09 ❀ geometria plana em função da emoção

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D U P L E X 0.9
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❀❀❀

— Namjoon, eu acho que estou doente.

Taehyung tinha acabado de deixar Yeonjun no colégio, e não sabia o que fazer ou pensar em relação ao que tinha acontecido no dia anterior com Jeongguk. Dormiu tão mal durante a noite, remexendo-se na cama como se o colchão estivesse cheio de formigas, daquelas com a cabeça chata que Soobin vivia contando por aí que achou que iria morrer pela manhã. Era um drama desnecessário e ao mesmo tempo necessário, porque ele não conseguia entender o que significava toda aquela troca de cheiros intensos e queimação do estômago, que fazia todo seu corpo tremer de um jeito diferente.

A única coisa que sabia era que não podia ser infarto — ou ao menos esperava que não —, mas precisava urgentemente de Namjoon para que ele lhe desse algum norte ou algo muito parecido com isso para conseguir ir trabalhar sem surtar.

O que aconteceu, Tae? — Perguntou. — Você não raspou a mão de novo nos parafusos dos brinquedos do parque, não é? Você é vacinado contra tétano, não vai morrer.

Taehyung soltou um longo suspiro, tentando manter sua concentração nas ruas movimentadas de Seul. O celular estava encaixado em uma espécie de caixinha que grudava no painel do carro e a ligação estava no viva-voz, dirigia em direção ao Hospital, onde sabia que Namjoon estava de plantão até às onze horas.

— Eu fui no parque ontem com o Yeonjun, mas juro que não é isso — apressou-se em dizer, e se não estivesse dirigindo, teria abanando as mãos em desespero em frente ao rosto. — Mas acho mesmo que vou morrer, de verdade.

Vou te esperar no consultório da ala de oncologia — disse. — Não demore, ainda tenho alguns exames para fazer nos pacientes antes de ir para casa.

— Já estou chegando — virou o volante, entrando na rua do hospital. — E se eu não estiver morrendo, então vai ser rápido, mas se eu estiver morrendo, do seu consultório eu vou direto para a UTI.

Namjoon riu, e sua risada ecoou pelo telefone saindo um pouco chiada.

Que drama horrível — respondeu. — Todo ano você acha que está morrendo.

— Acho que dessa vez é sério — disse, estacionando o carro. — Vou desligar, vou manobrar o carro no estacionamento e já estou subindo.

Certo. Até daqui a pouco.

— Até daqui a pouco.

❀❀❀

Yeonjun era uma criança muito querida na escola, desde seu primeiro dia nela, seus colegas de turma — tirando os amigos que já possuía — se encantaram por ele no mesmo instante em que viram chegar. Pensava que fosse pelos seus cabelos escuros cheios e ondulados nas pontas, ou no seu sorriso sapeca, mas na verdade, todo mundo gostava dele apenas porque Yeonjun era um menino muito gentil, carinhoso e falante; educado com todo mundo que chegava perto, então à aura leve dele, atraía mais crianças, que gostavam de brincar com ele no intervalo.

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