❝𝐈𝐅 𝐘𝐎𝐔'𝐑𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐓𝐄𝐑.❞ ➛ manjiro sano.

chapter 9.

A noite havia se passado em um piscar de olhos com Mikey me contando as histórias engraçadas que tinha passado com os garotos, arrancando risadas de minha parte. Neste momento, ainda estavamos sentados no sofá conversando aleatoriamente, não ligando para a televisão "falante" ao fundo.

Até eu me dar conta.

─ Jesus, era só uma água! - comentei, saltando do sofá e pegando os pratos sujos, levando-os para a cozinha. ─ Você precisa ir Mikey, já ta tarde.

─ Não posso dormir aqui? Estou com sono pra dirigir agora. - disse, se espreguiçando no sofá.

─ O que? É claro que não! - coloquei os pratos na pia, voltando para o cômodo onde o garoto folgado estava. ─ Bora, bora, bora levanta.

Mesmo resmungando, o rapaz se levantou lentamente vindo em minha direção, parando em minha frente. Ele sorriu, resmungando um "byebye" acompanhado de seu sorriso costumeiro, andando para a porta principal comigo logo atrás.

─ Vejo você amanhã?

─ Amanhã é sábado, não vou sair de casa. Ah, e falando em sair, por favor não invada minha aula de novo, já é o segundo vez que chego em casa mais cedo!

─ Mesmo que seja divertido, não vou mais fazer. - se agachou, pegando sua bota que estava perto da porta, calçando-a. Ergui uma sobrancelha.

─ Fico aliviada em ouvir isso. - respondi vagamente, para alguém que não seguia as ordens de ninguém, Mikey estava me ouvindo facilmente. Desconfiei. ─ De qualquer modo, dirija com cuidado e chegue bem em casa.

O loiro apenas acenou, virando-se e se dirigindo para as escadas. Bufei, o assistindo ir embora até que desaparecesse do meu campo de vista. Voltei para dentro de casa, fechando a porta e a trancando.

Caminhei na direção de meu quarto, parando lentamente quando vi algo se mexer no lado mais escuro da sala. Discretamente, fui para onde o interruptor estava, ascendo a luz e procurando a coisa que tinha passado por ali.

Que deus me proteja e não seja um espírito.

Soltei todo o ar inconscientemente guardado em meus pulmões, rindo de mim mesma pelo medo bobo, e então virei, quase tendo um infarto ao olhar o bicho gigante no canto da porta. Era um cachorro ou uma ratazana?!

Engolindo o grito que estava prontamente em minha garganta, corri como um foguete para o quarto, fechando a porta e indo para a sacada, olhando para baixo na esperança de Mikey não tivesse ido embora. Suspirei aliviada, sua moto ainda estava posicionada do mesmo jeito que ele deixou.

─ Aparece Mikey, por favor... - choraminguei, aquele urso, cachorro ou sei lá o que era aquilo na minha cozinha, era gigante. Não posso dar conta sozinha! E quando o barulho do portão destrancando ecoou, foi como o céu se abrindo para mim. ─ Mikey, Mikey! - o chamei alto o suficiente para também não acordar os vizinhos.

Ele olhou para cima confuso, parando no meio da calçada quando me achou. Fiz um gesto desesperado para que ele subisse, mesmo perdido, ele confirmou, sumindo novamente de minha vista.

─ Vencemo. - sorri, voltando para dentro do quarto e me sentando na cama para espera-lo.

Não demorou muito para que o outro chegasse apertando a campainha, choraminguei pela segunda vez me perguntando como saíria dali sem dar de cara com aquele mamute, era impossível!

Restaurando coragem de não sei onde, me levantei confiante do que fazeria e fui para a porta, abrindo-a lentamente e só colocando a cabeça para o lado de fora, não vendo nada além da sala vazia. Na espreita, andei apressadamente pelo corredor até finalmente chegar na porta principal, a abrindo.