CAPÍTULO XIX

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Eu sentia minha blusa grudando em minha pele - a chuva não estava forte, mas mesmo assim minhas roupas estavam encharcadas. 

Jacob franziu a testa enquanto rondava em volta de mim, olhando minha posição. Ele estava checando se minhas pernas estavam apoiadas e meus pés estavam plantados na largura dos ombros. 

Ele parou na minha frente.

– Agora! - ordenou ele.

Mantendo meu queixo baixo, dei um soco. 

Ele bloqueou com o antebraço e eu me afastei, procurando uma abertura, embora não encontrasse uma. Então, eu fiz uma. Eu me mexi como se fosse chutar, e seus braços caíram uma fração. Minha abertura apareceu e eu balancei, batendo meu punho em seu estômago.

Ele resmungou baixinho. – Muito bom.

Eu abaixei meus braços, sorrindo.

– Mas… - ele me encarou – Seus balanços estão fracos. Hesitantes.

Ele agarrou meu braço, sacudindo-o como se não fosse nada. – Você não tem muita força na parte superior do corpo. Sua força está aqui -  ele colocou a mão na frente do meu estômago. – Você causará muito mais dano dessa maneira. Quando você dá um soco, seu tronco e quadris devem se mover com você.

Eu balancei a cabeça e fiz o que ele disse. Eu errei, mas pude sentir a diferença no balanço. 

– Assim está melhor, mas pode melhorar. - Jacob sorriu.

" Mas, sempre tinha um "mas", nada estava bom "

– Você é exigente demais.

– E você reclama demais.

Eu revirei os olhos.

– Pegue a adaga - ele ordenou, enquanto me analisava  - Você é boa no combate corpo a corpo, mas eu nunca vi você lutar com algum objeto.

– Precisamos realmente fazer isso ? - perguntei, cansada. Já fazia duas horas que Jacob me arrastara para a chuva e me dava ordens… comandos e nunca estava satisfeito com nada, eu já podia sentir os meus músculos ficarem tensos.

– Sim, precisamos fazer.

– Então, que tal um intervalo? - eu ameacei andar até a minha casa, mas Jacob segurou meu braço.

– Você terá seu intervalo quando eu estiver no chão, pedindo por piedade.

Eu girei e torci o braço que segurava o meu. O choque piscando em seu rosto me trouxe um sorriso selvagem nos lábios. 

Aparecendo atrás dele, eu me abaixei e chutei, varrendo suas pernas debaixo dele. Ele largou meu braço para estender as mãos, parando sua queda.

– Acho que um intervalo seria ótimo. - Jacob disse, gemendo.

– Que tal… acabar com o treinamento por hoje? - sugeri. 

Ele me olhou incrédulo.

– Por favor - eu fiz um beicinho – Edward vai chegar e eu estou toda encharcada e suja. 

– Vai levar a adaga? - ele perguntou.

– Tenho escolha ?

– Não.

Eu bufei.

– Vou colocá- la na mochila.

Ele se levantou do chão com cuidado e me encarou.

– Então… - ele acariciou minha bochecha e sorriu – Tenha um bom jogo, Kris.

Eu sorri também. 

night sun - Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora