Capítulo 15

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AVISO: postei todos os capítulos seguidos um do outro, então, por ventura, pode ser que você tenha caído em um que não esteja na ordem correta. Se esse for o caso, volte até o capítulo que tem o nome de ''Aviso''


Se achava uma idiota por não conseguir parar de chorar, nem um segundo que fosse. Não era o tipo de choro desesperador, que tirava o ar, entupia o nariz, entalava na garganta, não, era um choro simples. As lágrimas caíam sem parar por sua bochecha, mas apenas isso.

Por mais que esfregasse os olhos, respirasse fundo, não adiantava, seus olhos sempre marejavam mais uma vez e as gotas escorriam por seu rosto loucamente.

— Vocês foram precipitados demais. – Hana disse, enchendo as taças de vinho. Já haviam tomado uma garrafa inteira da pequena adega que sua mãe tinha. Ela já nem se incomodava mais com o choro.

— O que quer dizer?

— Amiga... Eu não ia falar nada antes porque vocês estavam bem, mas você tá tendo uma crise de choro, então...

— Fala logo, Hana.

— Ele não é mais o mesmo Suna da faculdade. – ela disparou, dando um gole no vinho. – Fazia mais de três anos que vocês não se viam e bastou dois dias pra voltarem, isso não é certo, [Nome].

— Qual o problema? – você engoliu seco. – A gente ainda se ama.

— Eu sei que sim, mas nem sempre é um amor saudável. Digo... Você ainda conhece ele? De verdade? Você mesma me disse que ele é babaca com você de vez em quando. O Suna que puxava a garota com o coração recém partido pra dançar ainda existe mesmo?

— Não fala isso, Hana... Você sabe que sim. É só... O tempo passa, as coisas dificultam. A mãe dele morreu por overdose, isso estragou ainda mais a cabeça dele.

— Mesmo assim, só tô falando. – ela deu de ombros. – Você precisa se colocar em primeiro, não pode deixar ele te arrastar pro fundo do poço junto. Eu nunca pensei que iria ter que falar isso sobre o Rin, até porque ele sempre te colocou em um pedestal, mas... Te ver afundar cada vez mais é inaceitável sendo sua melhor amiga.

— Você acha que ele ainda pode melhorar? – a encarou com a visão embaçada pelas lágrimas que insistiam em continuar ali.

— Ah... Acho que todo mundo pode, então sim. Mas eu espero mesmo que você não precise mais passar noites em claro se perguntando onde ele tá ou me ligue chorando por ele não atender o celular. Não que seja um incômodo pra mim, só é difícil te ver mal. – ela suspirou, dando mais um gole. – Agora bebe pra ver se para de chorar.

Você riu sem muito ânimo, fazendo como ela disse. Ficaram ali por muito tempo, você só conseguiu parar de chorar depois de quase duas horas. Hana foi embora perto das onze da noite e você foi de volta para seu antigo quarto. Tinha tantas lembranças ali, era até complicado dormir e não conseguir lembrar dele.

''Você suspirou, largando o telefone de lado e enfiando a cara no travesseiro, por que esse garoto te preocupava tanto? Não era da sua conta o que ele fazia ou deixava de fazer. Continuou vendo o celular, tomando um pequeno susto quando ele começou a tocar, havia esquecido que não estava no silencioso.

O nome na tela te surpreendeu, mas você não pensou duas vezes antes de atender.

— Suna?

— [Nome].

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou receosa.

— Não. Mas eu queria ouvir sua voz. Vou passar aí daqui a pouco.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora