07. Fascínio

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   Nem sei por quanto tempo ficamos provando doces e escolhendo o que melhor seria para o casamento

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   Nem sei por quanto tempo ficamos provando doces e escolhendo o que melhor seria para o casamento. Porém todos esses momentos eram regados de brigas entre Lorenzo e Violetta, minha amiga não deixava passar nada e era até engraçado ver tudo aquilo. Patricia Bertholdi havia nos convidado para permanecer na mansão e almoçar com ela, não foi possível recusar.

Eu estava fugindo de Vicenzo assim como o diabo foge da cruz, sentia medo de que ele falasse mais do que deveria e meu segredo fosse revelado.

— Por que está fugindo tanto?- Aquela voz fria era do próprio diabo.

Olhei para Vicenzo como se ele fosse um monstro de duas cabeças. Ele era burro ou fazia aquilo de propósito?

— Não estou fugindo.- Neguei. — Só estou cansada.- Aquela era muita conversa mole.

Eu era muito péssima atriz mesmo.

Ele sentou no banco ao meu lado e olhou para longe, Vicenzo era um homem lindo e extremamente perigoso. Possuía algo em si que sempre atraía as mulheres, mas o seu temperamento difícil talvez afastasse a maioria delas.

— Tem algo no meu rosto?- Ele perguntou me deixando surpresa.

— Você é um grosso.- Fui me levantando.

Porém fui segurada no meu lugar e tentando me soltar me aproximei ainda mais do troglodita.

— Pode me soltar, por favor.- Pedi ainda educadamente.

Eu via seus olhos descerem por meu lábios e eu fazer o mesmo. A tensão era grande, eu não sabia o que fazer realmente ou como reagir perto daquele loiro duma figa.

Ele levantou sua mão e acariciou o meu rosto, eu fechei meus olhos para sentir a sensação de seus dedos em minha face e sabia que me arrependeria por isso em breve.

— Por que você me fascina tanto?- Parecia ser mais uma pergunta retórica.

E o que veio depois dela me fez ficar totalmente desestabilizada.

Vicenzo me beijou, o maldito havia me puxado para si e feito eu me derreter em seus braços. Eu não sabia bem o que estava sentindo, mas poderia confessar ao menos para mim mesma que estava adorando cada sensação e o modo que nossas bocas se encaixavam tão bem juntas.

Era inacreditável.

Há pouco tempo ele havia me chamado de prostituta suja e agora me beijava como se nada disso importasse. Estava ficando maluca e sem saber o que pensar sobre esse cara.

Nos afastamos aos poucos, a temperatura havia aumentado e eu não sabia o que aquele beijo significava para mim, muito menos para Vicenzo.

— Merda.- Xingo baixinho.

Encostada no banco e sem ter a coragem de olhar para o lado. Eu estava nervosa, sentia a minha respiração acelerada e algo incomum crescente em meu peito.

Amor Prostituto - Leis da Máfia ( Livro īīī)Onde histórias criam vida. Descubra agora