CAPÍTULO XXI

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CHARLIE E BELLA ESPERAVAM POR MIM. 

Todas as luzes da casa estavam acesas. Minha mente estava vazia enquanto eu tentava pensar numa maneira de convencê-los a me deixarem ir. 

Não ia ser agradável.

Edward encostou devagar, colocando-se bem atrás de minha picape. Os três estavam extremamente atentos, duros feito toras em seus lugares, ouvindo cada som da floresta, vasculhando cada sombra, sentindo cada cheiro, procurando por alguma coisa fora de lugar. O motor foi desligado e eu fiquei sentada, imóvel, enquanto eles escutavam.

– Ele não está aqui - disse Edward, tenso. – Vamos.

Emmett estendeu a mão para me ajudar a sair das fivelas do banco.

– Não se preocupe, Kris - disse ele numa voz baixa mas animada – Vamos resolver as coisas por aqui rapidamente.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas ao olhar para Emmett. Eu ainda estava com raiva dele por ter me prendido contra a minha vontade, mas mesmo assim, ele estava se arriscando por mim e eu nem sabia se o veria novamente.

E isto era só uma provinha das despedidas a que teria de sobreviver na próxima hora, e a ideia fez com que as lágrimas começassem a transbordar.

– Alice, Emmett. - a voz de Edward era um comando. Eles deslizaram sem ruído para a escuridão, desaparecendo de imediato. 

Edward abriu minha porta e pegou minha mão, depois me puxou para o cerco protetor de seu braço. Ele me conduziu rapidamente para a casa, os olhos sempre vagando pela noite.

– Quinze minutos - alertou ele aos sussurros.

– Eu consigo. - funguei.

Cheguei à varanda e Edward segurou o meu rosto entre suas mãos. Ele olhou intensamente em meus olhos.

– Eu te … 

– Siga o plano, está bem? - eu o interrompi – Mantenha Charlie e Bella seguros para mim. Eles não vão simpatizar muito comigo depois disso, e quero ter a chance de me desculpar depois - Edward assentiu, e como seu corpo estava curvado só o que tive de fazer foi me esticar na ponta dos pés para beijar seus lábios franzidos e surpresos com a maior força que pude. Depois me virei e abri a porta.

– Vá embora, Edward! - gritei para ele, correndo para dentro e batendo a porta em sua cara ainda chocada.

– kris? - Charlie estava na sala e já se colocará de pé.

– Me deixe em paz! - gritei para ele através de minhas lágrimas, que agora fluíam sem parar. Corri para meu quarto, fechando a porta e trancando-a.

Corri até minha cama, atirando-me no chão para pegar minha bolsa de viagem.

 Estendi a mão rapidamente entre o colchão e o estrado para pegar a meia velha de tricô que continha minhas economias.

Charlie batia na minha porta.

– Kris, você está bem? O que aconteceu? - sua voz estava assustada.

Ouvi passos no corredor.

– Eu vou para casa - gritei, minha voz falhando no momento perfeito.

– Ele magoou você? - seu tom de voz beirava a raiva.

– O que está acontecendo? - perguntou Isa a Charlie.

Eu respirei fundo, isso estava sendo mais difícil do que eu imaginava.

– Não! - guinchei algumas oitavas acima. Virei-me para minha cômoda e Edward já estava ali, arrancando em silêncio braçadas de roupas ao acaso, que ele depois atirou para mim.

night sun - Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora