24 ❀ A base do prisma que nós somos

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D U P L E X 2.4
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O som das portas do elevador se abrindo fizeram Taehyung voltar para a realidade mais rápido do que ele gostaria. Jeongguk estava sentado no sofá, fumando um cigarro e olhando para ele com tanta preocupação que Taehyung se sentiu mal em deixá-lo sem notícias por mais de uma hora. Jeongguk ligou um monte de vezes, Taehyung sentia o celular vibrando no bolso, mas não conseguiu atender, não quando sua mãe dava a ele tudo o que sempre quis: carinho, amor e atenção. Ela parecia sincera, Taehyung capturou cada olhar e cada palavra, e mesmo que achasse que tudo aquilo fosse efeito do diagnóstico de câncer, ainda era alguma coisa e Taehyung queria se agarrar a isso como se agarrava a uma bóia para sobreviver a um naufrágio.

Taehyung entrou no apartamento sob o olhar intenso de Jeongguk e da fumaça densa que cobria uma parte de seu rosto. Ele não disse nada por um tempo, esperando Taehyung se aproximar até que estivesse sentado no sofá ao lado dele.

— Onde estava?

Antes de responder, Taehyung puxou o cigarro dos dedos dele e apagou no cinzeiro que ficava ao lado do sofá, exclusivamente comprado para o uso de Jeongguk e daquele vício que tanto odiava. Ele não reclamou, apesar do claro descontentamento presente em seu rosto, esperando por uma resposta muito boa que valesse seu desaparecimento repentino da comemoração do noivado com as crianças.

— A minha mãe — começou, tão baixo que sua voz saíra como um fiapinho de linha sendo puxado para longe. Jeongguk arqueou as sobrancelhas, provavelmente esperando o pior dado a sentença inesperada se tratar de sua mãe. — Ela está com câncer.

Jeongguk piscou tão lentamente que Taehyung achou ser só alucinação.

— O quê?

— Foi ela quem me ligou, pedindo que eu fosse vê-la no hospital — novamente, sentia aquele gosto amargo na ponta da língua, deslizando para dentro como algo tóxico que corroía tudo até não sobrar nada. — Acho que ela não tem muito tempo. O médico disse que descobriram tarde demais.

Jeongguk parecia confuso, mas Taehyung também estava. Ele segurou sua mão com carinho, deslizou o polegar por cima da pele e tentou passar alguma coisa boa através disso. Taehyung era um cara sortudo, sem Jeongguk, ele provavelmente não conseguiria passar por isso sem surtar.

— Não tem nada que podem fazer por ela?

Taehyung negou, procurando as palavras certas para explicar o que ele precisava fazer.

— Cadê as crianças?

— No quarto.

— Estão dormindo?

— Deveriam — Jeongguk apertou sua mão. — Mas acho que o Yeonjun está esperando você chegar.

— É melhor eu ir falar com ele, então.

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