensamento relacionado a ele.

A neve desapareceu para sempre depois de um dia gelado.  Bella ficou satisfeita com isso e me informou que nossa ida a La Push estava próxima. Apesar de não ter neve, a chuva continuava pesada, e as semanas se passaram.

Jessica me informou de outro evento que assomava no horizonte - ela ligou na primeira terça- feira de março para saber se eu iria convidar alguém.

A primeira pessoa que veio à cabeça foi Eric, mas ele não vai a esses eventos e fiquei desanimada ao me lembrar disso. 

No dia seguinte, coloquei em prática o meu plano infalível de convencer Eric a ir no baile comigo. O primeiro passo era usar a ciência a meu favor. 

Eric estava em silêncio ao me acompanhar para a aula de biologia, e internamente fiquei frustrada com isso. Como ainda faltavam 15 minutos para a aula começar, ele se sentou na beirada da minha mesa para conversar comigo.

– Então… quando a gente dança o cérebro libera serotonina, substância que traz a sensação de alívio, melhorando o humor e o sono. - falei e ele levantou uma sobrancelha.

– Eu não vou a bailes Kris...fiz um juramento aos meus companheiros. 

Ouvi Edward se sentar ao meu lado, mas o ignorei.

– Eu também sou sua companheira. - disse ligeiramente com raiva e Eric sorriu. – E eu digo que precisamos ir dançar. 

– Eu faço parte da equipe de química e teremos um torneio no dia do baile. - ele disse triste acariciando o meu cabelo. – Vamos a Seattle competir… adoraria que você fosse com a gente.

– Não acredito que o meu primeiro encontro vai ser em uma competição de química. - falei irritada e ele sorriu. 

– Então, você aceita ir com a gente para Seattle ? - ele perguntou e eu concordei.

– Quem faz parte da equipe ? 

– Jonas, Marcos e Angela. 

– Vamos sair depois da competição? 

night sun - Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora