Capítulo 16

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AVISO: postei todos os capítulos seguidos um do outro, então, por ventura, pode ser que você tenha caído em um que não esteja na ordem correta. Se esse for o caso, volte até o capítulo que tem o nome de ''Aviso''

— Você tá chapada? – ele perguntou de cenho franzido, olhando em seus olhos.

— Fumei um pouco do seu beck. – riu de leve, fungando o nariz e limpando o rosto. – Precisava de alguma coisa pra me acalmar.

Ainda estavam na sacada, sem se importar com o frio daquela noite e o vento gelado que fazia seu corpo arrepiar. Suna desfez o abraço há poucos segundos atrás, depois de longos minutos sentindo seu calor.

— Entendi... – ele desviou o olhar, suspirando pesado. – Me desculpa, de novo, amor. Um amigo apareceu aqui em casa oferecendo e...

— É impossível recusar. – você completou, deduzindo que ele diria isso. – Não é sua culpa, Rin, digo... É lógico que tem responsabilidade pelas próprias ações, mas dá pra entender.

Você é compreensiva demais comigo. – ele suspirou, afagando a própria nuca. – Eu não mereço isso.

— Não mesmo. – suspirou, soltando um riso desanimado pelo nariz. Selou rápido a bochecha dele e entrou, indo para a cozinha. – Vai pra cama, tá fri... Que sangue todo é esse?

Perguntou ao acender a luz, o kit de primeiros socorros estavam revirado em cima da mesa e havia sangue pela mesma e pelo chão. Suna apareceu na cozinha, mostrando a mão mal enfaixada dele.

— Você tá bem?

— Uhum. – ele suspirou, começando a arrumar as coisas, você apenas se encostou no balcão, dando um gole na água que tinha pego. – Nem entra no banheiro.

— O que você fez?

— Quebrei o espelho. – respondeu simples, você não disse mais nada, entendendo que ele não queria falar sobre.

— Eu queria tomar banho.

— Ah, pode ir então, mas vai de chinelo.

Você assentiu, terminando o copo de água e o colocando na pia. Antes de entrar no banheiro, pegou um pijama qualquer no armário e sua toalha no varal. Abriu a porta com cuidado, fazendo careta pelo barulho alto que os cacos fizeram ao serem arrastados pelo chão.

Estava uma zona, sangue seco por todo chão e uma grande parte do espelho estava na pia. Suspirou cansada, formando os lábios em uma linha fina e entrando no box, que por sorte estava fechado, então não havia nenhum vidro por ali, mas tomou banho de chinelo por precaução.

O banho demorou demais, os minutos se passavam arrastados e você quase dormia de pé, a água quente – quase fervendo – fazia um carinho generoso nas suas costas. Quando saiu, já não tinha mais nenhum caco no chão. Surpreendeu-se ao ver, sequer ouviu Suna entrar no banheiro e limpar a bagunça.

Ao entrar no quarto, ele estava na beirada da cama, parecia ter acabado de sentar. Mexia distraído no celular, mal percebendo sua presença. Você se trocou, colocando alguma coisa mais confortável e foi até o varal, pendurando a toalha, quando voltou, ele já estava debaixo da coberta, ainda no celular.

— Desculpa a demora no banho. – suspirou, se deitando na cama.

— Você não demorou, não foi nem quinze minutos. – ele disse sem tirar os olhos do aparelho. – Fumou demais, amor.

Arqueou as sobrancelhas, soltando um riso fraco, realmente, toda vez que fumava, o tempo parecia passar mais devagar na sua concepção, esses quinze minutos pareceram praticamente quarenta. Bocejou cansada, se cobrindo até a cabeça e dando as costas para ele, o fato dele não tirar os olhos do celular para sequer te olhar, considerando que ele nem mexia no telefone com você antes, te incomodava um pouco.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora