21 ❀ equação geral reduzida a um problema

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D U P L E X 2.1
#2sao4TK

(esse capítulo pode conter gatilhos para crise de ansiedade e hipocondria)

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Yeonjun e Beomgyu estavam com os joelhos e os cotovelos praticamente em carne viva. Com a adrenalina correndo dentro das veias, eles sequer percebiam quando se machucavam todas as vezes que caíam. Agora, aos seis anos, eles podiam sair sozinhos para a pracinha perto de casa e faziam isso juntos, sempre que estavam entediados, para andar de skate. Por morarem no mesmo bairro, em condomínios próximos, a pracinha estando entre os prédios deles, Taehyung e Jimin não viram problema em deixá-los sair durante o período da tarde, depois das aulas extras curriculares que faziam a semana toda. Eles ficavam duas horas brincando na pracinha e voltavam antes de escurecer, quando Taehyung e Jimin estavam perto de chegar do trabalho. Às vezes Yoongi aparecia por lá para buscá-los se não estivesse tão cansado.

Era divertido ter seis anos, Yeonjun achava que ficar mais velho seria chato e ele estaria cheio de responsabilidades, mas sua única responsabilidade era chegar no máximo até seis horas em casa sempre que saía com Beomgyu, fazer todas as lições da escola e nada mais que isso.

— Estamos ferrados, Gyu. — Yeonjun sentou em cima do skate, olhando para os joelhos ralados, filetes vermelhos deslizando por sua perna suada.

Beomgyu estava escorado numa barra de ferro, olhando para o cotovelo com o rosto meio contorcido.

— Meu pai vai me dar uma surra. Ele disse que se eu chegasse assim em casa, não ia poder mais sair pra andar de skate por um mês inteirinho.

— Bora lá pra minha casa. — Yeonjun assoprou um dos joelhos, contorcendo o rosto quando isso fez a pele arder. — A gente toma banho e limpa os dodóis, daí você usa um casaco meu e diz que tá com frio.

— Mas é verão.

— Você tem uma ideia melhor?

— Lulu, vamos. — Beomgyu estalou os dedos, chamando por Lulu, ele bufou e pareceu se dar por vencido.

Lulu estava deitado de barriga para cima, embaixo de uma sombra, dormindo com a língua para fora depois de ter gasto energia correndo atrás deles. Quando escutou a voz de Beomgyu, ele pulou até ficar de pé e correu até eles. Farejou seus machucados e lambeu em volta, ronronando contra as peles vermelhas.

— E se meu pai resolver me olhar todo? — Yeonjun olhou para Beomgyu quando eles entraram no elevador de seu prédio, depois de andarem por toda a rua. Ele estava com aquela expressão emburrada de sempre, como se odiasse o autocuidado de Jimin, condicionado pelo fato dele se machucar o tempo todo. — Meu pai tem dessas, ele olha meu corpo todo pra checar se não tem nenhum arranhão.

— A gente convence ele de que é só frio e que tá tudo bem. — Deu de ombros.

— Não é tão fácil assim, Jun.

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