17 ❀ quatro mais um é igual a cinco

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D U P L E X 1.7
#2sao4TK

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Soobin gostava de muitas coisas. Ele era uma criança fácil de se agradar na maior parte do tempo quando não pegava birra; gostava de ver musicais da Disney com Jeongguk, de brincar com seus bonecos de ação e carrinhos de controle remoto, ler livros de curiosidades e tentar resolver contas de matemática da primeira série. Podia passar horas desse jeito, fazendo suas coisas preferidas sem enjoar, mas, quando chegava seu aniversário — a melhor data do mundo inteiro —, Soobin não conseguia se concentrar em nenhuma delas e só pensava que estava ficando mais velho, o que significava que tinha um ano a mais de conhecimentos acumulados, e ele mal via a hora de ter a mesma idade de Jeongguk para saber das coisas que ele sabia. Os dedos de sua mão estavam completos agora, depois de esperar quatro anos por isso, e era incrível olhar para eles estendidos em frente ao rosto. Fazer aniversário era, sem dúvida, muito melhor do que todas as outras coisas que ele gostava de fazer, porque significava que teria bolo na casa dos avós e presentes para abrir.

Soobin acordava cedo todos os dias, mas, no dia de seu aniversário, conseguia despertar ainda mais cedo, mesmo depois de passar um bom tempo acordado na cama pensando sobre como era legal ficar um ano mais velho. Yeonjun já tinha cinco anos completos e agora Soobin podia dizer que estava igual a ele, depois de longos meses de espera.

O relógio ao lado da mesa de cabeceira cheia de brinquedos marcava seis horas da manhã, uma hora mais cedo do que geralmente acordava quando tinha aula, mas Soobin não conseguia conter a empolgação que pinicava todos os nervos e veias dentro de seu corpo pequenino. Ele pulou da cama, jogando a coberta para o lado, pronto para correr até o quarto de Jeongguk para acordá-lo, mas se arrependeu disso quando os  pés descalços tocaram o chão frio e todo seu corpo agitado tremeu. Puff, Soobin não gostava nadinha de sentir frio. Então ele correu para o guarda-roupa e tirou de lá o par de meias de dedinhos que tanto adorava, enfiou nos pés e correu até o quarto de Jeongguk.

A claridade de lá incomodava seus olhos. Jeongguk sempre esquecia de fechar as cortinas antes de ir dormir (não que fizessem tanta diferença, porque as cortinas do quarto de Jeongguk eram muito finas e a luz transpassava com muita facilidade) e toda vez acordava mal-humorado por causa disso.

Soobin engatinhou para cima da cama de Jeongguk, deslizou para baixo da coberta dele e deitou no peito coberto por uma camisa de mangas longas, a cabeça para fora do cobertor e o queixo tocando o de Jeongguk. Então o cutucou na bochecha uma vez, e Jeongguk resmungou e bateu em sua mão  como se fosse um mosquito.

— Ei, sou eu, pai!

— Hm...

Jeongguk virou de lado, derrubando-o em cima do colchão. Soobin o cutucou novamente, apertando a pele da bochecha, empurrando o indicador na covinha única que Jeongguk tinha em um lado do rosto.

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