15. Eu quero você

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   Havia chego em casa totalmente quebrada do hospital, literalmente quebrada

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   Havia chego em casa totalmente quebrada do hospital, literalmente quebrada. De alguma forma eu precisava descansar e dormir um pouco, o soro me deixou sonolenta e extremamente cansada. Caminhei calmamente até a minha cama e me deitei nela apagando quase que instantaneamente. O meu corpo e minha mente pedia aquele momento.

Acordei uma ou duas horas depois, havia tirado um bom cochilo e a minha barriga parecia estar funda de tanta fome. Talvez eu pedisse uma pizza ou alguma massa, não economizaria no carboidrato. Eu necessitava comer uma boa comida e não me importava de ser de um restaurante.

Levantei com um pouco de dificuldade, porém o cheiro no ar era de comida e estranhei. Não me lembrava de ter pedido nada, segui o cheiro como naqueles desenhos animados e o cheiro vinha da cozinha.  Atrás do fogão estava um Vicenzo concentrado, eu podia ver o vinco na sua testa e o modo másculo que ele mexia com a colher na panela.

Muitos só acreditam vendo, porém eu estava vendo e ainda não conseguia acreditar. Desde quando Vicenzo cozinhava para mim e ainda utilizava a minha cozinha par isso?

Não demorou muito para ele perceber minha presença, ele sempre estava em alerta, parecia nunca ficar relaxado. Creio que ser da máfia trazia muitas consequências e a menor distração poderia acontecer algo fatal.

— Senta, a comida vai ficar pronta em poucos minutos.- Ele não pediu, ele mandou.

No momento não estava com cabeça para discutir então apenas sentei e me calei observando cada gesto que ele fazia. O silêncio reinou no ambiente, não era algo desconfortável, era até mesmo agradável.

— Onde fica os pratos?- Vicenzo me olhou.

E eu me perdi em seu olhar, aqueles olhos azuis profundos eram encantadores.

— No armário de cima, segunda porta.- Respondi apontando para o local.

Ele se virou e eu pude ver os músculos fortes através da camisa apertada. Vicenzo era um belo homem, possuía um corpo de dar inveja e era um tremendo gostoso. Eu não era cega e muito menos besta de não observar aquele homem. Olhar não arrancaria pedaço algum, mesmo que a ideia fosse interessante.

Ele colocou os pratos na bancada com cuidado, pegou os talheres e desligou o fogão. Com extremo cuidado, ele colocou um pouco de rizoto para ambos e encheu nossos copos com suco natural. Vicenzo havia tido muito trabalho na cozinha, eu começava a admirar alguma das suas atitudes e ainda me perguntava o porquê dele estar fazendo tanto por mim.

Quando coloquei a primeira colher na boca senti o sabor delicioso da comida e não pude amar mais aquele momento.

— Você cozinha bem.- Sorri pra ele e recebi um sorriso de volta.

Eram raros aqueles momentos de sorrisos e sentia que precisava gravar aquele sorriso em minha mente.

— Obrigado por se preocupar e até cozinhar para mim.- Falei realmente agradecida.

Eu era uma pessoa solitária na Itália, não tinha tantos amigos e minha família estava longe. Então todas as vezes que ficava doente eu precisava cuidar de mim mesma sozinha e sem a ajuda de ninguém.

— Não é nada demais.- Ele deu de ombros.

Durante toda a refeição eu me peguei observando cada traço bonito de Vicenzo, eu não conseguia parar de olhar e de achar suas atitudes dignas de admiração. Assim que terminei me levantei para colocar o prato na pia e até mesmo lavar a louça Vicenzo não deixou.

— Nada de esforço.- Ele negou. — Você vai se sentar no sofá e esticar essa perna.- Eu não pude falar nada a não ser aceitar.

Vicenzo me auxiliou até que estivesse confortável no sofá e deu em minhas mãos o controle remoto. Tentei zapear alguns canais, porém nada conseguia me distrair o suficiente para esquecer que Vicenzo estava tão perto de mim e ainda por cima lavando a louça.

Demorou alguns minutos até que ouvisse Vicenzo se aproximar novamente e dessa vez ele se sentou ao meu lado, com o rosto mais sério e algo me dizia que ele falaria algo importante.

— Você não volta para a The Sicilian.- Ele afirmou.

— Não estou entendendo.- Começava a ficar confusa.

— Seu contrato acabou, você está livre.- Vicenzo falou simplesmente.

Porém eu sabia que o meu contrato não havia acabado e que ele duraria por mais 3 anos. Ele só poderia estar maluco, delirando.

— Você sabe que o contrato não acabou.- Falei. — E você também sabe do que eles são capazes.- Temia pelas pessoas que eu mais amava.

— Não se esqueça com quem você está falando.- Ele relembrou. — E quem manda naquela boate sou eu.- Fechei meus olhos tentando me acalmar.

Eu estava livre?

— Como eu posso ter certeza que eles vão me deixar em paz?- Falei com um pouco de medo.

Sempre desejei sair dessa vida, porém o contrato e as ameaças constantes que recebia me faziam não tentar fugir, porque eu tinha uma boa grana, tinha um segundo emprego que poderia trazer o meu sustento, porém sempre havia o medo de que algo ruim acontecesse assim que não fosse mais a pantera.

— É a minha protegida agora.- Ele segurou o meu rosto.

— Você não pode estar fazendo isso tão gratuitamente.- Desconfio. — O que você quer de mim?- Pergunto.

Eu tinha uma grande intuição e sabia que nada nessa vida era feito de graça. As pessoas sempre desejavam algo em troca, nada caía do céu e ninguém era tão bom ao extremo. Existiam pessoas boas, mas até elas poderiam ter algum desvio de conduta.

— Eu quero você.- O tom de voz baixo arrepiou o meu corpo.

Fechei meus olhos tentando absorver aquela frase, ele me queria mesmo após me dizer tantas coisas horríveis, mesmo que eu fosse uma prostituta ou uma ex prostituta?

Seus dedos fizeram carinho no meu rosto, me aproximaram dele e assim que ele me envolveu em seus braços me senti a pessoa mais protegida do mundo. E eu temia pelo que vinha a partir disso tudo.

— Por que disso tudo?- Ainda tentei saber.

— Eu não mando em meu coração.- Ele pegou minha mão e a colocou em seu peito.

Pude sentir os batimentos acelerados de seu coração e assim que olhei para ele senti uma paz incrível. E quando ele me beijou eu só desejava que esse momento não acabasse e que nada desse errado.

Eu merecia ser feliz também e o meu coração parecia ter escolhido por mim a minha felicidade.

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Temos alguém com o coração laçado.

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