( Concluída )
Duas pessoas de realidades diferentes e totalmente opostas, podem se apaixonar?
⚠️ conteúdo sensível, palavras de baixo calão,drogas ⚠️
⚠️ Essa é uma história de minha própria autoria, caso você veja em outras plataformas ou por aqui...
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Shivani Paliwal
São exatamente 22h da noite, a boate estava lotada, tanto de homem quanto de mulheres, minhas dançarinas subiram no palco para fazer seu show, deixando todos babando.
Havia tirado a prostituição, só tinha mulheres que realmente queriam estar ali, muitas gostavam do que fazia e não tinham vergonha disso.
Os saltos matavam os meus pés pequenos, tinha que parecer uma granfina se não, ninguém me levaria a sério.
— Olá gatona. - Jeff retira seus óculos e me admira.
— Sua encomenda está nas mãos de Damon, pode ir pega-lás. - Esbarro em seu ombro saindo dali.
Precisava de um ar, odiava tudo aquilo mas se eu não fizesse como conseguiria manter as coisas, manter o salário de todos que estavam ali, Bailey deixou milhares de contas atrasadas, eu tinha que dar um jeito.
A lua se mantinha a coisa mais linda no céu estrelado, amava admira- lá. Estava na porta dos fundos sozinha, rodava o anel em meu dedo completamente distraída.
— Uau, você mudou mesmo. - A voz da garota adentrou meus ouvidos e um sorriso escapou de meus lábios.
— Hina. - Eu a abraço apertado mas não sou correspondida. — O que foi ? - A olho.
— O que foi ?. - Me olha abismada com a pergunta. — Shivani você foi embora com Bailey May, casou com ele, teve um filho, sumiu do mapa, não deu uma luz de vida para as suas melhores amigas. - Empurrou meu ombro. — Caralho, sua filha da puta. - Me abraça apertado. — Eu senti sua falta.
— Também senti a sua. - Retribuo querendo chorar. — Posso explicar direitinho há você.
— Vamos ao café da esquina, lá fica aberto até tarde.
Encaro o estabelecimento, sabia que Bryan iria me xingar por ter deixado nas costas deles mas eu não estava nem aí, apenas entrelacei meu braço no da minha amiga e caminhamos até o estabelecimento.
— Então você foi obrigada ?
— Fui, você acha mesmo que casaria com ele. - A encaro. — Hina não tinha escolhas ali dentro, ou eu fazia ou eu fazia.
— Mas por que engravidou ?
— O filho não é meu. - Bebo um gole do cappuccino. — Acha mesmo que aquele babaca, que Deus o tenha, só transava comigo ? Ele engravidou uma das meninas mas ela morreu no parto. - Suspiro. — Me senti na obrigação de ficar com a criança e eu sou apaixonada no meu filho.
Um silêncio na mesa se instalou por alguns instantes.
— Então... por que não sai dessa vida ?
— Não posso, Bailey tem dívidas a pagar, corro o risco de tirarem tudo de mim, preciso pagar os funcionários, resolver tudo. - Puxo meu cabelo para trás. — Não queria essa vida Hina.
Ela pega em minha mão fazendo carinho.
— Estou com você pro que der e vier Shiv, somos melhores amigas lembra ?
Assinto sorrindo, não sei o que seria da minha vida sem essa garota.
