AVISO: postei todos os capítulos seguidos um do outro, então, por ventura, pode ser que você tenha caído em um que não esteja na ordem correta. Se esse for o caso, volte até o capítulo que tem o nome de ''Aviso''
Você entendeu o que ele quis dizer depois.
Claro que não foi algo que você percebeu tão rápido, na realidade, mesmo com três meses passados, você apenas se ligou sobre aquela pergunta recentemente.
Suna mudou com você em menos de duas semanas. Quando seus trabalhos voltaram de vez, quase não se viam, só nos fins de semanas, mas ele quase não parava em casa. Sabia que ele estava usando de novo, não precisava ser um gênio para perceber. Nas madrugadas de sábado que ele já estava sumido a algumas boas horas (sempre com algum dos seus amigos), ele aparecia no seu apartamento, com o mesmo rosto arrependido de sempre.
Você sempre o aceitava.
Poucas vezes teve coragem de fechar a porta na cara dele e se sentia absurdamente mal quando fez isso, mas Hana te disse que foi necessário e você tentou acreditar.
Mas não havia apenas dias ruins – tentava se convencer disso, pelo menos –, afinal, vocês ainda se amavam, tinham vários os momentos felizes, os momentos que te davam um pouco mais de certeza que nada disso seria em vão, afinal, Suna era uma pessoa amorosa e sempre te priorizou.
Ele apensa não sabia como sair da escuridão que havia sido arrastado. Com a perda da mãe, ele não apenas perdeu a única figura materna que tinha, mesmo que ela não fosse a melhor e carecia nos cuidados e amor, ele também havia perdido tudo o que eles poderiam ter sido, se ele fosse um filho melhor e se esforçava mais na relação com a mãe, ele sabia que ganharia o amor da mais velha.
E essa chance havia se extinguido. Ele nunca mais a veria de novo, nunca teria a relação que queria ou que precisava. Culpava o pai por uma grande parte disso. Principalmente pela morte da mãe, ele culpava totalmente o homem.
Mas ele tinha consciência que não podia culpar o pai por cada um dos seus atos, principalmente agora que já caminhava em rumo aos trinta anos.
Hoje era um dos dias bons. Domingo de tarde, haviam almoçado na casa de Atsumu e Hana e passavam o dia lá, como nos bons e velhos tempos. Suna acariciava sua nuca enquanto vocês estavam sentados na área externa, conversando sobre qualquer coisa. Hana como sempre brigava com Atsumu, enquanto ele apenas dava risada da esposa e como ela já estava bem alterada pelas cervejas.
— Você tem que pagar a mesa desse arrombado. – a loira disse para Atsumu.
— O arrombado é eu? – Suna perguntou dando risada.
— Lógico, quem mais? – ela resmungou.
— Fazem anos, eu não vou pagar a mesa agora, não! Sunarin já me desculpou por ter quebrado, né?
— Na verdade...
— Viu, amor? Desculpou. – o cortou.
— A mesa nem era bonita. – você disse.
— Fiz um favor, ainda por cima. Você me deve uma, Sunarin.
— Hmm... Gente... Acho que vou vomitar. – Hana disse colocando a mão na boca, você arregalou os olhos.
— Ah, Hana, aqui não!
— Porra, amor, você é foda, nunca mais bebe. Vem cá. – Atsumu bufou, se levantando e ajudando a loira ir até o banheiro.
— Vamos embora? – Suna perguntou, começando a distribuir alguns beijos pelo seu pescoço.
— Uhum. – murmurou. – Hana vai precisar dormir mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, suna rintarou
Fanfictionart da capa @blaccmochi no twitter Mesmo vocês sendo os próprios culpados por seus corações quebrados, talvez não tivessem mais conserto. Algumas coisas foram feitas para serem passageiras e não permanentes.