Capítulo 05

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Anna: LIA GABRIELLA POMPEU....ABRE A MERDA DESSA PORTA GAROTA. -gritou batendo na porta.

Acordei com algumas batidas e gritos vindo da porta do meu quarto, me levantei para ir abrir a porta e notei que estava sem nenhuma roupa, peguei a blusa de Tom que estava jogada no chão e a vesti.

Lia: Tom?...Você tá aqui? - perguntei olhando pelo quarto.

Tom: Dentro do armário. - falou sussurrando.

Abri a porta e minha mãe logo entrou no meu quarto bufando.

Anna: PORQUE NÃO ABRIU A PORTA LIA?...OU MELHOR PORQUE ESSA PORTA ESTAVA TRANCADAA? - gritou olhando pelo meu quarto.

Lia: Desculpa mãe, eu tranquei a porta pois queria estudar sem ninguém me atrapalhar, semana que vem teremos provas todos os dias e eu ainda quero iniciar a tela que prometi que daria de aniversário para Manu. - falei apontando para minha mesa de estudos e para o cavalete com a tela em branco.

Anna: Não precisa se desculpar filha. - falou sentando na cama. - Sei que desde que me divorciei do seu pai, sou muito rígida com você...não quero que sinta medo de contar as coisas para mim...e me desculpa por ontem. - falou de cabeça baixa mexendo nas mãos. - Tem algumas coisas que não contei para você, mas agora você já tem idade para entender tudo isso.

Lia: Contar o que mãe? - perguntei me sentando ao seu lado.

Anna: Quando era mais nova eu e sua tia vivíamos em festas, assim como você e a Manu... e em uma dessas festas eu conheci um garoto...eu já tinha namorado e ficado com outros garotos, mas ele foi amor à primeira vista, sabe? - concordei com a cabeça vendo seus olhos encherem de lágrimas. - Depois daquela festa nos começamos a namorar, nós íamos para festas e shows que rolavam na época e como eu era a irmã mais velha onde eu ia tinha que levar sua tia, e num dia desses ela quis aprender a tocar guitarra pois viu ele tocar, mas isso não vem ao caso agora. - ela começou a chorar.

Lia: Calma mãe, tá tudo bem. - falei a abraçando.

Anna: Não quero que me odeie Lia.

Lia: Porque odiaria você mãe?....Não é porque você me proíbe das coisas ou me chinga que vou te odiar.

Anna: Lia, o que eu quero te falar é que esse garoto que eu me apaixonei quando era nova...esse guitarrista...ele é o seu pai. - falou segurando minha mão.

Lia: O QUE? - perguntei em choque.

Anna: Me perdoa por mentir pra você esses anos todos...mas ontem quando te vi com aquele garoto eu me lembrei da história com seu pai...eu não quero isso pra você...não quero que se apaixone...engravide e ele simplesmente suma da sua vida e da do seu bebê. - falou chorando. - Você é nova meu amor, não quero que aconteça com você o que aconteceu comigo...entendo se estiver em choque, magoada e com raiva. Vou deixar você sozinha. - falou me dando um beijo na testa e saindo.

Continuei sentada sem acreditar no que acabava de escutar, meus olhos se preenchiam de lágrimas e logo comecei a chorar, não conseguia acreditar que a pessoa que esteve nas apresentações escolares, festas, aniversários, nos momentos mais difíceis comigo não era o meu pai.

Kely: O que foi pequena? - falou entrando no meu quarto.

Lia: A mamãe...ela...me contou sobre meu pai. - falei chorando.

Kely: Sinto muito Lia...não posso mentir que não sabia disso, mas sua mãe achou que assim seria o melhor para você...e eu sou apenas sua tia. - falou triste me abraçando.

Lia: Quem é ele?...Eu sei que ele tinha uma banda e tocava guitarra, mas eu quero o nome dele tia...qual o nome dele...do meu pai? - falei olhando com os olhos vermelhos.

Grávida de Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora