Dezeseis

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Pela manhã escutei risos de César no andar de baixo. Desci as escadas, a sala estava revirada, havia um colchão no chão, logo percebi que César havia dormido aqui.

— Bom dia — disse ele ao me ver desmanchando o riso.

— Bom dia gente — falei no geral.

Minha mãe preparava o café, César e Luca estavam na mesa trocando lembranças risonhas da noite passada.
César estava vestindo uma calça jeans e uma camisa branca, estava todo amarrotado.

— Aquelas meninas ontem. De mais! — disse Luca.

Cesar não era o meu namorado. Não era, eu tentava enfiar isso na cabeça.

— É — disse César desconjuntado.

— Gostosas. Ce deu uns pega na lorinha não foi? Do nada vocês sumiram da Disco. — perguntou meu irmao.

Não quis saber da resposta. Encarei friamente César que estava vermelho, corado na vergonha. Abandonei a ideia de tomar café, fui para meu quarto. Senti meu rosto queimar de raiva, a lagrima rolar. Então eu seria só seu passatempo? Se eu quisesse conversar com ele eu deveria esperar Luca ir embora. Ele iria ao domingo, amanhã no caso. E agora minha única ansiedade é que ele fosse. Por um instante agradeci que ele tivesse vindo, pois eu sabia que o César no fundo ainda era o César, mulherengo, e o pior "hetero". Eu não podia cobrar que ele fosse como eu, mas também não conseguia aceitar o fato de me submeter a aquilo estávamos nos pegando a quase um mês. Eu nunca o cobrei, até semana passada estava falando de amor, essa semana mal nos vimos, e único final de semana que teríamos Luca estragou, ele conseguiu estragar tudo.

Não Falei mais com César aquele final de semana todo. E decidi abortar missão no domingo.

Obsevava da janela ele na tarde do domingo lavar seu carro, e depois por fim saiu, voltou no fim de tarde. Passei o dia na escrivaninha, observando e observando tudo, mesmo em sua ausência. Parecia que eu havia levado uma surra eu estava tão atordoado. Luca foi embora finalmente, mas não importava mais ele já havia feito o estrago dele.

No mesmo fim de tarde as 18 horas do domingo abandonei meu posto, deitei na cama de mongo, e fiquei pensando que talvez eu devesse deixar aquela ideia de amor impossivel de lado. Escutei batidinhas na porta, pensei ser minha mãe, mas uma silhueta forte de mais para ser ela cruzou o escuro após abrir a porta deixando a claridade parcial entrar.

— Sua mãe me disse que você estava aqui. — disse sua voz de trovão. — Ela falou que hoje você esta meio desanimado.

— Ah, não, está tudo bem.

Ele ascendeu a luz e empurrou um pouco a porta à fechando, me sentei e ele se sentou na beirada da cama. Ele usava uma regata cinza, um pouco abaixo do seu peitoral esva suado, ele estava um tanto suado, seu cheiro de homem estava pairando no ar, ele certamente estava correndo, se exercitando, levatou a beirada de sua roupa passando no rosto. Pude ver eu bdomem com pelos ralos e bonito reluzir de suor.

Eu queria que ele fosse embora, eu sabia que ele também era meu ponto fraco.

— Esta chateado comigo né?

— O que voce acha? — falei abruptamente. — Pergunta pa lorinha da Disco.

— A lorinha era a Gabi.

Meu odio entao triplicou. A ex dele?

— Vai se foder. Vai embora. Me deixa sozinho — falei o empurrando mas ele continuou imóvel dei um soco em seu peitoral maciço, e depois outro tive um pequeno ataque o empurrando.

Ele segurou meus pulsos forte e me agitou irritado.

— Para com isso — disse mordendo os dentes de raiva.

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