LIVRO FÍSICO DISPONÍVEL NA EDITORA EUPHORIA
Jeongguk tem um emprego complicado e, por causa disso, acaba engravidando de um de seus clientes no seu primeiro ano depois de pegar turno atrás de turno para conseguir dinheiro. E mesmo que muito jovem e...
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Taehyung tinha tentado fazer exercícios na academia tantas vezes que até achava seu esforço admirável. Ele nunca foi muito fã de ir malhar no seu tempo livre, mas estranhamente decidiu tentar mais uma vez, com a desculpa de que estava muito fora de forma ultimamente, na academia que o prédio em que morava disponibilizava para os condôminos. Ele deixou Yeonjun no apartamento assistindo Pororo e comendo pipoca no sofá da sala, mas estava quase arrependido de não tê-lo arrastando junto quando chegou lá e viu que não havia ninguém além dele. As pessoas costumavam fazer seus exercícios pela manhã ou no final do dia e não duas horas da tarde de uma sexta-feira de final de inverno.
Taehyung correu dez minutos na esteira e sentiu que poderia morrer de tão cansado que havia ficado, e estava prestes a se jogar no chão quando o celular jogado de qualquer jeito em um banco num canto da academia tocou. Ele correu para atender, abrindo um sorriso tão grande que suas bochechas queimaram quando enxergou o nome de Jeongguk brilhando na tela acesa.
— Oi, Gukkie — disse, sentando-se no banco.
— Onde você está?
— Em casa.
— E você não vem trabalhar, não? Acha que só porque é dono do próprio negócio pode faltar desse jeito?
Taehyung arqueou uma sobrancelha. Desde que contratou Jeongguk como seu assistente pessoal no escritório não conseguia ter um minuto de sossego em casa, porque ele ligava tão irritado que Taehyung quase nunca conseguia rebater.
— Mas eu posso mesmo.
— Não pode! — Ele gritou por cima do telefone e Taehyung teve que afastá-lo do ouvido pela altura que a voz de Jeongguk soara. — Sua mesa está cheia de documentos para serem lidos e você está em casa coçando a merda do seu saco.
— Na verdade, estou malhando.
— Também é um péssimo mentiroso.
— Não sou, não, espera um segundo.
Jeongguk bufou impaciente, murmurando xingamentos no microfone do celular e Taehyung tinha certeza que ele estava vermelho de raiva.
Ele se ajeitou no banco, abriu a câmera e tirou uma foto com o celular virado na direção do espelho, pegando os aparelhos a sua volta, então sorriu como uma criança levada querendo provar que estava certo para um adulto chato e enviou a foto, voltando a colocar o celular no ouvido apenas para escutar Jeongguk resmungar mais um monte de xingamentos.
— Venha agora para o trabalho, Taehyung.
E então ele desligou.
Taehyung abriu um sorriso bobo e apaixonado, ainda que estivesse morrendo de preguiça de ir até o escritório olhar para um monte de papel e documento que poderia ser resolvido em casa se Jeongguk cooperasse e mandasse para o seu email.
