A minha perna estava quebrada e eu estava vendo que ficaria um bom tempo afastada, o gesso na mesma me impossibilitaria de muitas coisas, teria que ficar em repouso por um pouco mais de um mês e eu já me via maluca em ter que ficar em casa. No momento, estava sozinha e agradecia por alguns minutos longe de Vicenzo, era impossível o ignorar estando no mesmo ambiente que eu.
Não podia falar muita coisa enquanto a suas boas atitudes, para mim ele se mostrava um Vicenzo diferente do cara que eu conheço ou ao menos que achei conhecer. Haviam perguntas entaladas em minha garganta e que sabia que eu teria que as fazer cedo ou tarde.
Odiava ter que ficar olhando para o teto branco e entendiante do hospital, estar doente era uma droga. Nem mesmo a televisão do quarto conseguia me distrair, meus pensamentos estavam longe e eu agradecia por ter uma boa grana guardada. A mesma grana que eu estava guardando para quando aposentasse a Pantera.
— Bom dia, Paola.- Ouvi o médico que já entrava no quarto com uma prancheta em mãos.
— Bom dia, doutor.- Respondi.
Esperava que ele tivesse vindo falar que estava liberada, já não aguentava mais estar nesse hospital.
— Creio que está um pouco melhor hoje?- Ele sorriu e eu concordei.
Concordaria com tudo se pudesse sair rapidamente daqui.
— Estou te receitando alguns analgésicos para dor e te liberando para voltar para casa.- O doutor me entregou um papel. — Boa recuperação.- Desejou e saiu logo em seguida.
Finalmente estava livre desse inferno de lugar, porém sabia que não conseguiria sair sozinha desse lugar. Tentei ligar para Violetta, mas o seu celular dava desligado e o único número que me restava era da pessoa que queria longe.
Meio bufante disquei o número de Vicenzo e logo no primeiro toque ele atendeu, devia ser castigo só podia.
— Vicenzo falando.- A sua voz grossa e máscula me causou arrepios.
E tentei não pensar demais.
— Oi, é a Paola.- Mordi os meus lábios em nervosismo.
— O que você quer?- Aí, que o Vicenzo grosso havia voltado.
— Preciso de ajuda.- Hesitei ao pedir e fechei meus olhos. — Pode vir me buscar?- Soltei o ar que nem sabia estar segurando.
A que ponto chegamos por uma ajuda.
— Estou indo.- Ele desligou na minha cara.
Idiota.
O seu comportamento era de um ogro em ascensão, nunca vi um cara tão bipolar. De alguma forma teria que tirar a camisola do hospital, nem sabia como algumas roupas minhas haviam sido trazidas, mas agradecia por isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Prostituto - Leis da Máfia ( Livro īīī)
Romance3° Lei - Prostitutas são apenas diversão. Paola Johnson ou simplesmente Pantera Negra é uma prostituta de luxo, conhecida em seu meio como a melhor de todas e a que não ama jamais. Vicenzo Ricci, o capo da Nostra Onore, o cara que comanda todas...