AVISO: postei todos os capítulos seguidos um do outro, então, por ventura, pode ser que você tenha caído em um que não esteja na ordem correta. Se esse for o caso, volte até o capítulo que tem o nome de ''Aviso''
— Você tá chapada? – ele perguntou de cenho franzido, olhando em seus olhos.
— Fumei um pouco do seu beck. – riu de leve, fungando o nariz e limpando o rosto. – Precisava de alguma coisa pra me acalmar.
Ainda estavam na sacada, sem se importar com o frio daquela noite e o vento gelado que fazia seu corpo arrepiar. Suna desfez o abraço há poucos segundos atrás, depois de longos minutos sentindo seu calor.
— Entendi... – ele desviou o olhar, suspirando pesado. – Me desculpa, de novo, amor. Um amigo apareceu aqui em casa oferecendo e...
— É impossível recusar. – você completou, deduzindo que ele diria isso. – Não é sua culpa, Rin, digo... É lógico que tem responsabilidade pelas próprias ações, mas dá pra entender.
Você é compreensiva demais comigo. – ele suspirou, afagando a própria nuca. – Eu não mereço isso.
— Não mesmo. – suspirou, soltando um riso desanimado pelo nariz. Selou rápido a bochecha dele e entrou, indo para a cozinha. – Vai pra cama, tá fri... Que sangue todo é esse?
Perguntou ao acender a luz, o kit de primeiros socorros estavam revirado em cima da mesa e havia sangue pela mesma e pelo chão. Suna apareceu na cozinha, mostrando a mão mal enfaixada dele.
— Você tá bem?
— Uhum. – ele suspirou, começando a arrumar as coisas, você apenas se encostou no balcão, dando um gole na água que tinha pego. – Nem entra no banheiro.
— O que você fez?
— Quebrei o espelho. – respondeu simples, você não disse mais nada, entendendo que ele não queria falar sobre.
— Eu queria tomar banho.
— Ah, pode ir então, mas vai de chinelo.
Você assentiu, terminando o copo de água e o colocando na pia. Antes de entrar no banheiro, pegou um pijama qualquer no armário e sua toalha no varal. Abriu a porta com cuidado, fazendo careta pelo barulho alto que os cacos fizeram ao serem arrastados pelo chão.
Estava uma zona, sangue seco por todo chão e uma grande parte do espelho estava na pia. Suspirou cansada, formando os lábios em uma linha fina e entrando no box, que por sorte estava fechado, então não havia nenhum vidro por ali, mas tomou banho de chinelo por precaução.
O banho demorou demais, os minutos se passavam arrastados e você quase dormia de pé, a água quente – quase fervendo – fazia um carinho generoso nas suas costas. Quando saiu, já não tinha mais nenhum caco no chão. Surpreendeu-se ao ver, sequer ouviu Suna entrar no banheiro e limpar a bagunça.
Ao entrar no quarto, ele estava na beirada da cama, parecia ter acabado de sentar. Mexia distraído no celular, mal percebendo sua presença. Você se trocou, colocando alguma coisa mais confortável e foi até o varal, pendurando a toalha, quando voltou, ele já estava debaixo da coberta, ainda no celular.
— Desculpa a demora no banho. – suspirou, se deitando na cama.
— Você não demorou, não foi nem quinze minutos. – ele disse sem tirar os olhos do aparelho. – Fumou demais, amor.
Arqueou as sobrancelhas, soltando um riso fraco, realmente, toda vez que fumava, o tempo parecia passar mais devagar na sua concepção, esses quinze minutos pareceram praticamente quarenta. Bocejou cansada, se cobrindo até a cabeça e dando as costas para ele, o fato dele não tirar os olhos do celular para sequer te olhar, considerando que ele nem mexia no telefone com você antes, te incomodava um pouco.
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𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarou
Fanfictionart da capa @blaccmochi no twitter Mesmo vocês sendo os próprios culpados por seus corações quebrados, talvez não tivessem mais conserto. Algumas coisas foram feitas para serem passageiras e não permanentes.