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Eu não sabia o que fazer

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Eu não sabia o que fazer. Queria voltar para casa, para Bervelen, e dar o melhor de mim como Rainha. Mas não podia fazer isso brigada com Vinnie, e ao mesmo tempo, não conseguia simplesmente perdoar as mentiras dele. Minha cabeça estava uma confusão.

— Eu vou voltar para Bervelen com você. — declarei, tentando manter a firmeza na voz, embora meu coração estivesse partido.

— Nixie, não se trata de voltar para Bervelen. — Vinnie suspirou, os olhos fixos nos meus. — É sobre aceitar o meu perdão. Eu não queria ter mentido para você, eu juro.

— Mas mentiu. — respondi secamente, sentindo o peso da mágoa em cada palavra. Ele abaixou a cabeça, como se a culpa finalmente o tivesse atingido.

— Vamos voltar para Bervelen amanhã, mas saiba, Vinnie, que não esqueci o que você fez. E que você ainda não está perdoado. — minha voz tremeu um pouco, mas me mantive firme. — Espero que hoje você fique pensando no erro que foi ter mentido para mim de novo.

Vinnie apenas assentiu, o rosto tenso de arrependimento. Ele deu alguns passos em minha direção, parando bem perto de mim.

— Eu entendo. Mais uma vez, me desculpe. — ele sussurrou, quase sem voz, antes de sair do quarto e fechar a porta suavemente atrás de si.

Assim que fiquei sozinha, as lágrimas vieram como uma enxurrada. Minha garganta apertou, e uma dor enorme se espalhou pelo meu peito. O enjoo tomou conta do meu corpo, como se toda aquela situação me consumisse por dentro. Corri até o banheiro, e ali, sozinha, soltei aquela sensação horrível de desconforto. Vomitei, liberando todo o mal-estar que parecia estar me sufocando.

Depois que a sensação passou, mergulhei na banheira. A água quente me envolveu como um abraço silencioso, uma pausa necessária no meio do caos. Ficar ali, submersa, era a única coisa que me acalmava naquele momento. A água abafava o som do mundo lá fora, e por alguns minutos, era como se tudo tivesse parado.

Eu sabia que aquele era o quarto de Vinnie. A pequena mala dele estava sobre a cama, e o ambiente era tão familiar que trazia uma pontada de nostalgia. Mas, mesmo sabendo disso, estava certa de que ele não voltaria para lá hoje.

Enrolada na toalha, desci as escadas com uma raiva crescente por ter sido tão ingênua. Como pude esquecer que estava no quarto dele? Não queria precisar da ajuda de Vinnie, mas, naquele momento, não tinha outra opção. Minha mala estava na casa onde os garotos estavam hospedados, e eu precisava de roupas.

Entrei na sala e o vi ali, sentado, olhando para o teto como se estivesse em outro mundo.

— Vinnie... — chamei hesitante, e ele logo virou o rosto para mim.

— Precisa de algo? — ele perguntou, levantando-se rapidamente, a preocupação estampada em seu rosto.

— Minha mala está na casa onde os garotos estão hospedados. Eu... não tenho uma roupa para vestir. — desviei o olhar, sentindo a vergonha me dominar. Vinnie me observava atentamente, como se tentasse decifrar o que eu estava pensando.

𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄 - 𝘝𝘪𝘯𝘤𝘦𝘯𝘵 𝘊𝘰𝘭𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora