PRÓLOGO

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      O ritual nunca mudava, eu era sedutora e prometia apenas com um olhar a melhor noite da vida dos meus clientes

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      O ritual nunca mudava, eu era sedutora e prometia apenas com um olhar a melhor noite da vida dos meus clientes. Tudo era um jogo, um belo jogo de sedução, vestia a roupa mais sexy possível, utilizava máscaras que jamais eram retiradas do meu rosto e que despertam a curiosidade de todos que assistem ao meu show.

Eu sou a grande estrela e o show não pode parar jamais.

O tom achocolatado de minha pele reluz aos holofotes, meus quadris se mexem ao ritmo da música e utilizo de todo o meu corpo para chamar a atenção de todos. Tenho olhos vidrados, mãos ansiosas para tocar em mim e promessas sujas ao pé do ouvido. E o melhor de tudo o dinheiro e o luxo que ser uma prostituta me proporciona.

Eu havia tido muito mais experiência do que muitas mulheres terão em sua vida inteira, experimentei diferentes posições, brinquedos sexuais e principalmente parceiros. Nenhum era igual ao outro, todos tinham suas particularidades e gostos peculiares.

Meus olhos percorreram a boate em que trabalhava em busca do cliente da noite, eu os escolhia e não o contrário. Era assim que gostava de trabalhar, eu os usava e não eles a mim.

Haviam regras que não quebrava de jeito nenhum, elas eram necessárias para a minha mentalidade se manter intacta e para que nenhum homem passasse dos limites. Era sexo pago, porém eles não poderiam fazer tudo o que eles bem entendessem, eu ainda era um ser humano e tinha alguma dignidade.

Meu corpo, minhas regras.

Sentia-me sendo observada por todos os lados, principalmente nos camarotes e na grande pista. Meu olhar felino e bem treinado havia achado o cliente da noite, era uma bela espécie do sexo oposto. Um tanto jovem, porém com uma aura bem pesada para a sua idade.

A música cessou e eu passei pelo meio da pista, sendo aclamada e ouvindo aplausos de todos os lados. Eles sempre abriam caminho para que eu passasse e sumisse de suas vistas, até que outra garota estivesse ao palco e tomasse a atenção deles.

O garoto não desgrudou seus olhos de mim um segundo se quer e eu gostava de todo aquele circo. Sentei-me ao seu lado no bar, logo o barman me ofereceu uma bebida, a qual seria paga pelo homem a minha frente.

— Whisky é a bebida preferida de homens poderosos.- O olhei e sorri ao final.

E que comecem os jogos.

— Não sou tão poderoso.- Ele negou bebendo um gole. — Apenas um jovem rebelde.- Seu olhar desceu ao meu corpo.

Homens eram tão previsíveis quanto uma criança feliz na Disney. Porém eu era o playground preferido deles e a melhor recompensa de suas vidas.

— Eu gosto de rebeldia.- Cruzo minhas pernas.

E tenho ainda mais sua atenção.

— Quer dançar?- Chamei estendendo minha mão para ele.

Amor Prostituto - Leis da Máfia ( Livro īīī)Onde histórias criam vida. Descubra agora