A primeira coisa que pensou foi gritar com ele ou talvez ir embora, correr também foi uma das opções. Mas por conta própria, seu corpo o abraçou, apertado e necessitado de sentir o calor dele mais uma vez.
Ele não teve que pensar para retribuir, enrolando os braços em volta da sua cintura, retribuindo em um abraço apertado, caloroso e repleto de saudade.
Rolou os olhos até Atsumu e Hana, ainda abraçado com você, o casal o olhava de olhos arregalados para o moreno, que tinha um sorriso no rosto. Ele sentiu sua falta, tanto que alguns dias perguntava a si mesmo se conseguiria suportar mais algum segundo longe de você.
Retomando sua consciência, você se afastou rapidamente dele, com lágrimas nos olhos, se levantou, Suna te olhava sem reação, você sabia que ele tinha usado alguma coisa, ele não aparecia na sua frente depois de anos e elogiaria sua roupa.
— Por que você apareceu agora? – questionou com a voz embargada, segurando quaisquer resquícios de lágrimas que insistiam em escorrer pela bochecha. – Eu finalmente estava conseguindo seguir em frente e...
— Eu tinha que ter certeza que não teria mais problema, que Aimi não estaria mais no nosso caminho, mas pelo jeito... – ele virou a cabeça até Osamu, que andava para mesa de volta. – Acho que não valeu de nada.
— O que não valeu de nada? – Osamu perguntou, parando ao seu lado, com o rosto fechado, nem um pouco feliz de ver Suna em sua frente. – Por que você está aqui, Suna? Não cansa de acabar com tudo a sua volta?
— Samu... – você o chamou, em uma tentativa de faze-lo parar de falar.
— Não o defenda, [Nome], não depois do que ele fez com você.
— Eu nunca a traí. Eu nunca a machuquei porque quis, eu fui embora porque não queria por a vida dela em risco. – Suna rebateu. – Já você foi cuzão porque quis.
— Parem! – você mandou, antes de Osamu ter a chance de responder. – Eu não ligo pra quem fez o que, apenas... Parem. Eu p-preciso... Conversar com ele, eu acho.
— Tá, tanto faz. – Osamu suspirou, ficando na sua frente, segurando delicadamente seus braços. – Eu vou embora, pra minha casa, depois nos resolvemos. – disse baixo, apenas para você escutar.
— Certo... Me desculpe.
— Tudo bem. – sorriu fraco. – Eu também já parti seu coração uma vez.
Ele sorriu pequeno, depositando um beijo na sua testa, pegando suas coisas e saindo, provavelmente chamaria um Uber ou iria andando. Você engoliu seco, pedindo um tempo e indo até o banheiro, precisava colocar a mente no lugar e com ele ao seu lado seria difícil.
— Por que você veio, cara?! – Atsumu perguntou incrédulo.
— A gente disse pra você não vir, cacete! Eu precisava falar com ela antes de você aparecer.
— Foi mal, Hana, mas eu não via a hora de ver ela de novo. – ele sorriu, apoiando a cabeça na mão, um sorriso desleixado em seus lábios e sua voz saía quase como uma risada.
— O que você usou, Suna? – Atsumu perguntou, encarando o amigo com um olhar repreensivo.
— Nada, ué. Por que você acha que eu usei alguma coisa? – o loiro não respondeu, apenas continuou encarando-o, esperando alguma resposta genuína. – Tudo bem... Talvez, mas não é nada demais.
— Acho melhor você ir. – Hana disse séria. – Converse com ela quando estiver sóbrio.
— Hana, ela já me viu, tenho certeza que não vai querer que eu vá. – ele deu de ombros. – Só vou me resolver com ela, não vou estragar a noite de vocês dois.
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𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarou
Fanfictionart da capa @blaccmochi no twitter Mesmo vocês sendo os próprios culpados por seus corações quebrados, talvez não tivessem mais conserto. Algumas coisas foram feitas para serem passageiras e não permanentes.