14 - You Need Me ⛪

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- Noah?- chamo por ele.

- Aqui em baixo!- escuto ele gritar e desço.

Já era outro dia, hoje iríamos ir embora, droga.

- Bom dia- digo e ele me olha.

- Bom dia, quase boa tarde mocinha, acordou tarde- ele diz e eu olho no relógio que tinha ali na sala mostrando que era 10:00.

- Dormi demais- digo e coço meus olhos.

- Sonhou muito com a calcinha da minha vó?- ele diz rindo e o meu bom humor vai embora.

- Pronto, estou de mal humor, era isso que você queria?- pergunto e bufo, ele ri é se aproxima.

- Estava brincando, desculpe- ele diz e me abraça de lado me levando até a mesa. O mesmo senta enquanto observo o lindo café da manhã que ele tinha preparado.

Tinha ovos, bacon, suco de morango- eu acho- e algumas panquecas.

- Uau que delícia- digo não só me referindo a mesa mas sim ao grande gostoso que estava sentado ali.

Se eu pudesse comer tudo que estava ali, já teria ganhado a vida.

Me sento ali e comemos tudo em um silêncio confortável.

- Seu pai já deve estar a caminho, ele falou que iria te buscar depois do almoço- Josh me avisa e eu arregalo os olhos.

- Mas já?- pergunto e ele assente- Noah...

- Sim?

- Não vai contar pra ele que nos divertimos esse final de semana em vez de fazer todas aquelas coisas chatas não é?

- Não são coisas chatas Any, são coisas de Deus, coisas que você deveria ter mais amor- ele diz e eu reviro os olhos sem que ele veja.

- Tá mas não vai contar não é?

- Não, pode ficar tranquila- ele diz e eu solto o ar sorrindo pra ele em forma de agradecimento.

Enquanto terminávamos de comer escutei latidos...

Os cachorros!!

Levantei rapidamente limpando minha boca e saindo pro lado de fora.

- Ei Any! Aonde vai?- Noah vem atrás de mim.

- Esqueci de dar carinho nos coelhos!- digo e corro até o cercadinho, os cachorros me lambiam após me ver novamente.

- Ei garotos! Como vocês estão? Comeu bem reti? E você tiro?- falo mas congelo quando lembro que Noah tinha vindo atrás de mim.

- Reti e tiro?- Noah pergunta confuso.

- Os nomes que eu dei para os cachorros- digo e dou de ombros.

- O nome deles são Antônio e Marta- Noah diz e se agacha para fazer carinho nos lindos cães. Faço uma careta para ele.

- Não tem dó dos cachorros não?

- Porque?

- Colocar nome de morto neles, credo- digo e ele me repreende com o olhar.

- São nomes de santos- ele diz e eu reviro os olhos.

- Quero fazer carinho nos coelhinhos- digo e ele abre o cercadinho pegando um e colocando na minha mão.

- Ownn- saiu mais perto de um gemido do que uma fala fofa.

Percebi os músculos de Noah se tensionarem e sorri de ladinho.

- Tava ansiosa para apertá-lo- digo me referindo ao coelho e tentando deixar claro que estou ansiosa para apertar ele também.

- É, eles são bem fofos- é a única coisa que ele diz ainda tenso.

- Dá vontade de encher ele de beijos em todo o seu corpinho- falo e percebo o mesmo engolindo, ele estava bastante tenso. Estava adorando.

Noah vai na plantação do lado e volta com uma cenoura logo dando na boquinha do coelhinho, o mesmo lambia e comia.

- Ele está lambendo olha- digo e minha vontade de rir era enorme.

- Sim, eles costumam lamber- ele fala.

- Queria lamber uma cenoura para ver como é, como ele- digo e a cara de Noah estava muito inocente, não acho que ele tinha entendido.

- Chega- ele diz e pega o coelho da minha mão e coloca ele no cercadinho de novo.

- Ei! Não terminei de fazer carinho- digo e ele nega.

- Precisa se arrumar- ele diz e eu reviro os olhos.

- E você precisa da minha buceta- digo baixo e travo imediatamente com medo de que ele tenha ouvido.

- Eu preciso do que seu?- ele pergunta confuso.

Ele não ouviu, ufa.

Além de lerdo, é surdo, amém.

- De um pouco da minha paciência, credo, nunca vi não deixa nem eu dar carinho nos coelhinhos- invento uma desculpa e ele me mostra a língua...

- Quem mostra língua pede, pede...- só depois eu fui perceber o que eu ia falar então reconcertei- pede leite, vai tomar leite.

Sei que entenderam ;)

- Não gosto de leite, mas estou com sede- ele diz e voltamos para a casa, ele tira a garrafa de veneno da geladeira.

- Você pode beber?- me atrevo a perguntar.

- Às vezes sim, não é proibido, só ficar bêbado que é meio-.

- Foda? Fodido? Merda?- pergunto e ele arregala os olhos.

- Ruim- ele diz e eu assinto.

- É poderia ser isso também- digo e ele toma um gole da sua bebida.

°•°•quebra de tempo•°•°

- Filha!- meu pai exclama quando me vê- Padre!

- Oi pai- digo e o mesmo me abraça, logo junta as mãos com a do Urrea o cumprimentando.

- Bom dia senhor Jonh- Noah diz e sorri.

- Eai? Como foi? Acha que minha filha já está curada de novo padre?- o jeito que meu pai falou "curada" me fez ter vontade de socá-lo.

A cara de Noah também mostrava que não havia gostado da palavra que meu pai tinha citado.

- Hãm, claro, ela foi ótima- Noah diz e eu sorrio pra ele o agradecendo, ele sorri de volta.

- Que ótimo! Fico feliz com isso!- meu pai diz e tira dinheiro do seu bolso oferecendo para Noah.

- Não, não Jonh eu não quero dinheiro- Noah recusa.

- Aceite logo Urrea- meu pai diz e Noah nega.

- Não mesmo, pode ficar- ele diz e meu pai assente guargando o dinheiro novamente.

- Bom filha, se despeça do padre, vou estar te esperando no carro- meu pai diz e eu assinto, o mesmo se despede do Noah e sai em direção ao carro.

- Bom, obrigada- o agradeço.

- Foi ótimo Any- ele diz e eu assinto o abraçando logo em seguida, enrolo meus braços em seu pescoço e os seus ficam nas minhas costas.

- Até domingo Urrea - sussurro em seu ouvido.

- Até domingo Gabrielly- ele sussurra também e me larga.

Dou um último sorriso pra ele e entro no carro de meu pai ainda observando o moreno do lado de fora.

Impossible Love | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora