17

4.3K 324 94
                                    

Any Gabrielly

Acordei com minha cabeça doendo, meu nariz escorrendo e com dor de garganta. Coloco minha mão no rosto e solto um resmungo sentindo a mesma quente. Que ótimo, peguei um resfriado.

Tusso e me levanto da cama. Ignoro o fato de quase ter caído e vou direto ao banheiro tomar um banho. 

Demoro no banho, não por ter lavado o cabelo, nem lavei mesmo, mas sim porque não estava com força pra sair de baixo da água quente. 

Saio depois de um tempo, coloco uma calça moletom e uma blusa de frio conjunto. Olho em direção na cozinha, estou com fome, mas como eu disse, sem força pra ir fazer comida ou esquentar um leite. Volto pra cama. 

Pego o celular e vejo que o relógio já iria despertar. Hoje é terça-feira, tem aula. 

Mando mensagem pra Heyoon dizendo que não vou poder ir na aula hoje e peço pra ela avisar Kyle. Fecho meus olhos e quando eu vi já estava dormindo novamente. 

Acordo com o barulho irritante da campainha. Não é possível, o porteiro não podia deixar pra entregar o que for que seja outra hora!?  

Me levando na força do ódio, me apoiando nas paredes pra não cair, por não conseguir abrir o olho direito pela dor de cabeça. Destranco a porta e a abro, esperando o porteiro falar um "bom dia" pelo menos, ou deixar o que for que seja no chão. Mas não acontece nada.

Abro os olhos e encontro um sorriso de cachinhos loiros na minha frente. 

Coço meus olhos tentando enxergar o porteiro direito. Caramba, quando foi que o Sr. Larsson voltou a ser jovem e bonito assim!?  Coço os olhos novamente. 

— Bom dia flor do dia – ele se pronuncia e eu rio cambaleando pra trás. 

E quando foi que ele se tornou simpático assim? Ele nunca fala bom dia, imagina ainda me chamar de flor do dia. Rio novamente. E a voz? Por que ninguém ta falando da voz??

— Sr. Larsson que voz sexy o senhor tem – rio.

— Hm, ok, você tá pior do que eu imaginei – ele entra pra dentro e me segura pelos ombros.

Espera, o Sr. Larsson não teria essa voz nem se ficasse mais jovem de uma hora pra outra. E esse cheiro.. eu conheço esse cheiro. 

— Josh?

— O próprio – pelo tom da voz sei que ele está sorrindo. Deito minha cabeça em seu peito o puxando pra um abraço. Fecho os olhos e quase durmo ali mesmo.

— Ta fazendo o que aqui, era pra você estar na aula.

— As meninas falaram que você estava resfriada, vim cuidar de você. 

Eu sorri e tentei falar alguma coisa, mas não saiu nada, então fiquei em silencio. 

— Vem, vou fazer uma sopa pra você – ele me guia até meu quarto, me deixa na cama e me cobre com o edredom.       

Um tempo depois ele volta sorrindo e com um prato, passo a mão no meu rosto e me sento na cama. Logo ele se senta ao meu lado.

Levanto meu olhar pra ele esperando ele me dar o prato, mas ele desvia e pega estica a colher pra me dar na boca. Solto uma risada fraca e experimento.

— Caramba – faço uma cara surpresa. – Isso ta muito bom – abro a boca esperando Josh me dar mais e ele sorri. 

— Minha mãe sempre fazia essa sopa pra mim quando eu ficava doente – sorrio. – Vai fazer você melhorar rapidinho. 

— Eu preciso melhorar pra terminarmos de ensaiar, hoje já é terça-feira – ele assente mas logo diz:

— Por falar nisso, Kyle adiou a apresentação pra semana que vem. – Faço uma cara confusa. – Ele teve um problema com a família dele, então ele vai ficar a semana fora. Um substituto vai dar aula no lugar dele por essa semana. Nick, o nome dele. 

Arqueio minhas sobrancelhas e falo:

— E você não ficou na primeira aula dele, pra ver se ele é um bom coreógrafo – ele sorri.

— Não seria justo, me sentiria mal em te deixar aqui doente – eu sorrio. 

— Eu só estou resfriada, não é nada demais – dou de ombros. – Amanhã já vou estar melhor. 

Depois que a sopa acabou, fui pra cozinha andar um pouco e já aproveitei pra levar meu prato.

Quando eu voltei pro meu quarto, Josh estava deitado no meio da minha cama. Ele tinha arrumado os travesseiros de um jeito que ficasse confortável, e ligou a minha tv.

Arqueei minhas sobrancelhas e sorri, ele também sorriu, mas não desviou o olhar pra mim. Cruzei os braços e então ele me olhou, e em seguida abriu os braços, me chamando pra deitar com ele.

Neguei soltando uma risada e então subi em cima da cama, abraçando seu corpo e me aconchegando entre suas pernas.

— Obrigada.

— De nada, pequena.

Aquela sensação de tê-lo perto, com aquele sorriso, com seu toque e até com seu cheiro forte, apenas evidenciava o quanto eu estava enlouquecendo. E era por ele.

тнσυgнтs || ʙᴇᴀᴜᴀɴʏOnde histórias criam vida. Descubra agora