Capítulo 19

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AVISO: postei todos os capítulos seguidos um do outro, então, por ventura, pode ser que você tenha caído em um que não esteja na ordem correta. Se esse for o caso, volte até o capítulo que tem o nome de ''Aviso''


Se conseguiu dormir mais de três horas essa noite havia sido muito. Osamu passou a maior parte do tempo acordado, apenas fechando os olhos para dar um leve cochilo quando você caía no sono, mas isso não durava mais do que vinte minutos.

Não conseguia sequer fechar os olhos porque tinha medo de que, quando dormisse, Suna chegasse em casa. Não queria estar adormecida quando ele chegasse, muito menos com Osamu na sua cama.

Mas ele não chegou.

Uma parte de você já sabia que ele não viria para casa hoje, mas não deixou de se decepcionar.

Já fazia alguns minutos que estava imóvel, fingindo estar dormindo para Osamu finalmente descansar de vez. Se passava das seis da manhã e não queria que ele continuasse acordado. Quando se certificou que ele já dormia em um sono profundo, se levantou devagar, pegando algumas roupas e indo ao banheiro.

O Miya tinha o sono pesado, então nem perceberia quando você saísse. Iria na casa de Suna, já que, acima de tudo, estava preocupada, ele já havia sumido antes, mas não por tanto tempo assim.

Ainda sentia-se um tanto indisposta, com o corpo dolorido e a sensação febril ainda te acompanhava, mas não podia

Escovou os dentes e saiu do apartamento na ponta dos pés, com a chave do carro em mãos. Calçou os tênis já dentro do elevador, soltando um suspiro cansado, seus olhos ardiam e sua vista estava levemente embaçada pelo cansaço e sono, mas não dormiria em paz até saber dele.

Enquanto o elevador descia, você mandou um áudio para Osamu explicando o que estava fazendo e agradecendo pelo cuidado da noite passada, avisou também que o recompensaria e iriam sair como haviam marcado ainda essa semana.

Antes mesmo de chegar na garagem, decidiu chamar um Uber ao invés de ir com o carro, não achava que estava nas melhores condições para dirigir. Na entrada do prédio, já na rua, esperou apenas dois minutos até o carro chegar e você já estar dentro dele.

O caminho foi rápido, o dia estava frio, mas o sol era presente, esquentando sua pele pelo vidro da janela. Quando chegou, agradeceu o homem e saiu do carro, respirando fundo ao encarar a portaria do prédio de Suna.

Fez todo o caminho até o apartamento dele, respirando fundo mais uma vez quando girou a maçaneta.

De imediato, fez uma careta, levando a mão até o nariz. O cheiro de cigarro e maconha predominava o local, junto com o de álcool, o que tornava uma mistura insuportável para suas narinas, que já não estavam mais tão acostumadas assim.

O lugar estava uma zona completa. Garrafas vazias pelo chão, latinhas, bitucas de cigarro, alguns objetos quebrados ou jogados no chão, literalmente, uma zona. Em cima da mesa da sala, havia algumas seringas e colheres queimadas, um tanto de cocaína espalhado pelo vidro e um cinzeiro.

A partir desse momento, seus olhos lacrimejaram, sentindo um peso esmagador em seu peito.

Empurrou com o pé algum lixo que tinha no caminho, engolindo seco e andando até o quarto de Suna, que tinha a porta fechada.

Foi como um tapa na cara.

Ao abrir a porta, arregalou os olhos, vendo Suna em cima de uma garota. O quarto tinha uma nuvem de fumaça e cheirava a maconha. No momento em que ele virou o rosto na sua direção, você fechou a porta imediatamente, encarando a sua frente com os olhos arregalados.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora