Proibida para Mim | Spin-Off de Hidden [EM PAUSA]

🍎BÔNUS🍎

Depois que a louquinha da minha sobrinha foi embora, acabei ficando entediada no meu quarto, as vezes sinto um pouco de inveja dela, uma inveja saudável, pelos irmãos que ela tem.

Meu único irmão tem idade de ser meu pai, e por acaso é o pai dela.

Sempre senti falta de outro irmão, alguém para brigar pelo controle da Tv, realizar algumas traquinagens juntos, pular o muro da escola enquanto um acobertava o outro, brincar na chuva, assistir séries na Netflix...

Essas coisas rotineiras que para alguns é uma babaquice. Eu só tenho uma visão diferente, minha própria opinião à respeito.

Não estou reclamando da minha vida e nem dos pais maravilhosos que tenho, muito pelo contrário, sei que tenho muita sorte de tê-los, mas é quase automático me pegar pensando nessas coisas quando estou só, eu trocaria todas as regalias e luxo que tenho por uma vida mais simples com meus pais e a família maior.

O Luan tem sido como o irmão que nunca tive.

Ele também é filho único e me entende perfeitamente, até zoa de mim como uma frase que sempre escuto dele:

“Um irmão não pode ser um amigo, mas um amigo sempre será um irmão.”

Pode até ser que a frase reflita a maioria, não é o caso da Luna e Fênix que se são tão bem.

Penso em como vou fazer para tentar arrancar alguma informação da minha mãe, ela me mete em cada uma.

Como hoje é domingo provavelmente vou passar o dia lendo, preciso saber se meu pai já leu os últimos livros que comprei, aqui em casa ele adotou essa política de ler tudo que eu compro, e só depois de avaliar o conteúdo me dá permissão para ler ou não.

Minha mãe obviamente nunca concordou com ele, até baixou um app no meu Iphone, assim posso selecionar minhas leituras tranquilamente e ler em formato e-book, sem correr o risco dele achar algo que não me autorizou ler nas minhas coisas.

Resolvo ir importuná-lo no seu atelier de costura, normalmente ele estaria descansando por ser domingo, mas precisa entregar algumas criações no prazo.

Não tem como concorrer com seu TOC em clima de nova coleção se aproximando, apesar de ter franqueado a marca, meu pai não sabe viver sem trabalhar, ou melhor, sem realizar suas criações. Ainda assim, sempre tiramos férias e dificilmente ele viaja pra Europa, só quando é extremamente necessário e sempre nos leva com ele.

Depois de passar pelo estúdio bato em sua porta do escritório.

— Entre filha! — responde calmamente.

— Oi pai! — aceno rindo, me perguntando como ele sempre advinha que sou eu por trás da porta.

— Vem aqui! — Se levanta, abrindo os braços para mim.

Eu o abraço com todo meu amor, dizendo que o amo.

— Eu também te amo! — ri do meu sentimentalismo.