Capítulo 03

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Pov: Mahina

- Que canseira! Pronunciei, soltando um suspiro pesado enquanto limpava a gota de suor que escorria em minha testa.

Depois de tudo que havia descobrido, decidir limpar a bagunça da sala, afinal estava fedendo demais e se ficasse naquele meio iria vomitar a qualquer momento, apesar de está limpando ali, não tirei nada do lugar com o sentimento que estivesse invadindo a casa alheia e por tanto, prometi pra mim mesmo que não entraria em lugares mais privados como seu quarto e escritório, por exemplo.

Pra falar a verdade ainda estava bem pensativa sobre o Madara e o que podia ter acontecido realmente aqui, embora minhas preposições sejam certeiras as vezes tinha umas pontas soltas que faltava, sem que percebesse acabei por me sentir triste com as minhas próprias teorias porque se estivesse mesmo certas, ele devia ter sofrido demais sendo talvez até mesmo esses os principais motivos que o levou à loucura de desertar da sua Vila e chegar tão longe lutando com o seu melhor amigo por poder, ele deve ter se sentido fraco o suficiente pra não ter conseguido proteger a família e quis descontar em outra pessoa, não sei quem as matou, porém tenho a certeza que o Madara deve ter achada o culpado e o punido.

- Yuki-kun? Chamo pelo lobo que estava calado há bastante tempo, passando o produto agora, no único móvel sujo.

- Sim? Disse, sua voz arrastada e carregada de preguiça, me deixando ciente que o mesmo estava dormindo esse tempo todo.

- Você não tem uma forma humana, não? Perguntei, esfregando com cuidado o pano sobre a mesinha.

- Tenho. Respondeu ele simples e tive que parar meus movimentos circulares pra ficar parada. - O que foi?

- Deixa eu te fazer uma pergunta? Você é idiota? Perguntei calma, mas por dentro estava quase pra estrangular sua cabeça.

- Não, porque acha isso? Perguntou, parecendo confuso na medida que falava.

- Porque não me disse que tinha uma forma humana? Coloquei as mãos na testa, me arrependendo de não ter perguntando antes, com toda certeza o obrigaria a me ajudar na limpeza.

- Ué, você não perguntou. Disse cinicamente, não estando nem um pouco preocupado pro meu estado decadente, como era cara de pau.

- Então que dizer que você estava me vendo sofrer limpar tudo sozinha e não teve a gentileza de me ajudar, Bola de Pelo? Dei ênfase na palavra sozinha, destacando que ele podia ter me ajudado.

- Sim, é exatamente isso. Tive que piscar os olhos com a sua ousadia em confessar em minha cara, se bem que eu faria igual. - E não me chame de Bola de Pelo, é um apelido horrível!

- É pra ser mesmo. Ditei, cuspindo as palavras com desdém. - Só pra te informar, mas na próxima vez você vai limpar tudo sozinho.

- Não pode fazer isso comigo, não sou seu escravo. Fez birra como uma criança, o que é bem irônico levando em conta que ele dever ser bem velho. - Não me chame de velho também.

- Eu posso fazer o que quiser com você, incluindo te chamar de velho. Falei firme, dando um ponto final na pequena discussão e ouvindo seu bufo de desagrado me fazendo revirar os olhos com a maturidade.

Finalmente termino de limpar a mesa que era a única coisa que faltava pra que tudo ficassem limpo e exausta me jogo no chão sentindo meus músculos se relaxarem ao menos um pouco, posso ter uma mente madura, mas isso não muda o fato de que sou uma criança de quatro anos agora, por tanto meu corpo se cansa muito mais rápido, sem contar que ainda estou tentando me acostumar com isso, a minha sorte não foi ter teia de aranhas, baratas ou ratos, essas coisas que ficam em lugares vazios.

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