тнσυgнтs || ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ

12

Any Gabrielly

Desço do carro e vejo Josh saindo do prédio soltando uma risada.

Me aproximo sorrindo e faço uma cara confusa.

— O porteiro achando que eu sou sonâmbulo por estar saindo a essa hora – ele diz e agacha apoiando as mãos no joelho ainda rindo. Arqueiro minhas sobrancelhas começando a rir também.

Assim que a risada vai se desfazendo ficamos calados por um tempo, até eu morder meu lábio e dizer:

— Josh eu sinto muito – antes das lágrimas escorrerem nas minhas bochechas passo meu braço pelo seu pescoço o abraçando. Enquanto ele passa os seus pela minha cintura.

Ficamos abraçados em frente seu prédio por alguns minutos. Nos separamos assim que percebemos que aquilo estava meio estranho.

Sem falar nada apenas atravessamos a rua pra praia, o apartamento de Josh é bem de frente com a praia, e ficamos andando na areia, em um silencio confortável. 

Eu sabia que ele não estava muito bem pelo fato do irmão não estar bem, eu o chamei pra sair de casa por isso, pra distrai-lo, e é isso que eu vou fazer. 

Olho pro céu e vejo algumas estrelas, sorrio e junto minhas mãos atrás das minhas costas antes de dar um passo maior, ficando na frente de Josh e andando de costas.

— Você sabia que a cada segundo, em algum lugar do universo, uma estrela explode e brilha mais do que toda uma galaxia? – ele arqueia as sobrancelhas sorrindo e eu sorrio de volta, indo ao seu lado, voltando a andar normalmente. 

— Sério? 

— Sim – olho pro mar vendo as ondas grandes enquanto o vendo bate em nossos rostos – A Terra também é o único planeta onde se pode admirar um eclipse solar total, sabia? – ele nega.

— Por que você sabe dessas coisas? 

— Minha irmã, ela ama astronomia.. quer cursar isso e descobrir tudo sobre o universo – dou de ombros olhando nossos pés se movendo no mesmo ritmo. 

Mas paro assim que Josh para, estendendo sua blusa no chão e se deitando. Rio e me deito ao seu lado. 

— Quantos anos ela tem? – ele pergunta olhando para as estrelas. 

— Doze – sorrio. – Ela é muito comilona – Josh ri. – É sério – acabo rindo junto com ele. – Por falar em comida eu to com fome ainda – viro minha cabeça pra Josh e sorrio ao ver que ele já estava olhando pra mim. – No fim eu acabei que nem comi minha lasanha – ele ri novamente. 

Me sento e olho em volta, são duas horas da manhã, provavelmente não tem nada aberto. 

— Espera. Tem um circo aqui perto, deve estar quase fechando essa hora, mas.. – ele começa dizendo.

— É pra lá que nós vamos! – ele gargalha se levantando junto a mim. 

Josh Beauchamp

Chegamos antes que eles fechassem o circo e conseguimos pegar dois cachorros-quentes. Agora estamos voltando para a praia rindo dessa nossa aventura.

— Ta legal, se pudesse ir a um show de qualquer cantor, grupo ou banda. Qual escolheria? – perguntei no meio de todos os nossos assuntos aleatórios. 

Para falar a verdade, eu fiquei até surpreso em como o assunto com Any rendia. Ta legal que os assuntos eram bem aleatórios, mas isso nos fazia rir e também me permitia conhecê-la melhor.

— Ah eu não faço a menor ideia – ela riu olhando pra frente. – Eu realmente ficaria super na dúvida. Seria incrível ir a um da Ariana Grande, ou da Rihanna, do Shaw Mendes ou também Blackpink, eu não sei! – ela riu de novo. – Mas, e você?

— Eu não ligo tanto para shows. Eu gosto muito de música, mas não faço tanta questão. Geralmente vou só para acompanhar o pessoal. Muitas pessoas aglomeradas não é a minha praia – respondi e ela assentiu enquanto mordia seu cachorro quente. 

— Eu não posso dizer com convicção, já que fui apenas uma vez em um, quando era mais nova, e eu não me lembro muito. Mas me conhecendo, acho que eu iria amar. Muita música, energias altas.. – Any fechou seus olhos e sorriu. 

Eu me vi feito um bobo olhando pra ela enquanto a mesma sorria. 

Porém, logo Any abriu os olhos e me viu olhando pra ela. Eu fingi demência e voltei a comer o meu cachorro quente olhando pra frente. 

— Eu posso te levar um dia, se quiser – comentei e a mesma olhou pra mim de novo.

— Mesmo? – ela perguntou.

— Claro. Eu não sou muito fã, mas acho que valeria a pena te acompanhar – sorri para a mesma e ela sorriu de forma tímida. – Vocês está com frio?

— Mais ou menos – ela passa a mão livre no braço e eu me sento mais próxima dela. Antes de passar meu braço a sua volta, olho em seus olhos pedindo permissão e ela assente.

— Não estou com casaco pra te dar, então vale eu mesmo, né? – ela solta uma risada e se aconchega no meu abraço voltando a morder seu cachorro quente.

— Você é quentinho – ela diz de uma forma fofa e eu sorrio novamente.

Depois que terminamos de comer, nos deitamos novamente, ainda abraçados olhando para o céu estrelado, enquanto o tempo vai passando e ficamos conversando sobre nossas vidas, rindo de vergonhas alheias que já passamos ou coisas do tipo.

Any é divertida, estar com ela me faz esquecer um pouco meus problemas e até me deixa perdido com o tempo, concluo isso quando vejo as horas.

— Meu Deus já são quase quatro horas de manhã – ela ri e eu sorrio pelo fato de ela estar pensando o mesmo que eu. 

E também porque esse tempo que nós ficamos juntos não foi cansativo e eu não sinto falta de ter não dormido.

— Você quer voltar? – tiro minha atenção do mar a nossa frente e a olho.

— Pra falar a verdade, não – solto uma risada passando a mão no rosto.

— Eu também não – ela solta um suspiro.

— Então, vamos ficar até o sol nascer – digo e ela sorri animada e volta a se aconchegar no abraço.