Apesar das paredes bem pintadas, o luxo ao redor e a bela casa onde estava eu não passava de uma prisioneira ali. Hugo havia conseguido o que ele mais queria: eu e de brinde uma boa grana dada pelo meu próprio pai para serviços podres.
O ataque em um dos barracões da Nostra Onore havia sido violento, eles não pouparam esforços e se arriscaram mais que tudo, mas ao fim conseguiram o seu maior propósito indo até lá. Sabia que Vicenzo havia sido capturado também e seríamos a maldita moeda de troca.
Era óbvio, não precisaria ser muito inteligente para constatar tal fato.
Não conseguia comer, mal dormia e sentia meu corpo sempre alerta. Estava assustada, com medo e temia que Hugo fizesse alguma loucura contra mim. Ele era violento e na sua mente maluca eu o pertencia, todo o pesadelo havia voltado com tudo.
— Sentiu minha falta, linda?
Eu sentia arrepios ao ouvir aquela voz, de o ver me chamar de "linda" como se ele fosse o homem mais doce do mundo, mas ele não era.
Permaneci em silêncio, não trocaria uma palavra se quer com esse monstro, ele poderia morrer que eu pouco me importava.
— Não seja mal criada, eu te trato tão bem.- Ele passou seus dedos por minha face.
Cada palavra e toque era repulsivo, sentia nojo e apenas desejava sair dali o quanto antes.
— Dormiu bem?
Ele ainda tentava me fazer falar, mas eu não falaria.
— Porra.- Chutou a bandeja em que havia trago comida enfurecido.
Chegou perto de mim e amarrou minhas mãos mais uma vez, fazendo um nó apertado e que fazia me sentir dor nos pulsos, sentia a minha pele queimar e sabia que em pouco tempo estaria em carne viva.
— Já que não quer tornar tudo simples sofra com as consequências.- Ele esbravejou e saiu batendo a porta com força.
E eu não pude me controlar, chorei como um bebê.
Sentia o meu mundo ruir, toda a felicidade dos últimos dias parecia tão distante agora e eu só desejava saber onde ele havia posto Vicenzo. Esperava do fundo do meu coração que ele estivesse bem e sem nenhum arranhão.
Não saberia o que fazer caso Vicenzo fosse morto, ele era o amor da minha vida, agora eu sabia disso, e eu apenas pedia aos céus que ele saísse dessa bem.
[...]
VICENZO RICCI
Eu havia avisado a Lorenzo que o plano era arriscado, que meter Paola nisso tudo era loucura, mas quem disse que ele me dava ouvidos? Nem se quer Paola havia me escutado, porém havia prometido que cuidaria dela e era exatamente isso que estava fazendo.
Não sei se Hugo era burro ou inocente demais para achar que invadiria tão facilmente um galpão da Nostra Onore e sairia vivo. O fato era que tudo havia saído como planejado, Hugo havia ido ao galpão, feito sua cena barata de filme de ação e nos levado como refém. Mas o que ele não sabia era que ele estava caindo em sua própria armadilha.
Seus fiéis homens eram nossos melhores soldatos, treinados para matar e seguir as nossas ordens. Ele estava rodeado de inimigos, apenas esperando o sinal para acabar com sua raça imunda.
E esse sim viria, assim que John viesse ao seu encontro.
Seriam dois coelhos mortos em uma cajadada só.
Ninguém mexia com a máfia e sairia impune. E eu esperava que ele não fosse tão burro ao ponto de fazer algum mal a Paola ou sua sentença seria uma morte nada indolor. Ele pagaria por cada tapa, cada abuso e cada palavra maldosa que dirigiu a ela.
Eu a vingaria com todo o prazer.
Paola era o tipo de mulher que deve ser cuidada, acariciada e amada. Ela era uma mulher e tanto, não merecia ter sofrido tanto na mão desse verme americano.
— Enfim o poderoso Vicenzo Ricci está preso em minhas mãos como um verdadeiro nada.- Hugo era patético.
Aquela frase ensaiada de vilão chinfrim era o fim.
— Não se vanglorie por um ato que não foi seu.- Digo. — É tão incompetente que precisou que seus homens fizesse o trabalho sujo.- O encaro sem medo algum.
Vejo seu olhar escurecer de raiva e me divirto, homens como Hugo eram facilmente feridos.
— Não importa como, mas você está aqui e por que não te torturar um pouco, não é?- Hugo era realmente uma cópia barata de vilão de filme.
Seu próximo passo seria uma risada maléfica de quinta, não duvidaria.
— Você acha que me importo?- Ri. — A iniciação para a máfia é mil vezes pior do que qualquer tortura que faça.- Ele me encarou com ódio.
Se aproximou de mim e tentou me derrubar ao chão, porém fui mais rápido e o prendi entre as correntes que estava amarrado. Forcei as mesmas em seu pescoço e pude sentir o gosto do fracasso de Hugo.
— Você pode até tentar, mas nunca chegará aos meus pés.
Hugo era apenas um pau mandado, alguém sem honra e que fazia qualquer coisa por dinheiro. E que ainda era capaz de levantar a mão para uma mulher e se sentir o máximo com tal feito.
Ele era desprezível e repugnante.
Eu até poderia ter o matado naquele momento, mas todo o plano iria água abaixo e esse não era o intuito, por enquanto. Soltei as correntes do seu pescoço e como se aquilo resolvesse o seu ego ferido ele me desferiu um soco no nariz.
— Isso é pra aprender que comigo não se mexe.- Hugo alfinetou e eu apenas o olhei com superioridade.
Eu jamais baixaria minha cabeça, não importava a circunstâncias.
Hugo ainda teve a audácia de chamar os soldatos infiltrados para acabar comigo, ele era um covarde, nem ao menos o seu trabalho ele fazia sozinho. Mas claro que eles não fariam isso, então obviamente eu fiz para que não levantasse suspeita.
Porém teria que aturar tudo apenas mais dois dias e depois estaria livre e com Paola nos braços. Ela seria a minha esposa e isso a mesma não poderia me negar, eu a amava e sabia que o sentimento era recíproco.
Não poderíamos perder mais tempo vivendo como duas pessoas solteiras que se pegam às vezes. Eu a queria como minha mulher, minha esposa e minha amante. Tudo em um pacote completo.
E esse bastardo do Hugo morreria feito um ninguém assim como ele era.
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Vocês acharam mesmo que Vicenzo seria capturado tão fácil?
Próximos capítulos prometem pegar fogo e Hugo terá finalmente o que merece?
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Beijos.
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Amor Prostituto - Leis da Máfia ( Livro īīī)
Romance3° Lei - Prostitutas são apenas diversão. Paola Johnson ou simplesmente Pantera Negra é uma prostituta de luxo, conhecida em seu meio como a melhor de todas e a que não ama jamais. Vicenzo Ricci, o capo da Nostra Onore, o cara que comanda todas...