Capítulo 1 A Garota da Borracharia

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Aviso de gatilhos: Essa história é de conteúdo maduro, contem eventualmente palavreado vulgar, descrição de cenas de sexo, violência física e psicológica, que podem incomodar pessoas mais sensíveis.


A borracharia do Gonzales era o meu lugar favorito de levar meu carro, além de ótimo profissional o cara era muito simpático, tinha uma conversa agradável que deixava o cliente a vontade. O ambiente era super legal, em aquele negocio de tudo organizado, a gente se sentia em casa, já chegando e encontrando aqueles posters com moças belíssimas seminuas, o cara entendia mesmo no ramo. Ele também sempre tinha uma cerveja no frigobar que a gente podia degustar enquanto deixava o carro para alinhar e balancear.

Fui entrando com meu novo carro, meu Hb20, ante costuma ir com meu antigo Ford K, porem logo na entrada percebi que a borracharia estava diferente, não tinha a moça da folhinha, ou seja, aquele poster tradicional que os borracheiros costumam fixar em nas paredes para agradar a clientela masculina, tudo estava limpinho, organizadíssimo. —O Gonzales deve ter passado o ponto— pensei eu — mas, olhei melhor na parede e o nome era o mesmo. Borracharia Gonzales Vi as botas dele debaixo de uma picape, me aproximei e o chamei.

—Boa tarde!

Logo notei que aquelas botas não poderiam ser a Gonzales. Porém uma pessoa saiu de debaixo do carro e para a minha surpresa, era uma bela garota morena de cabelos castanhos.

—Pois, sim.

—Olá, Gonzales ainda é o dono daqui?

—Infelizmente, não mais, o senhor ainda não sabe?

—Saber de que, aconteceu alguma coisa com ele?

—Ele faleceu faz um ano e meio.

Eu fiquei chocado com a notícia, ele não era tão velho, parecia um cara saudável e cheio de vida, mas eu fiquei uns quatro anos afastado dali normal que muita coisa tivesse mudado.

—Desculpe, realmente eu não sabia, faz alguns anos que não venho até aqui, pois ele fazia revisão com ele desde que comprei meu primeiro carro —Mas imagino que borracharia ainda seja da família, pois conserva o mesmo nome.

—Sim, sou Mariane Gonzales, sobrinha dele, assumi os negócios quando meu tio faleceu.

—Prazer, sou Ricardo, mas todo mundo me chama de Rick, em primeiro lugar meus sentimentos pelo passamento de seu tio, ele foi uma pessoa maravilhosa.

—Obrigada, realmente ele foi um exemplo de vida, fico contente em ter o senhor como nosso cliente, acredito que de onde ele estiver deve estar feliz.

Eu respondi com um sorriso meio sem graça, a jovem apesar de estar usando uma indumentaria simples de borracheiro era muito simpática e se mostrou articulada, eu estranhei um pouco, era a primeira vez que via uma moça trabalhando numa borracharia, mas isso não era relevante, apensar da tristeza de saber que meu amigo não mais estava nesse mundo eu gostei de conhecer sua sobrinha, então pedi a ela para fazer o alinhamento e o balanceamento do carro, ela pediu para aguardar um pouco enquanto ela terminava o serviço da picape.

Não demorou muito, logo ela, completou o trabalho e entregou o carro para uma senhora loira que estava aguardando na recepção depois, me pediu as chaves do carro, deu uma volta para o quarteirão, depois colocou ele na plataforma para remover os pneus, ofereci ajuda pois achei o serviço pesado para ela, porém ela recusou.

—Obrigada, Senhor Rick, mas não é necessário, clientes não precisam por a mão na graxa, sente-se, temos uma recepção, enquanto arrumo seu carro pode assistir TV ou usar nossa wifi, fique à vontade, temos café e suco a sua disposição.

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