capítulo 17

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Macarena

Não demorou muito até chegarmos na casa de Zulema, já que ela morava um pouco perto de mim. Entramos na residência sem fazer muito barulho para não acordar sua mãe e nos dirigimos para seu quarto.

— Quer tomar um banho quente? Vai ser bom para você. — Ela sugere enquanto acaricia minhas costas. — Eu te empresto um pijama.

— Claro, pode ser. — Respondo com um pequeno sorriso estampado nos lábios. — Depois a gente vai conversar, tá bom? Preciso saber de tudo.

Zulema não respondeu, apenas assentiu com a cabeça e caminhou até o armário para separar um pijama. Assim que ela me entregou a roupa e a toalha, fui para o banheiro e me tranquei lá dentro. Deixei um longo suspiro escapar e me encostei na porta, permitindo que meu corpo escorregasse até eu cair sentada no chão. Eu estava com Zulema. Ela estava bem, ela me salvou de um possível assalto — ou algo pior.

Então...Por que eu sentia que tinha algo de errado?

O clima estava agradável entre nós duas, mas ainda conseguia sentir uma tensão constrangedora no ar. Será que foi porque nos reencontramos depois do nosso beijo? Queria tanto saber o que estava se passando na cabeça da minha melhor amiga.

Minha cabeça estava nas nuvens. Tomei um banho rápido e vesti o pijama que Zulema me emprestou. Claro que a camiseta dela ficou grande em mim, e não consegui evitar de inalar o perfume no tecido preto. Saí do banho e me dirigi ao quarto, onde encontrei a árabe deitada na cama com as mãos atrás da cabeça.

— Algum problema? — Me aproximo e sento na beirada da cama, alisando o lençol. — Está incomodada com a minha presença, né?

— O quê? Não! — Ela responde e rapidamente me encara. — Só estou pensando, nada demais. Eu...Na verdade, estou feliz que esteja aqui. — Zulema sorri e segura em minha mão. — Senti saudades.

Aquelas duas palavras são o suficiente para uma chama acender em meu peito, fazendo meu coração acelerar. Zulema me deixava nervosa com tão pouco, seu efeito sob mim era muito forte.  Subi na cama e sentei em seu colo, apoiando meus joelhos um de cada lado de seu corpo.

As mãos alheias pousaram em minha cintura e a morena me puxou para mais perto. Nossas respirações ofegantes eram nítidas, meu coração batia freneticamente dentro do peito. Zulema juntou nossos lábios e automaticamente a euforia do meu peito foi substituída por um sentimento de paz e tranquilidade. Não era um beijo malicioso, pelo contrário. Era calmo e sem pressa para acabar. Nossos lábios se movimentavam devagar e esse contato me deixava totalmente fraca. Zulema levou a canhota até meu cabelo úmido, onde deixou um leve afago.

Decidi arriscar e me deitei na cama, puxando a maior para cima de mim. Deslizei minhas mãos para dentro de sua camiseta e apertei sua cintura, fazendo um arfar pesado escapar de seus lábios rosados. Zahir começou a distribuir beijos pelo meu pescoço que já se encontrava arrepiado. Não era acostumada com aquele tipo de toque, então eu sentia calor com muita facilidade.

- Zule... - Murmurei com a voz fraca, gemendo baixo quando as mãos alheias apertaram meus seios com força. - Você quer mesmo isso?

Ela ergueu o corpo, apoiando as mãos uma de cada lado da minha cabeça para poder me encarar.

- Só se você quiser, rubia. - A morena sorri e acaricia minha bochecha com o polegar. - Quer?

Ponderei por alguns segundos e minha resposta foi juntar nossos lábios novamente. Nossas línguas travavam uma guerra por espaço, deixando nossas respirações ofegantes rapidamente. Zulema tirou minha camiseta e automaticamente cobri meus seios com os braços. Trocávamos de roupa uma na frente da outra com frequência, mas aquela situação era diferente. Era com segundas intenções. A árabe segurou meus braços cuidadosamente e os afastou, deixando meus seios totalmente visíveis. Corei e desviei o olhar, arrancando uma risadinha dela.

- Não precisa ficar tímida, prometo ser cuidadosa. - Zahir diz suavemente sem desviar o olhar dos meus seios. A brisa que entrava no quarto os deixavam totalmente arrepiados. - Você é linda.

É a última coisa que ela diz antes de baixar seu rosto e abocanhar um dos meus seios. Deixo um gemido baixo sair e já conseguia sentir um calor no meio das minhas pernas. Zulema roçava a língua em meu mamilo ereto e aquilo me deixava totalmente excitada. Ela alternava entre chupá-lo e mordiscá-lo, e não tardou em levar a canhota até minha intimidade. Minha calcinha foi colocada para o lado e por impulso fechei as pernas. Sabia que minha melhor amiga nunca me machucaria, mas nunca fui acostumada com aquele tipo de contato.

Pacientemente, Zulema acariciou minha coxa até eu estar totalmente confortável e abrir as pernas novamente. Seu indicador deslizou pelo meu clitóris inchado e gemi, me apoiando nos cotovelos para ter uma visão melhor da árabe. Ela se posicionou no meio das minhas pernas e tirou a calcinha do meu corpo. Agora eu estava totalmente nua e exposta para minha melhor amiga, mas não podia parar.

Zulema colocou minhas pernas por cima dos ombros, lambendo os lábios poucos segundos antes de abocanhar minha intimidade. Sua língua era quente e movia-se de forma lenta e torturante, o que só fazia meu tesão aumentar. Segurei em seu cabelo com as duas mãos e gemi manhosa, puxando levemente seus fios escuros.

Com tão pouco contato, meu corpo já se encontrava arrepiado. Era uma experiência totalmente nova, porém deliciosa. A língua da árabe começou a se mover com mais agilidade, dando atenção ao meu clitóris inchado. Outro gemido escapou da minha garganta, e confesso que me sentia levemente envergonhada de ficar excitada tão rápido sendo que Zulema recém havia começado.

Prendi minhas pernas com força no pescoço alheio, pressionando os lábios de Zahir contra o meio das minhas pernas. Quanto mais sua língua adentrava meu sexo, mais o meu corpo pegava fogo. Os gemidos que eu soltava eram desesperados, implorando por mais.

- Z-Zule! Ah! - A chamei já com a voz falhando, me contorcendo no colchão sempre que sua língua voltava a roçar no meu ponto sensível.

Deixei um último gemido sair pouco antes de me derramar em jatos quentes em sua boca, sentindo espasmos em meu corpo e logo relaxando na cama, soltando seu cabelo devagar. Meu peito subia e descia e tenho quase certeza de que estava mais vermelha que um pimentão.

‐ Muito bem. - Zulema chupa toda a minha intimidade, não desperdiçando uma gota sequer e ergue o rosto para me encarar, passando a língua entre os lábios rosados. - Você gozou bastante, cariño.

- É...P-Pois é. - Solto uma risada sem graça, passando a mão em minha testa. - Isso foi ótimo, eu adorei.

- Que bom, queria fazer com todo o cuidado possível para que você ficasse à vontade.

Zulema se deita ao meu lado e cobre meu corpo cansado com o lençol, tirando algumas mechas úmidas do meu rosto.

- Antes de continuar...Vou te contar tudo. - Ela sorri. - Prometo ser sincera.

— Nesse caso, pode começar.

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Oi, voltei :)
Estava com muita saudade de escrever essa fanfic, vocês nem tem ideia! Muito obrigada pelos 2k de leituras, fico tão feliz que ainda estejam acompanhando ♥︎ Acho que agora vou voltar a atualizar com mais frequência. Até a próxima!

Girls Like Girls (hiatus!)Onde histórias criam vida. Descubra agora