Proibida para Mim | Spin-Off de Hidden [EM PAUSA]

🍎VINTE E SEIS🍎

"A pessoa inteligente estuda a vida inteira para descobrir que não tem nada melhor do que dar uma de burro."
Tati Bernardi

Êxtase.

Esta única palavra me define agora.

Com a perda da sensibilidade eu saboreio a dor que irradia pela minha carne em chamas, o prazer se apossando de cada nervo do meu corpo, fazendo direitinho seu trabalho de enviar cada estímulo ao meu cérebro, os meus músculos já estão relaxados harmoniosamente com a queimação que não cessa.

Me ponho a berrar por mais, necessitando dela, da mais pura emoção e euforia, finalmente escapando de onde está presa, profundamente de dentro de mim, do meu corpo.

Não há qualquer estrutura pro meu orgasmo, a onda dele me quebra sem tempo de que eu o retarde, as palpitadas seguem um ritmo único, juntas convulsionam toda minha área íntima, o orgasmo pulsante me despedaça violentamente, com intensidade, sou arrastada pela maré de prazer, fico tão fora de mim, sem rumo, que sinto as lágrimas dançarem livremente pelo meu rosto, choro de alegria pelo que aconteceu, mal compreendendo o que se passa dentro de mim ou em minha volta.

A voz do Dylan é que me traz de volta para a realidade:

— Não chora! — pede preocupado.

Sinto uma ardência quando ele remove os dois dedos de dentro da minha intimidade, enquanto eu festejava as palmadas cálidas, sua mão grande me cobriu toda área sensível, depois cavou seus dedos dentro de mim com ímpeto.

Ele agora me tira de cima das suas pernas, girando meu corpo de frente pro seu, me acomodando gentilmente no seu colo.

Beijo seu queixo com carinho, o encarando debaixo, enquanto seus olhos me estudam com cautela.

Sorrio em meio as lágrimas, como esperado ele retribui, confusamente rindo para mim.

Minha visão é um borrão.

— Prove isso — pede baixinho, com uma substância esbranquiçada e pastosa cobrindo seus dedos.

Abro a boca curiosa, chupando seu dedo lentamente, o gosto não é tão ruim, mas ainda assim prefiro o dele.

 — Me abraça forte — peço molenga — E, fala que me ama.

Seus braços me apertam protetoramente, me fazendo relaxar na sequência, essa sensação de paz e serenidade é divina, minha mente parece mais límpida e o mundo menos complicado.

— Eu te amo Luna! Minha pequena Lua, mesmo você sendo maluquinha e de fases. Amo cada fase sua, cada pedacinho seu.

Seus lábios procuram os meus, selando sua declaração.

Sempre me sinto pra baixo em alguns momentos da minha vida, e não é por falta de afeto ou amor, tenho uma família linda que me enche disso, meu pai então... me mima demais. Sei que sou sortuda por tê-los, mas era como se de repente a vida me espremesse contra uma parede, como se só o fato de existir fosse um fardo e as pessoas em minha volta um montueiro de merda insignificante.