Havia sido trazida por Vicenzo a um hospital particular, um dos melhores de toda a Itália. O momento da sutura não havia sido nada fácil e a mão do italiano que sofreu as consequências da minha dor. Ele havia me apoiado e não saído do meu lado um instante sequer, ainda teria que fazer alguns exames logo pela manhã.
Os meus olhos estavam pregados ao teto, havia tirado uma boa soneca, mas o horário no hospital parecia não passar de nenhuma forma. Tentava de todas as maneiras não mexer a minha perna, mesmo que o soro estivesse anestesiado um pouco do que sentia.
Eu estava sozinha no quarto, não sabia para onde Vicenzo havia ido, mas logo ele passa pela porta desligando o telefone. E em mãos havia algumas sacolas, talvez ele houvesse ido comprar algo e saber de toda a situação.
Era tudo tão preocupante, não sabia nenhuma notícia das pessoas que estavam na festa e quando tudo começou. Se quer sabíamos o que teria acontecido para tamanha explosão, era um mistério total.
Vicenzo colocou as sacolas em cima do pequeno criado mudo ao lado da cama e retirou de lá um iogurte com cereais. Ele abriu a embalagem e misturou ambos, se virando para mim logo em seguida.
- Toma.- Ele me ofereceu e eu não recusei.
Estava com uma muita fome, mas sabia que não poderia comer muito antes do exame. Se quer poderia comer, o jejum era obrigatório nesses casos.
- Obrigado.- Agradeci. - Eu preciso saber o que houve com Violetta e com os outros?- Resolvi perguntar.
Talvez ele tivesse alguma notícia, não sei bem.
- Ela está bem.- Ele assegurou. - A maioria dos convidados tiveram alguns ferimentos superficiais, nada demais.- Senti um grande alívio.
Seria terrível se algo de grave houvesse acontecido com as pessoas, não gostava nem de imaginar, a tragédia toda já havia sido demais para uma única noite. E sabia que agora os jornais e outros meios de comunicação estavam como abutres em cima da carne.
Tomei o meu iogurte em silêncio e quando me esforcei para jogar no lixo a embalagem Vicenzo logo me impediu.
- Deixa comigo.- Ele pegou a embalagem e jogou no lixo.
- Eu não estou aleijada, Vicenzo.- Falei irritada.
Não sabia qual era o meu problema, ele só estava tentando ajudar e eu parecia uma chata irritada com tudo.
- Desculpa.- Pedi um pouco envergonhada.
- Sem problemas.- Ele estava mais calado que o normal.
Parecia estar longe dali, mesmo cuidado de mim. Eu me sentia totalmente incomodada e sabia que era por causa de sua presença, a noite da despedida de solteiro de Violetta havia sido conturbada e todo seu tom mandão era demasiado para mim.
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Amor Prostituto - Leis da Máfia ( Livro īīī)
Romance3° Lei - Prostitutas são apenas diversão. Paola Johnson ou simplesmente Pantera Negra é uma prostituta de luxo, conhecida em seu meio como a melhor de todas e a que não ama jamais. Vicenzo Ricci, o capo da Nostra Onore, o cara que comanda todas...