Pov Izzie:
Eu sempre amei os domingos. Bom, antes do meu pai ir embora, claro. A minha família era normal, eu nao tinha irmãos - não que eu esteja insatisfeita com eles, muito pelo contrário, eles são parte de mim, eu jamais seria quem sou, se não fosse por eles - mas a vida não era tão complicada. Até minha mãe ficar muito doente.
Meu pai com sua mania de querer tudo do jeito dele, não suportou o fato da minha mãe ter perdido o controle da vida dela.
Eu via minha mãe beber todos os dias, o tempo inteiro.
No início era pra compensar o dia cansativo de trabalho, ou só pra desestressar. Depois se tornou a válvula de escape dela pro temperamento possessivo do meu pai, que por sua vez não entendia que minha mãe precisava de suporte.
No fim, ele acabou não conseguindo - e não querendo - estar mais ao lado dela. Um grande egoísta? Sim. Mas minha mãe também não era fácil.Quando ficamos só nós duas, meu pai ainda era presente. Ligava, mandava presentes, me buscava pra passear. Até a chegada do primeiro namorado da minha mãe. Ele foi se afastando, se afastando, se afastando, até desaparecer.
E a cada novo mês minha mãe engatava num novo relacionamento. Até que vieram os gêmeos Josh e Noah e depois Lili.Eu sempre amei os domingos, mas depois que meu pai foi embora, eles nunca mais foram os mesmo. Até agora.
Voltando da feira com Casey, eu percebi que a vida do lado dela pode ser leve e simples. Casey é engraçada, autruísta, sensível, divertida. Tem gente que espera a vida toda pra encontrar alguém assim, talvez eu tenha dado sorte.
Olhando Casey enquanto voltamos ouvindo Party in the USA, eu consigo imaginar um futuro sólido do lado dela. Com Casey não tem complicação. E eu que sempre fui um caos, entendi isso apenas olhando enquanto ela dirige. Eu amo o jeito como ela meche no nariz, ou a forma como pisca os olhos.
Num impulso do meu corpo, coloquei a mão na perna de Casey, por cima da bermudinha azul que combinava com seu casaco. Eu nunca imaginei que veria tal coisa, mas Casey se arrepiou toda, eu já havia sentido isso quando a vi trocando de roupa. Eu sabia que Casey tava sentindo isso.
Eu mal conseguia focar meus pensamentos nas minhas palavras quando pensava no quanto meu corpo tava pedindo pelo dela.
Chegamos a garagem, e antes que eu pudesse pensar em pegar as sacolas, Casey pegou todas e levou-as pra dentro me dando antes uma piscadela e jogando um beijo de longe quando já estava entrando na cozinha pela porta de trás.
Tava todo mundo em casa, Sam desenhando no sofá enquanto assistia a um documentário na tv, Sra Gardner na cozinha preparando já o almoço, Sr. Gardner no jardim de inverno consertando umas madeiras...
- Ei queridas, já voltaram!! Não achei que fossem tão rápido. - Disse Elsa, nao sei se reclamando ou elogiando o tempo.
- Não tinha muito o que fazer lá, era só comprar e voltar. - Casey sempre ríspida com Elsa respondeu.Eu apenas lancei um olhar bem feio pra ela que fez aquela expressão de "que?".
Casey deixou as coisas na cozinha e me chamou pra subir. Dizendo que Elsa jamais iria querer nossa ajuda, pois gosta de preparar tudo sozinha. Eu só acreditei por que Elsa concordou com a frase de Casey, fazendo que sim com a cabeça.
Subimos.
Lá em cima, antes de eu conseguir começar a falar, Casey entrou no quarto e fechou a porta rapidamente atrás de mim. Me empurrando na parede e me beijando desesperadamente.
- Newton...- eu disse mal conseguindo reagir - O que você está... - Casey me cortou, beijando minha boca. Eu estava derretida, minhas pernas já estavam trêmulas.
Eu não ia conseguir me segurar. Eu queria aquilo mais que tudo.
Pov Casey:
Izzie era sempre tão delicada, mas a cara não me enganava. E eu estava pronta pra ver aquele corpo pegando fogo.
Eu havia imaginado tantas coisas com Izzie, só eu sei quantas vezes sonhei com isso, sonhei em ter Izzie inteira pra mim, sonhei em ter seu corpo nos meus braços.
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AMOR PERFEITO | CAZZIE - Parte I
Fanfiction"Eu queria não ser tão confusa, queria ter não pensado nisto, queria ter dado um fim antes de começar, mas eu já estava totalmente entregue a Izzie, e ela a mim. O que fazemos agora? Eu já não conseguia imaginar os meus dias sem ela." Está história...